segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A história do acidente

Jaú, 23 de janeiro de 2010.

Eles acordaram cedo, naquele sábado, como de costume. Tinham visitas da família dele em casa. Ficaram na cama por umas horas, ainda... se beijando, se abraçando, se observando, matando as saudades, colocando a conversa em dia. Ela morava em outra cidade, há um mês, por causa do novo trabalho, e ele ficava na cidade antiga. Só se viam à partir das sextas, à noite, até o domingo, à tarde.

Mas isso iria mudar: eles tinham ido pra cidade nova juntos, na semana anterior, para procurar uma casa. Aproveitaram as férias das crianças e as deixaram com a avó. E tiveram sua "semana de namorados"... Resolveram a vida: entregaram trabalhos atrasados, programaram projetos da igreja, alugaram a tal casa, matricularam as crianças numa escola próxima. Voltaram pra casa com sensação de dever cumprido. Conversando. Eles conversavam sempre. Sobre tudo! Sempre tinha sido assim: não eram só marido e mulher, eram melhores amigos.

Naquele sábado, estavam felizes e animados. A mudança sairia na próxima quarta. Era hora de despedir da cidade antiga e seguir para novos projetos. Agora, seriam só eles 4: pai, mãe, filho e filha. No lugar deles, na familia deles, no ritmo deles, na vida deles.

Então, ele quis comemorar! O que era estranho porque ela era "a social" e ele era "o reservado". Mas, ele sugeriu que se convidasse toda a família dela (que morava na cidade antiga, onde eles ainda estavam) para almoçar na casa deles, com a família dele, que já estava lá. O cardápio já estava decidido: comida chinesa pra todos - comida japonesa para ela, ele e o pai dela.

E assim se fez. Convidaram todo mundo. Pais, mães, irmãos, irmãs, cunhados, sobrinho. Quase todo mundo foi... E passaram uma tarde ótima! Brincaram, conversaram, comeram, fizeram competição de video-game, os netos ganharam historinhas contadas pelo avô, deitados na rede. Até resolveram que seria um bom dia para a estréia do brinquedo novo (de Natal) do filho: um helicóptero. E todos os meninos foram para a praça, que ficava na frente da casa, para colocar o helicóptero pra voar. Na última hora, a filha resolveu ir também, no meio daquele monte de meninos. Depois de um tempão, voltaram. E a menininha disse: "hoje é o dia mais feliz da minha vida!"

Realmente, era um dia muito muito bom. Tão bom que eles ficaram "almoçando" até às 8hs da noite. Quando ele decidiu que era hora de levar sua mãe e seu irmão de volta pra cidade deles, que ficava a poucos quilometros de distância. Trocou de roupas, deixou a roupa confortável e velhinha pendurada atrás da porta, pois voltaria muito rápido e aquela era sua vestimenta predileta para ficar em casa. Em meia hora, deixaria seus parentes na casa deles. E mais meia hora, estaria de volta. Pronto pra colocar suas roupas confortáveis, de novo, e aproveitar o restinho da noite de sábado.

Ela quis ir junto. Estava com saudades, pois eles tinham passado a semana toda separados! E eles estavam no esquema "namorados", naqueles dias: como só se viam de final de semana, ficavam grudados o tempo todo! Ela pediu várias vezes para acompanha-lo. Com as crianças. Sem as crianças. Se fossem só os 2, poderiam parar em algum lugar para namorar, na volta. Ele insistia para que ela ficasse. Ela já tinha viajado na sexta e viajaria, de novo, no domingo. "Fique Mirys. Vá pra casa da sua mãe, com as crianças, pra não ficar sozinha. Daqui a pouquinho eu já volto e passo por lá pegar vocês."

Quando ele deu um selinho nela para avisar que estava partindo (eles tinham essa coisa entre eles: nunca ir, chegar ou dormir sem um beijo. Por menor que fosse), ela fez o comentário tonto mais importante da vida dela: "Fer... você não escovou os dentes depois do almoço, escovou?" Coisa que só a intimidade de 11 anos de casamento permitia. "Ai, Mirys! Você encana com cada coisa, viu?.." Minutos depois, voltou na cozinha, para se despedir de quem estava lá - e dela, pela segunda vez. "Pronto. Escovei os dentes. Satisfeita?" "Ainda não. Agora, você me dá um beijo decente!.." E se beijaram como deveria sempre ser. E ele partiu.

Meia hora depois, na casa dos pais dela, o filho tomava banho e a filha assistia algum desenho pra crianças de 3 anos, abraçada na mãe. Quando o avô - pai dela - desceu correndo as escadas, falando muito alto pelo celular. Ele nunca fazia isso... era uma das pessoas mais calmas, e alegres, e tranquilas, e sensatas que ela conhecia. Até que ela ouviu o nome da sogra sendo falado. E disse pra sua mãe que devia ter acontecido alguma coisa... ela deixaria sua filhinha ali, seu filhinho no banho, e iria acompanhar seu pai, aonde quer que ele estivesse indo. Procuraram por outros adultos para acompanha-los, mas não encontraram. Pegaram o carro e foram pra estrada.

Eles sabiam que havia tido um acidente, mas o carro da família não estava envolvido. "Parece que foi bem perto de Bauru, Mirys. Na outra ponta da estrada. Tente avisar seu tio, que mora lá, para que ele vá até o local. Ele deve chegar antes da gente.", disse o pai dela. Ela tentou, tentou e tentou e não conseguiu avisar seu tio. Então, ligou para um grande amigo e pediu para que ele fosse até a estrada.

Um carro tinha sido abastecido num posto, no meio da estrada. E, ao invés de andar 400 metros e pegar o primeiro retorno, decidiu voltar, na contramão, por um quilometro, para chegar num distrito que existia no meio do caminho. Só que aquela era uma estrada grande. 2, 3 pistas de cada lado. Canteiro no meio. Pedagiada. Era absurdo alguém pensar em andar na contramão. Mas, aquele motorista pensou... Quando estava a poucos metros da entrada do vilarejo, ele bateu num primeiro carro, e num segundo, e num terceiro. Logo depois, 2 carros pararam no acostamento e os motoristas desceram para ajudar. O primeiro carro que tinha sido acertado só de raspão também conseguiu parar e seu motorista desceu pra ajudar. Um dos carros acertados pegava fogo... e as pessoas não conseguiam sair de dentro do veículo. Então, 3 homens tinham descido de seus próprios carros, levado seus extintores e apagado o fogo.

O marido dela ainda chegou a voltar em seu carro, pediu para seu irmão ligar para o socorro, pois as pessoas estavam feridas. Ele iria voltar para o carro queimado, tentar tirar as pessoas de dentro, junto com aqueles dois outros que estavam ajudando. Foi quando mais um veículo veio... e não viu um acidente daquele tamanho... nem os carros parados no acostamento... no meio de uma subida (depois de uma imensa descida)... e acertou a lateral do carro que estava sendo socorrido, atropelando os 3 homens que estavam salvando aquelas pessoas dentro do veículo.

Voltando para ela. Minutos depois de todo esse ocorrido, ela pegava a mesma estrada, com seu pai. Telefonava loucamente para seus tios, tentando falar com alguém. Porque se ele estivesse ferido e inconsciente, ela queria que tivesse alguém por lá, conhecido, que falasse para ele ficar tranquilo, que o acompanhasse a um hospital, que lhe avisasse que ela já estava chegando. Ela estaria ali! Com ele. É claro que ela estaria ali, com ele. Ela sempre estava com ele, nos últimos 15 anos da vida deles!

Quando passaram o posto policial, ela ligou pra emergência, para ver se tinha alguma informação. Até do lugar exato, pois ela não sabia a quantos quilometros da cidade dos pais dele o acidente tinha ocorrido. Ela só sabia que era mais pra Bauru do que pra Jaú (cidade deles). Ela perguntou pelos feridos e soube que "eram muitos". Ela perguntou por ele e foi informada que "eles não podiam precisar quem era quem no acidente e que tinham ambulâncias de três cidades diferentes socorrendo os feridos". Ela perguntou para qual hospital seria levados e o homem do outro lado da linha ficou mudo. Então, ela perguntou se ele poderia dizer, de maneira geral, qual era a situação daqueles que ele chamava de "vítimas envolvidas". E a resposta que ouviu foi "temos vítimas em todos os estados. Se é que a senhora me entende." Ela entendeu. Desligou. Quis tranquilizar seu pai: "pode ir, paizinho. Que o acidente é perto de Bauru. Mas já tem ambulâncias de 3 cidades por lá. As pessoas vão ser levadas para hospitais de Bauru, mesmo. E o meu amigo já está indo pra lá, ficar com o Fer, até a gente chegar."

Nessa hora, ela não se lembra, mas seu pai disse que ela fez uma oração, em voz alta. "Senhor, eu aceito. Se o senhor me devolver o Fer muito machucado, eu aceito. Se eu tiver que largar meu emprego para cuidar dele, por meses, eu aceito. Se eu tiver um marido sem um braço ou uma perna, eu aceito. Se ele ficar incosciente por meses, eu aceito." Deve ter sido qualquer coisa assim (porque, hoje, dois anos depois, ela não se lembra). Mas ela não incluiu em sua oração, em nenhum momento, a possibilidade de ninguém lhe devolver o seu marido. Isso não era uma opção. Qualquer outra situação, ela resolveria, aceitaria, gerenciaria. Mas, não te-lo mais, nunca mais, nem passou pela cabeça dela.

Quando estavam a quilometros do acidente, no início da descida que antecedia o local, ela já viu o "circo". Carros amassados, lá em cima da subida... carros parados no acostamento ainda com os pisca-alerta ligados... outros carros parados... caminhões bloqueavam o início da subida... ambulâncias... sirenes... gente. Muita gente. Eles pararam o carro do pai dela atrás dos caminhões e sairam correndo. Ela nem se lembra se fecharam o carro, mas ela tem a impressão de que largaram até as portas abertas. Ela avistou seu carro, parado do lado direito, com sua sogra e cunhado do lado de fora. "Paizinho, o senhor vai descobrir para qual hospital levaram o Fer e eu vou ver minha sogra". Afinal, seu pai era médico e era claro que os enfermeiros da ambulância dariam informações melhores a ele do que a uma "outra esposa agitada" que fica perguntando pelo marido, atrapalhando o trabalho deles. E ela conhecia sua sogra e seu cunhado - sabia que devido à idade dela, à doença dele, ao perfil dos dois, eles deviam estar precisando de ajuda, de alguém "forte" que dissesse "deixa que eu resolvo". Como ele fazia. Sempre. Ela queria fazer o papel que era dele, agora.

Ela chegou, viu que a mãe e o irmão dele não estavam machucados, e os abraçou. Ficaram os três abraçados, encostados no carro, orando (a mãe dele pediu que ela orasse "porque ela sempre era melhor nisso"), quando ela viu seu pai vindo correndo na direção deles. Ele corria! Deviam ser boas notícias, do tipo "vamos, rápido! Ele está no hospital X. Vamos para lá. Se apressem!". Eles abriram o abraço e encostaram os três, no carro, esperando o pai dela chegar. Foi quando, a poucos passos, ele parou de correr. Exausto. Chorando. Então, ela soube...

"O nosso menino se foi". Essas foram as palavras que mudaram a vida dela pra sempre. O pai dela abraçou os três, aquela família que também já era dele. A mãe dele gritava. As pessoas que estavam por ali, ajudando, vieram fazer parte daquele abraço, cheio de palavras de conforto. Mas, ela não conseguia respirar... Tinha muita gente ali, muito abraço, muitas vozes, mas nenhuma era ele, o abraço dele, a voz dele.

Então, ela foi mal educada como nunca tinha sido na vida. Empurrou todo mundo, explicando que não conseguia respirar, e foi se sentar, sozinha, na beirada do asfalto. Ela não conseguia chorar. Não conseguia... Ela não tinha perdido só o ar: tinha perdido o chão, as lágrimas, o sentido. Ela tinha perdido tudo. Tudo...

Foi nessa hora que ela sentiu uma mão no seu ombro. Olhou pra trás e viu seu amigo. Aquele pra quem ela tinha ligado para ele "acompanhar o Fer para o hospital e assegura-lo que ela logo estaria ali".

"G. Você viu? Era o Fer, mesmo?"
"Era, Mirys"
"E... ele ainda está aqui?"
"Está Mirys"
"Eu devo ir lá, ver?"
"Não Mirys. Não..."

E ela não foi.

(Essa história aconteceu há exatos 2 anos. Mas eu não tinha tido coragem de registrá-la, até agora. Parecia que se eu fizesse isso, ela ficaria real. Mas... ela já é real. Ela é real pra mim e pro Guigo e pra Nina há 2 anos. Nenhuma palavra que eu não escrevesse iria mudar isso. Então, resolvi compartilhar. Agora que já assimilei isso como parte da minha vida. Agora que eu ainda não entendo, mas já aceito. Para que outros tomem cuidado na estrada, para que não dirijam na contramão, nem corram, nem se distraiam trocando o som, nem "não vejam" o que acontece na sua frente... Se isso evitar que uma, apenas uma outra família passe por essa perda, já terá valido a pena.)

PS: hoje, estou fora do ar. Esta mensagem foi programada. Não vou responde-la, nem vou autorizar comentários, no dia de hoje. Hoje, o dia é meu e dos meus filhos. De celebrar a minha família LINDA que ainda está aqui. Responderei a todas as mensagens o mais breve possível, mas não hoje. Espero que entendam....

30 comentários:

Anônimo disse...

Mirys, sinta-se abraçada, um abraço como aquele que você deu em sua amiga.

bjs

Unknown disse...

Querida, celebre a tua vida e a de tua linda família. Comemore os anos que viveste junto do teu amor, da história linda que compartilharam e das lembranças boas que você tem pra te acalentar nos momentos de solidão e tristeza.
Chorei copiosamente lendo tua história e pensando em como seria se tivesse acontecido comigo. A dor é muito grande só em imaginar, viver isso então...
Mas como vc mesma disse, agora você já assimilou. A saudade fica,mas só se tem saudade daquilo que foi bom.
A dor vai diminuir com o passar dos anos. A ferida vai parar de sangrar um dia, vai restar apenas uma cicatriz, uma marca.

Fique bem. Beijos

Fernanda Reali disse...

passei só pra te deixar um abraço bem quieto e longo.

Dagy disse...

Mirys, estou muito emocionada com a sua história, é a primeira vez que entro em seu blog...
Perdi meu pai em um acidente de carro, quando eu tinha 13 anos, o meu irmão insistiu muito para ir com ele e ele também não deixou, ele estava no portão para sair e entrou novamente em casa para dizer "deixa eu dar um beijo em vocês antes de ir"... Ele era a pessoa mais importante do mundo pra mim, dói uma dor infinita, e agora, 15 anos depois, só resta a dor da saudade, a dor de não ter sido ele quem me levou no baile de formatura, para o altar no dia do meu casamento e dói muito saber que os meus filhos não terão o avô maravilhoso que sei que ele seria, mas tudo em nossa vida tem uma razão de ser e, um dia, quem sabe, iremos entender...
Grande beijo

Anônimo disse...

Mirys, sem palavras! Coloco isso nas mãos de Deus. Coisas impossíveis é Ele quem resolve.
Beijos e bençãos para vocês, meus amigos queridos.
Manô.

Uma parte de mim disse...

Sem palavras!, estou muito emocionada com tua história...,bjo.

Anônimo disse...

Depois que comecei a acompanhar seu blog, eu aprendi a valorizar meu esposo e meus filhos, amar, servir, honrar, ter paciência, olhar, ouvir, sentir, cuidar da melhor forma possível, controlar minhas explosões, meus gritos, minhas irritações, reconhecer cada esforço do meu marido para me agradar, enxergar tudo o que ele faz pra mim. Eu não valorizava nada disso até a minha ficha cair, por causa da sua história. E eu não sou melhor do que vc em nada. Isso poderia acontecer comigo também. E se acontecesse?? Como eu me sentiria, em saber que não havia feito nada para valorizar enquanto tinha. Louvo a Deus por sua vida, por me dar "um tapa na cara" (que era exatamente isso que eu precisava naquele momento da minha vida) e me fazer acordar e me ensinar a viver cada minuto ao lado deles. Tenho um amor por vc e seus filhos, porque vcs mudaram a minha maneira de viver. Obrigada, de verdade. Se vc não quiser, não precisa publicar essa mensagem. Só queria que vc soubesse que desde que li sobre voces, minha vida mudou. E sempre que começo a voltar atrás nas minha atitudes, Deus me faz lembrar de voces e me sacode, como se dissesse: "Poderia ser vc!" . Eu não tenho essa força toda que vc tem, não sobreviveria a tudo o que vc sobreviveu. Você é especial!! Escrevo isso com lágrimas, como tantas outras vezes que li as histórias de voces aqui no blog. Mais uma vez: obrigada!!

Alice Mânica disse...

Querida Mirys,

Ontem não consegui escrever nada...

E hoje continuo sem palavras, não consigo sequer imaginar como me sentiria se tivesse passado pelo que você passou.

Então te deixo um abraço apertado e os meus mais sinceros sentimentos...

Beijos com carinho,
Alice

PS: desculpe a intimidade, mas já me sinto sua "amiga virtual"...

Carol Garcia disse...

sei que vc postou que não autorizaria comnetários, mas não tem como não deixar um abraço a vcs 3. um daqueles bem apertados.

Bina disse...

Mirys,
Já li esse post 5 vezes, já li todos os demais (vc sabe), vivenciei a sua irmã nos ligando para dar a noticia naquele dia 23 e até hoje tento assimilar, acredita???
Eu me lembro que até aquele dia nunca tinha visto o Ederson tão abalado com uma notícia, ele estava naqueles dias em contato diário com o Fer.
Enfim, amiga, sinta-se abraçada e vc já sabe, conte comigo e com minha família, sempre!!!
Bjs, amamos vcs!!!

Anônimo disse...

Já senti na pele o que você viveu. Sem mais comentários.

Mônica Japiassú disse...

Mirys, a cada post que leio em seu blog, admiro mais você e sua linda família.
Este, especialmente, mostra a pessoa forte que você é, pensando sempre em ajudar o próximo, mesmo que, para isso, você tenha que ter lembranças nada agradáveis.
Parabéns por ser essa pessoa tão especial! Tenha certeza de que você ajuda cada pessoa que lê seu blog a ser uma pessoa melhor!
Um abraço bem forte e demorado em vocês três!

Anônimo disse...

Mirys em nosso último culto familiar, nesta mensagem pude encontrar um pouco de consolação para a morte: "Ah! Essa dor se concebe naqueles que não tem fé, e que vê na morte uma separação eterna... sabeis que a alma vive melhor desembaraçada de seu envoltório corporal; mães, sabeis que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, bem perto; seus corpos fluídicos vos cercam, seus pensamentos vos portegem, vossa lembrança os embriaga de alegria; mas também vossas dores os afligem... Escutai as pulsações de vosso coração chamando esses entes bem-amados, e se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas, essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo Soberano Senhor!" (Sanson, antigo membro da sociedade Espírita de Paris, 1863). Meus sinceros sentimentos!! Thaís Veríssimo (thavemar@yahoo.com.br)

Debby disse...

Bjs e fiquem sempre, sempre com Deus

Debby :)

Fabiana Simone Torres Tardochi disse...

Lindona, imagino que não tenha sido fácil escrever e reviver tudo isso novamente...não tenho palavras...deixo para vc meu abraço bem apertado, viu.
Um beijo

Unknown disse...

Mirys....sinta-se abraçada .....estou comovida com seu relato.....tenho certeza que vc é uma guerreira pois além de coragem vc é uma maravilhosa Mãe e mulher.....ontem tentei ler seu relato mas fiquei muito comovida....e chorei muito.....senti toda sua dor e tristeza....o importante é dar a volta por cima e pensar sempre que ele esta agora mesmo em lugar maravilhoso esperando por vc....pois esse amor que vcs tem um pelo outro ainda nao acabou.......esse é um amor de outras vidas....e o maior e mais lindo fruto desse amor esta em seus filhos,,,,,cuidem um do outro,,,,,bjus

O Divã Dellas disse...

Só pra vc saber que eu estive aqui. Li tudo, duas, três, quatro vezes.
Estive aqui e deixo meu abraço. Silencioso, mas forte e sincero.
Fiquem com Deus.
Cinthya - o Divã Dellas

Anônimo disse...

Li sua história e seu desabafo...

Fique com o meu abraço.

Ana Vi

filhadejose.blogspot.com

Amelinha disse...

Um grande abraço e obrigada por tudo!

Mari Hart disse...

Mirys querida, eu sbaia que vc tinha escrito o post, mas que foi covarde fui eu, que não conseguia ler. E agora li. E não adianta dizer que leagrimas não parar de escorrer de meus olhos, pq nenhuma solidariedade do mundo vai amenizar a sua perda, a falta, a sensaçnao de vazio, tudo o que vc se sente. Nada pode mensurar sua dor e das criancas, Então te ofereço meu abraço e minha amizade. Além disso, um agradecimento por me mostrar ser quem é, como é, e que apesar dos pesares, há força, há luz e amor em você! Te amo amiga!
Um beijo imenso!

Anônimo disse...

Querida,
Que Deus abençoe vc e seus filhos todos os dias!
A vida segue seu curso sem explicações, nAo cabe a nós entende-lá, devemos apenas vive-la da melhor forma q conseguirmos.
Bj. Cinthya

Valqs disse...

oi tudo bem? não sei como cheguei ao seu blog.. acho que foi pelo face, mas adorei a sua historia e fiquei emocionada com o que aconteceu.. força .. parabéns pelo blog.. ele tá otimo. bjim.. ps.. não li inteiro, claro.. mas ele tem estilo de livro.. já pensou em publicar ele, com as historias que tem?

Renata C., UMA EXPATRIADA (mulher moderna, esposa, mãe...) disse...

Realmente, uma historia muito forte. A perda foi terrivel. Mas da´ pra ver o qto foi intenso o casamento de vcs. E isso vale tudo. Porque foram anos muito bem-vividos e felizes, onde vc construiu uma linda familia.
Parabens por esta Vida tao bonita, e meus sentimentos por uma data tao marcante.

Rogeria disse...

deixo meu abraço hj, respeitei qdo li q ñ autorizaria comentários, grande bj e um abraço que força e fé vc tem e muita!!!

Milena Lanne disse...

Que a tua coragem de tornar essa historia "publica" tenha os objetivos que voce anseia. Que realmente pessoas venham a dirigir com mais cautela e respeito àos outros motoristas e pedestres.

Parabéns pela força. Sou a Milena, la da comunidade do MI, e nao preciso dizer o quanto me emocionei com a tua historia. Que Deus siga te abencoando e te tornando essa grande mulher, para que sejas essa mae e o pai para os teus filhos que teu marido foi, e quis ser para sempre.

Abraços bem carinhosos. Deus abencoe teu lar, em nome de Jesus.

p.s.: Voce ta em Portugal ne? Vou buscar aqui no blog o que te levou a ir prai! Beijos

Milena Lanne disse...

Myrian, me perdoa, perdoa, perdoa???
Querida, me desculpa, confundi tudo, ainda mais em um post tao delicado como este. Me perdoa.

Estava em um forum de uma comunidade no facebook, quando ao trocar mensagens no forum com uma colega fui no seu perfil para ver qual era o seu blog, o primeiro link que vi foi o do teu blog, que ela compartilhou. Foi tudo muito rapido, e vim parar aqui, nesta pagina.

Resumindo, acabei achando que este era o Blog dela.

Desculpa essa minha bagunça e falta de atençao.

De qualquer maneira, foi um prazer conhecer teu blog, e seguirei por aqui acompanhando. Abraços.

Me desculpa novamente.

Paula Decco Frederico Franco disse...

Desde que comecei a ler seu blog, há menos de 3 semanas, tenho aprendido MUITO!! Não tenho muito que dizer, apenas quero que vc saiba que a sua maneira de viver me inspira, a dar valor as pessoas, aos momentos, de ver a vida de uma perspectiva bem diferente! Beijos no coração dos 3!
Paula
www.comoagenteviramae.blogspot.com

Claudia disse...

Myris, sei exatamente como se sente. Estou vivendo a mesma situação que vc, perdi meu marido faz 4 meses. E lendo sua história eu parava e ficava lembrando dos detalhes do dia do meu terrível dia. Quando recebi a ligação tb pensei "ele deve tá muito mal e foi pro hospital...", mas não ele faleceu na hora. E me arrependo muito de não ter ido no local do acidente, queria ter ido lá cuidar dele, ficar junto... nossa como doí. Beijos.

Micha Descontrolada disse...

termino de ler esse post com um nó no peito, lágrimas nos olhos...

força sempre!!!

Beijossssssss
┌──»ʍi૮ђα ツ

Fernanda Dionisia disse...

poxa Mirys, eu já havia lido este post faz um tempinho.
mas estar aqui novamente me fez chorar, mas menos que na primeira vez,pq sei que vc teve uma continuidade feliz... beijos