sábado, 11 de dezembro de 2010

Lar - Coisas Imprescindíveis da Vida nº 11

Todo mundo precisa de um lugar para chamar de seu, para ter aquela sensação de que as coisas ruins do dia ficaram da porta pra fora, para recarregar as baterias. Também pode ser chamado de “porto seguro” ou qualquer coisa assim.

Dêem o nome que quiserem, mas é pra lá que você quer correr quando algo ruim te acontece. É lá que você se abriga, que você chora, que você extrapola, que você escreve suas coisas, que você ri feito boba (daqueles risos que ninguém iria entender mesmo), que você descansa, que você destrói tudo, junto com a tempestade, para depois fazer uma linda colcha de retalhos com o que sobrar e que for selecionado para ficar naquele seu espaço seu.

Geralmente, esse local é a casa da gente. É assim para a maioria das pessoas. No mínimo, é o quarto delas (dentro da casa delas, então...). Para mim, nunca foi diferente. Principalmente depois que me casei e que a casa era “minha”, com direito a ter correspondências no MEU nome, contas no MEU nome, ligações para MIM para que eu decidisse a cor do tapete ou da colcha, visitas que eram MINHAS. Que sensação ótima ver as coisas chegando pelos Correios sem ter o nome dos meus pais... me senti tão adulta!

Eu dizia que eu podia ter tido um dia péssimo no trabalho (o que era muito difícil com a galera bacanérrima da PwC! Grandes amigos, até hoje!), que podia ter caído no meio da rua e quebrado o salto, que podia ter chovido sobre meu rosto de maquiagem (raríssimo) e meu cabelo de chapinha (raríssimo), que podia ter batido o carro, levado uma bronca, ter ido mal numa prova... SE A MINHA CASA ESTIVESSE BEM, TUDO ESTARIA BEM!!! Simples assim. Quando eu estava bem com o Fer (enorme maioria dos dias), tudo ia bem. Não importava se o mundo ao redor estivesse ruindo. Simplesmente, não me importava. Se eu tivesse paz, e amor, e segurança, e estabilidade, e amizade na minha casa, todo o resto ficaria para segundo plano (porque todo o resto era “resolvível”).

Sei que muitas das minhas amigas pensam assim também (com relação às casas delas, é lógico). Acho que homens também pensam assim... mas não 100%. Acho que homens precisam que o trabalho esteja bem para que eles se sintam bem, também. Sei lá... é só uma impressão...

O importante e imprescindível é que cada um tenha um lugar para chamar de lar, de porto seguro, de seu. Não é uma casa qualquer – é LAR, em letras garrafais!!! Com todo o acolhimento e a tranqüilidade que a palavra passa. Seja onde for, busque esse cantinho que te traz tanta paz e que te organiza para recomeçar a vida, no dia (ou no momento) seguinte! É imprescindível encontra-lo!

OBS: desde janeiro, venho tentando muuuuitoooo encontrar um espaço para chamar de lar. Antes, eu tinha um cantinho todo especial, entre um determinado ombro e um determinado pescoço que era sob medida pra mim. Eu encaixava ali, direitinho... Agora, to topando algo mais modesto e comum, tipo 4 paredes, porta, janela, alguns móveis, alguns livros... Depois de 3 mudanças, ainda não consegui encontrar um lugar assim, onde me sinta 100% bem... onde me sinta completa... onde me sinta eu e só.

2 comentários:

Nana disse...

Lar é td de bom mesmo... com ctza, se td ta bem em casa, o resto é resto.
Sei que não é a mesma coisa, mas vc pode contar com seus grandes amigos e com sua grande família pra chamar de lar até encontrar novamente um "cantinho" só seu.
Bjs e fiquem com Deus.

Carol Siqueira disse...

Ei, amiga! Fiz o post da nossa campanha das coisas imprescindíveis na nossa vida. Mas agendei o post para amanhã às 17h00. Acho que você vai gostar de ler.
Bjos e obrigada pelo convite. Amei.
Carol Siqueira.
www.falamamae.com