(Guigo sentadinho, lá na frente, no chão, para me ver melhor).
Pessoal, hoje à noite foi a minha primeira apresentação de ballet, aqui na cidade nova!!!
Foi num teatro pequenininho e nós tivemos que fazer duas apresentações para todos os 200 expectadores poderem assistir. Me senti tãããão importante!
Treinei o mês inteiro, perto da mamãe, mas sem cantar a música (porque é surpresa para ela! E quando alguém diz que algo é surpresa eu levo a sério, mesmo!). Treinei na manhã de hoje com a tia B. (nossa nova babá). Treinei no banho, quando cheguei da escola (às 18hs), meia hora antes da apresentação.
O Guigo perguntou pra mamãe se ele podia levar uma faixa pra apresentação escrita: "Vai Helena!". Não é fofo????
A minha madrinha veio. A tia Jú, o tio Math e o João, também. A Titina veio. Só não veio a tia Lila (apesar de eu ter perguntado por ela o dia TODO... mas ela me mandou um recadinho no celular da mamãe), dos que eu estava esperando.
A mamãe acha muito engraçado que eu levo super a sério esse negócio de ballet! Mãmi, não é engraçado! É sério! Eu preciso praticar! E eu adoro dançar!!! Um dia, ainda vou conseguir fazer aquela pose de "bailarina completa" que te mostrei no banho (e você tomou o maior susto de ver uma menininha de 4 anos, descalça, no chão molhado, de pontinha de pé) por mais do que uns segundos!!!
Agora é só aguardar quinta-feira, que tem mais!!!! Como alguns pais não puderam assistir, ontem, a professora decidiu fazer mais uma apresentação na quinta, às 17hs! Yupiii!!!!
Bjos e bençãos.
Nina
OBS: pose de bailarina "completa" = braços arqueados para cima, mãos com dedinhos fechados, uma perna fazendo o "4" e a outra na pontinha do pé, cabecinha para o lado e um pouquinho pra cima, olhando o horizonte. LIIIIIIIIINDAAAAAAAAAAAAAA - segundo a mamãe!
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Só eu... (Diário da Mirys)
E, de repente, no meio do temporal, quando você menos espera, de onde você menos espera, vem uma ajuda. Vem uma mão que quer te levar por caminhos que você nunca imaginou ir. Nem que seja só de brincadeira...
Quando você estava quase se afogando, você vê uma corda, se agarra à ela e ela te faz emergir no meio daquele mar de dor e confusão. Só que quem está na outra ponta é completamente inesperado. Talvez até inadequado. Mas, totalmente bem-vindo. E você sorri. E percebe que pode sorrir de novo. E sorri, nem que seja só pra continuar a brincadeira...
E ficamos assim: olhares que só eu vejo, palavras que só eu entendo, frases que só eu ouço... E isso me faz bem demais ao coração!
Quando você estava quase se afogando, você vê uma corda, se agarra à ela e ela te faz emergir no meio daquele mar de dor e confusão. Só que quem está na outra ponta é completamente inesperado. Talvez até inadequado. Mas, totalmente bem-vindo. E você sorri. E percebe que pode sorrir de novo. E sorri, nem que seja só pra continuar a brincadeira...
E ficamos assim: olhares que só eu vejo, palavras que só eu entendo, frases que só eu ouço... E isso me faz bem demais ao coração!
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domingo, 28 de novembro de 2010
Life is sharing... (Diário da Mirys)
Ontem foi o aniversário da minha vó. Foi o dia dela "de verdade". Mas, a festa foi há duas semanas e nós fomos, organizamos, brincamos, conversamos, revimos um montão de gente. Ontem, não deu pra ir na casa dela porque tínhamos compromisso na nossa cidade. Mas fomos hoje.
Nós 3 fomos na casa dela, mas as crianças, uns 15 minutos depois daquela conversa com a bisa, pediram: "-mãmi, podemos ir na casa da Mariha e do Pedrinho?" (crianças do apartamento da frente. Crianças MUITO bacanas!). E "smack", "smack", "puf", "puf", lá foram os dois.
Como minha vó e a Nina deixaram cair o vidro de perfume que nós tínhamos comprado para a aniversariante, o líquido vazou, perfumando toda a cadeira de balanço e aquela toalhinha de crochê/trico que as avós fazem questão de colocar sobre tudo (poltronas, mesas, camas, penteadeiras, pias de banheiro, pufes da sala, aparador, etc, etc). Sorte que minha avó tinha gostado (e muito) do cheiro que a gente tinha escolhido!!!
Então, tive que ajudar a trocá-la e arrumá-la (pois iríamos levá-la para almoçar). Incrível como a vida é um ciclo, não é mesmo? A gente começa todo dependente, precisando de ajuda para comer, dormir, brincar, aprender, crescer, viver. Se der sorte e ficar velhinho, a gente termina dependente, precisando de ajuda para comer, dormir, se trocar, comprar coisas, ler, viver. Por que a gente é tão contra a ser dependente (só um pouquinho), no meio do caminho?
Por que insistimos que "não precisamos daquela pessoa", "não precisamos daquela família", "não precisamos daqueles amigos", "não precisamos daquela ajuda", se, na verdade, a coisa mais natural da vida é que a maior graça de viver é essa inter-relação? É "precisar" de alguém pra assistir um filme (porque ele fica mais legal com companhia), "precisar" de ajuda para decidir a roupa nova, o namorado novo, o emprego novo (porque alegria compartilhada é alegria multiplicada), "precisar" daquela família para definir o que você quer (e o que não quer) ser, seus princípios, suas histórias...
Como disse, sabiamente (mais uma vez), a Tathy
LIFE IS SHARING!...
sábado, 27 de novembro de 2010
Minha namorada e a sogra dela (Diário do Guigo)
Que a Nina seeeeempre foi beijoqueira, todo mundo já sabia. Mas eu sou menino! E tenho 6 anos! Então, não sou muito de beijos e abraços, principalmente, em público. Antes, se a mãmi me desse um beijo, na porta da escola, por exemplo, eu já ia limpar e mandar um "-pára mãe..." calminho, educado, mas definitivo.
Só que as coisas mudaram por aqui e eu cansei de ouvir a mãmi elogiando toda santa vez em que a Nina dava um beijo nela (e isso acontecia um milhão de vezes por dia!). A Nina lascava um beijo na bochecha da mãmi e "-que delícia, filhota!"; a Nina dava um beijo na mão da mãmi e "-nossa! Pareço uma princesa ganhando beijos na mão!"; a Nina mandava muitos beijos no braço da mãmi e "-ai como eu adoro essa filha beijoqueira!". Depois de ouvir tantas e tantas e tantas vezes esses elogios, eu também quis alguns pra mim e... comecei a beijar muito minha mãe! Será que foi uma tática dela???
Daí, num dia desses, quando eu estava numa sessão "ataque de beijos" com a mãmi, com beijos e cosquinhas, rolando pela cama dela, a mãmi disse: "você pode ficar beijoqueiro assim pra sempre, que eu vou adorar!"
"-mas, mãmi, um dia eu vou ter que parar porque vou ficar grande..."
"-é verdade, filho. Quando você ficar grande, não vai mais querer dar beijos na mamãe, mas só na sua namorada... Então, deixa eu aproveitar agora!"
"-mas, mãmi, está tudo bem (mãmi ama essa frase!)", respondi levantando as sobrancelhas e balançando a cabeça. "-quando eu estiver maior e tiver uma namorada, eu vou explicar pra ela que preciso beijar a minha mãe, também!"
"-yuhuuuuuuu!!!!!" E tomei um ataque de beijos da mamãe!...
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Perfume (Diário da Mirys)
Depois de muuuuuitooooo tempo, eu resolvi encarar meus "detalhesinhos"...
Nunca fui muito de perfumes (a-do-ro um creminho! Pra tudo!). Tinha uns deliciosos, caríssimos, que meus pais tinham trazido para mim, importados entregues em mão (delícia!), uns que tinha ganho de amigas, um que o Fer tinha me dado...e eles ficavam lá, no meu guarda-roupas, nem guardando nem perfumando nada.
No último Natal, minha mãe resolveu presentear os casais da família (já contei que sou a mais velha de 10 irmãos?) com perfumes "de par". Então, o Fer ganhou "Carolina Herrera Sexy for men" e eu ganhei o pra mulheres. Putz... como era bom aquele cheiro... Então, claro que, na brincadeira, nós dois fizemos vários planos para os perfumes (até porque as belezinhas se chamavam "sexy" e nós estávamos numa fase namoro total! Sabe daquelas fases boas do casamento em que você está apaixonado como namorado? Então, era isso.)
Mas, vida vai, vida vem, ele foi embora menos de um mês depois e eu fiquei: com os perfumes, os planos, os cheiros que lembravam tudo aquilo, sozinha. Confesso que lidei com muita coisa, no começo. Mas os tais perfumes eu engavetei! Guardei mesmo! Os meus. Os dele, eu dei embora. Tortura, não, baby!...
Só que, na semana passada, eu me sentindo bem, muitos e muitos dias depois de toda a reviravolta que a minha vida deu, eu olhei para mim mesma no espelho (meu look mudou tanto!) e achei que merecia um perfuminho. Isso mesmo: eu merecia!
E cá estou eu, cheirando a "Trèsor", me sentindo (literalmente) très chique!!!
OBS: para quem estudou e morou em Paris, durante um ano, não usar perfume é o ápice do esculacho, né? Mas, tudo bem... prometo voltar, em breve, com uma fotinho bem inspirada, como essa da Kate. Assim, eu, perfumada, em Paris, como quem não quer nada demais da vida!...
Encenando (Diário da NIna)
"-mãmi, descruze as pernas. Assim. Pronto. Agora coloque as mãos do lado da cadeira porque eu vou sentar no seu colo. Pronto."
E eu me afasto um pouquinho, sorrio, ando em direção à mãmi e sento no colo dela, dizendo: "-um dia, eu vou ter um namorado. E vou sentar no colo dele, assim."
Então, eu dou um beijo "de esquimó" na mãmi (nariz com nariz), sorrindo e concluo: "-daí, eu vou dar um beijo na boca dele. Porque eu já 'vou ser' grande, né? (sic) Gente grande pode, né mãmi?"
E a mãmi ficou com aquela cara de QUEM FOI QUE ENSINOU ISSO PARA ESSA MENININHA??????
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
HAPPY!!! (Diário da Mirys)
Consegui!!!!
Achei na net uma maravilha de botãozinho que traduz nosso blog para outras línguas!!!
Agora, já posso me comunicar com amigos all over the world!
E o melhor foi ler nossas histórias em FRANCÊS!
Engraçadíssimo!
Beijos e bençãos.
Mirys
Somewhere... (Diário da Mirys)
Someday, less than one year before he´s gone, Fer sang a song at a wedding. I clear remember the rehearsals at home... how jealous I was of the girls who could sing like that... how proud I was of him and his beautiful voice and his habilities with musical instruments... how happy I felt with the lyrics of that song. Every now and then, Fer looked at me and smiled (and made me a little wink - to be honest). Then, even if I was super tired, somehow that little singers group at my backyard had the power to make me feel good and tireless and loved and...
Now, this song hurts me so badly...
(tradução livre - atendendo a pedidos)
Um dia, menos de um ano antes dele ir, Fer cantou uma canção num casamento. Eu me lembro claramente dos ensaios em casa... como eu invejava as meninas que podiam cantar daquela maneira... como eu estava orgulhosa dele, da sua voz linda, da sua habilidade com instrumentos musicais... como eu me sentia feliz com a letra daquela canção. De vez em quando, o Fer olhava para mim e sorria (e me dava uma piscadinha - para ser franca). Então, mesmo que eu estivesse super cansada, de alguma maneira aquele pequeno grupo de cantores no meu quintal me fazia sentir bem, sem cansaço, amada, ...
Agora, essa canção me dói muito...
Now, this song hurts me so badly...
Somewhere over the rainbow
way up righ
There´s a land that I heard of once in a lullaby
Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream really do come true
Someday I´ll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
Thats were you will find me
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
Birds fly over the rainbow... why, oh then why can´t I?
(tradução livre - atendendo a pedidos)
Um dia, menos de um ano antes dele ir, Fer cantou uma canção num casamento. Eu me lembro claramente dos ensaios em casa... como eu invejava as meninas que podiam cantar daquela maneira... como eu estava orgulhosa dele, da sua voz linda, da sua habilidade com instrumentos musicais... como eu me sentia feliz com a letra daquela canção. De vez em quando, o Fer olhava para mim e sorria (e me dava uma piscadinha - para ser franca). Então, mesmo que eu estivesse super cansada, de alguma maneira aquele pequeno grupo de cantores no meu quintal me fazia sentir bem, sem cansaço, amada, ...
Agora, essa canção me dói muito...
Em algum lugar além do arco-íris
Bem lá em cima
Existe uma terra sobre a qual eu ouvi falar uma vez, numa canção de ninar
Em algum lugar além do arco-íris
Os céus são azuis
E os sonhos que você ousar sonhar realmente podem se tornar realidade
Algum dia eu vou fazer um pedido a uma estrela
E acordar bem acima das nuvens
Onde os problemas se derretem como balas de limão
Bem acima das chaminés
É lá que você vai me encontrar...
Em algum lugar além do arco-íris
Voam pássaros azuis
Os pássaros voam além do arco-íris... por que? Oh porque eu não posso voar também?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Vamos juntas? (Diário da Nina)
(hoje, na hora do almoço)
Eu: "-mãmi, eu não quero ficar sem você! Vamos fazer um combinado? Quando você for morrer, a gente morre juntas!!!" (com mega sorriso!!!)
Mãmi: "-tá bom, filha. Combinadas. Vou orar e pedir para Deus, isso, tá? Mas só quando a gente ficar beeeem velhinha."
Vovó Dina: "-É quando a mãmi tiver 100 anos, a Helena vai ter 70. Então, daí já tá velhinha."
Eu: "-tá bom!"
Mãmi: "-nãããão! 70 é muito cedo! A vovó tem quase 70."
Vovó Dina: "-é verdade... esqueci..."
Eu: "-então... quando EU tiver 100, a gente morre. Combinadas?"
Mãmi: "-quando você tiver 100, eu vou ter 130. Tá bom. Acho que tá bom assim."
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terça-feira, 23 de novembro de 2010
10 meses sem você... (Diário da Mirys)
10 meses...
304 dias...
7.296 horas...
Os últimos 437.760 minutos da minha vida foram tão confusos, que eu nem sei o que dizer... ou pensar... ou fazer...
Eu já troquei de casa três vezes, nesse tempo, mas nenhuma vez troquei de saudade.
Eu já organizei um milhão de documentos, meus, seus, das crianças, mas ainda não consegui organizar as coisas na minha cabecinha.
Eu recebi muitas visitas, muitos telefonemas, muitas cartinhas by Correios, mas nenhuma visita boa sua em sonhos, daquela como se estivesse tudo bem.
Eu ganhei alguns presentes nesse tempo todo, mas nenhum beijo ou um abraço ou carinho de marido / namorado / qualquer-outra-nomenclatura.
Eu já aceitei uma transferência de emprego, funções novas na igreja, mas não aceitei ainda a sua ausência.
Eu guardei roupas e fiz malas para várias viagens, mas não consigo fazer as malas para sair dessa solidão.
Eu já viajei para diversos lugares, experimentei comidas novas, cenários diferentes, mas nada mais me contagia, me apaixona.
Eu assumi papel de mãe, de pai, de nora, de filha, de irmã, de ajudadora de casamentos ou festas infantis, de professora, de cantora de coral, mas ainda não encontrei o MEU papel, aquele que vou e quero ser, para o restante da vida.
Mas, apesar de ainda não ter encontrado o meu lugar, o meu espaço, as minhas novas funções no mundo, a minha rotina tranquila, o meu novo jeito de ser e agir, o que eu quero fazer, quem eu quero ser... eu sinto uma paz que não consigo entender, nem explicar. Não quero ser triste, benzinho. Nunca fui. Não quero começar agora.
Como me disse uma pessoa muito querida, no dia seguinte ao velório (ao qual essa pessoa não tinha consigo ir), nós éramos "perfeitos" um para o outro, nós éramos complementares: eu tinha levado vida, vibração, entusiasmo, paixão para a sua vida, e você tinha trazido estabilidade para a minha. Ele sabia, Fê, ele tinha acompanhado a gente em todas as crises de casal novo. Então, acho que é isso: de alguma forma, você continua por aqui, dentro de mim, na forma dessa estabilidade que você me ensinou a ter.
Obrigada, Fer, pela minha paz (além de várias outras coisas...)!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Se fosse um filme... (Diário da Mirys)
Após uma viagem DELICIOSA e de rever alguns amigos, estamos em casa. Estrada, banho, igreja, comidinha, cama para as crianças, filminho para mim... e um pouquinho de internet!
Ando "viciada" nesse negócio de blog! Mas, tem sido sensacional!!! Mantenho os amigos atualizados, recebo carinho + apoio + vibrações de mil cantos, faço novos amigos virtuais e alguns se tornam realidade! Nesse findi, nós acabamos sendo levados para almoçar (sim, porque não nos deixaram pagar) por novos AMIGOS que só nos conheciam antes (a Nina estudava na mesma classe que a filhinha deles) e que ficaram super próximos por causa do blog! Tem coisa melhor do que isso para uma blogueira iniciante????
Nas minhas leituras de outros blogs, acabei lendo algo que me fez pensar, lá no blog da Gisela Rao.
Considerando que é VOCÊ quem constrói a sua vida!
Considerando que é VOCÊ quem decido como, quando, onde vai reagir às coisas que te acontecem!
Considerando que é VOCÊ quem planta (e, depois, colhe, claro!!!) muito do que te acontece!
Considerando que é VOCÊ que se faz interessante ou não... se a sua vida fosse um filme, que tipo de enredo você estaria escrevendo sobre você mesma/o? Sua vida seria um drama, uma comédia, um romance, um terror????? Você está fazendo coisas legais, inteligentes, amorosas, bacanas o suficiente para ter um belo enredo ou está "perdendo" tempo em juntar dinheiro, reclamar do mundo, elaborar uma imagem ou invés de construí-la de verdade?
Acho que minha vida, nas atuais circunstâncias, poderia ganhar até um oscar de "MELHOR ROTEIRO ADAPTADO"!!! Nada mais justo, não?
domingo, 21 de novembro de 2010
TROCA!!! (Diário da Nina)
Oi pessoal!
Como vocês bem sabem, os 3 mosqueteiros aqui têm rodinhas nos pés!!! Adoramos viajar!!! E, nesse final de semana, recebemos um convite irrecusável: comemoração de final de ano lá em Ituverava, com o pessoal do trabalho da mãmi. A-MA-MOS aquele povo e aceitamos o convite correndo (vai que eles mudassem de idéia... rsrsrs).
Então, na sexta, todos os preparativos feitos; no sábado, bem cedinho, pegamos a estrada. São só duas horinhas!... "Nada", praticamente, perto das 9/10hs para Goiania (setembro), 6/7hs para a praia (outubro) ou 8/9hs para Campo Grande (no comecinho de novembro).
Desta vez, fomos só nós 3, ou seja, mãmi tinha que dirigir e controlar/entreter a gente. Como a viagem era curta, não precisava de suco, água, comida, etc. Mãmi deu uma caixinha de suco para cada um, no posto, e um pacotinho de bolacha (que chegou intocado em Ituverava). E muitas revistinhas de atividades e canetinhas!!!! Claro!!!!
Depois de um tempinho de viagem, mãmi ouvindo um sonzinho, sucos acabados, eu e o Guigo quietinhos no banco de trás, com nossas pastas cheias de atividades (a mãmi comprou uma pastinha de elástico para cada um, para organizar as revistinhas e canetinhas, dentro do carro, ou ele ficava parecendo uma oficina de arte!)... e eis que começa uma "discussão": "-eu quero a vermelha!" "-não, eu que quero!" "-mas eu vi primeiro." "-mas eu peguei e, agora, estou usando!".
Então, a mãmi usou uma técnica que dá suuuuuper certo com a gente: "-pessoal, o que está acontecendo?"
"-mãmi, eu quero a canetinha vermelha, mas ele não quer emprestar. Isso é egoísmo!"
"-então... preparem-se!!!... vai começar a grande brincadeira do TROCA... vamos lá, Nina - escolha uma cor pra você!... vamos lá, Guigo!... vamos pintando... isso! Muito bem! Capriche!... mais uns risquinhos e... TROCA!!!" (imaginem a cena da mãmi dirigindo, não vendo nada que acontece no banco de trás, falando sozinha, bem teatral, fazendo suspense e, nós dois, no banco de trás, com um grande sorriso no rosto, super empolgados de fazermos uma brincadeira, sem percebermos que a mãmi nem vê se a gente está seguindo ou não! A gente entra no clima e pronto!).
Quando a mãmi fala "TROCA", eu dou a minha canetinha para o Guigo (seja ela qual for!) e ele me passa a vermelha!!!!! Todo mundo usa a vermelha, ninguém se sente injustiçado e problema resolvido!!!
Daí, na brincadeira, a mãmi fica um minutinho ou dois quieta, depois começa o suspense, de novo: "-pessoal, só mais um pouquinho... isso!... caprichem... que eu já vou falaaaaarrrrrr TROCA!!!". E a gente troca de canetas, de novo!
Dá super certo isso com a gente!!! Só reclamamos quando a mãmi esquece que a gente estava brincando, empolga numa música do rádio, começa a cantar e esquece de falar "TROCA". Então, o Guigo sempre cobra: "-mãmiiiii, tá demorando muito... eu já usei bastante a vermelhaaaaaa..."
OBS: essa brincadeira vale pra tudo! Quando um tem uma coca e o outro tem um suco; quando um tem um óculos azul e o outro, vermelho; para canetas, gizes, lápis, apontadores, gibis, livros; etc, etc, etc. E ninguém briga!!!
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sábado, 20 de novembro de 2010
Dicas para viúvos em feriados??? (Diário da Mirys)
Hoje, recebi um e-mail dizendo que as festas de fim de ano estavam chegando (estão???? Mal passamos meu aniversário!!!...) e que eu devia me preparar. Então, tinha um link para um texto chamado, em tradução livre, Luto e Datas Comemorativas: 12 dicas de sobrevivência.
As 12 dicas eram (além de mandar a pessoa chorar, porque "faz bem"):
* seja realista (estabeleça metas que consiga cumprir);
* peça ajuda;
* estabeleça limites financeiros para presentes e decoração;
* coma direito;
* beba moderadamente;
* durma muito (ou o suficiente, como diz o texto, que eu traduzi por muito porque, para mim, suficiente são 4 ou 5 horinhas...já sei, já sei, você acha pouquíssimo!...);
* ilumine seu caminho (lugares escuros deixam as pessoas mais deprimidas);
* exercite-se;
* seja conciliadora entre os membros da família;
* ajude os outros;
* crie novas memórias;
* aproveite o momento.
1, 2, 3, 4... 12. Ufa! Não pulei nenhuma.
Dá pra acreditar que a gente consegue encontrar até guia de sobrevivência em feriados para viúvos, na internet??? Inacreditável!!!
Mais inacreditável é que essas dicas se "apliquem" a mim...
Na boa: alguém devia inventar outra palavra para definir esse estado porque essa é MUITO PESADA!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Um capítulo... (Diário da Mirys)
Eu, em mais uma madrugada, assistindo um filminho que começou bem tranquilo e despretensioso...
Mas o marido, de 35 anos, morre. E a garota fica. Completamente confusa. Completamente sozinha. Completamente sem saber o que fazer, para onde ir, com quem conversar. Para sorte dela, ela ainda tinha algumas cartas dele para ler... Vantagens de se saber o que vai acontecer e (mais ou menos) quando vai acontecer. Eu não tive essa "preparação"...
Em uma das cartas, ele escreveu: "-Quando você estiver triste ou insegura, tente se ver através dos meus olhos. Você foi a minha vida. Mas eu sou apenas um capítulo da sua. Haverá mais."
Por que??? Por que???
Não é muito injusto alguém ser "toda a vida" de outro, enquanto o outro é "apenas um capítulo" de alguém??? E se eu não quiser mudar de livro ou virar a página?... Se eu estiver com medo de começar um novo capítulo?... Não queria escrever uma linha sem ele por aqui (nem que fosse para falar mal, reclamar, enfim coisas normais de casal). Como terminar esse capítulo????
Não sei se, algum dia, em sã consciência, o Fer pensaria assim...
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domingo, 14 de novembro de 2010
YEEEEEESSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!! (Diário do Guigo)
Sábado (ontem), no casório da tia Yayá, eu mostrei pra mãmi minha nova "aquisição": um dente molinho!!!! Tenho um dente que está mole!!! É o meu primeiro dente mole!!!
Acho que mostrei o tal dente umas 20 vezes para a mãmi, durante a noite.
Mas não deixava ela tocar (vai que doesse...). Só queria que ela visse e ficasse ciente de que EU TENHO UM DENTE MOLE!
Eu tenho uma amiga linda chamada Sarah (uma das paixões da minha mãmi), que nasceu 11 dias antes de mim. E já faz MESES que ela vem contando pra MINHA mãmi: "tia MIrys, você não sabe??? Caiu um dente! Tia Mirys, você não sabe... caiu outro dente!" E, quase banguela (rsrsrs), ela continua contando pra mamãe todos e cada um dos dentes de leite que ela perdeu (já foram 6, até a semana passada). E a minha mãmi faz festa, pede um para colocar num pingente, vibra, olha praquela caixinha de jóias, preta e macia por dentro, cheia de dentinhos e fica suuuuuper orgulhosa da Sarah. Eu nunca falei nada pra mãmi, mas ela acha que eu fico com um pouquinho de ciúmes... Vai saber... Eu não vou me lembrar dessa fase pra contar pra ninguém, mesmo! Háháhá!
Mas o que eu SEI é que a minha mãmi acha que isso é uma coisa de meninOs e meninAs: meninAs são mais rápidas! Simples assim! Elas são precoces, fazem tudo antes de nós, estão sempre na nossa frente (nessas questões de crescimento). Então, a mãmi se consolava do seu filho com uma boca cheinha de dentes de leite porque "meninOs se desenvolvem mais tarde"...
Só que, no domingo, na hora do almoço, eu cheguei pertinho da mãmi, no meio da mesa LO-TA-DA da casa do Nono e soltei: "-mãmi, você não sabe o que aconteceu. Veja ISTO" (leiam com bastannnnnte ênfase no "isto" e imaginem uma mãozinha de 6 anos, esticada, apresentando ORGULHOSAMENTE meu primeiro dente de leite caído!!!).
"-FIIIIIIIIIILHOOO! QUE LEGAL!!! Pessoal, pessoal, atenção: vejam ISTO!!!" (leiam com bastante ênfase em todas as letras maiúsculas e imaginem uma mãe inflada de orgulho, praticamente voando feito um balão, comigo no colo, sorrindo banguela e estendendo a mão para mostrar minha super conquista!).
"-mãmi, agora você guarda para colocar na sua correntinha?"
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Sarinha (Diário da Nina)
Amigos:
A gente já falou da Sarah umas várias vezes, por aqui. Então, resolvemos postar umas fotinhos para vocês entenderem quem é a Sarinha!!!
Na foto, temos a eu e a Sarinha.
Agora, um close de Sarah e seus dentes faltando! Linda, não???
A gente já falou da Sarah umas várias vezes, por aqui. Então, resolvemos postar umas fotinhos para vocês entenderem quem é a Sarinha!!!
Na foto, temos a eu e a Sarinha.
Agora, um close de Sarah e seus dentes faltando! Linda, não???
sábado, 13 de novembro de 2010
Daminha com muita honra!!! (Diário da Nina)
Gente, adoro ser daminha de casamento.
A-D-O-R-O mesmo!!!
Com todas as letras beeeeem garrafais.
O problema é que as pessoas perceberam que eu gosto e que eu incorporo a própria mini-noiva: arrumo cabelo, coloco vestidão, faço as unhas, poso para as fotos antes - durante - depois do casório, sempre sorrindo, sempre orgulhosíssima do meu "trabalho". Faço tudo o que a noiva pedir e vou atrás dela para onde ela me levar.
No casamento da tia Lila e do tio Jú (meu debut), eu tinha 2 aninhos e não me conformava porque todo mundo falava que eu ia "casar com meus tios", mas eu falava que não ia! Não ia ter aliança, não ia ficar lá na frente o tempo todo, não ia morar na casa deles. Então, na minha cabecinha eu não ia casar com eles... mas EU QUERIA!!!
E o tio Jú fez uma coisa linda, mega-ultra-maxi especial...
Rufam os tambores, as portas abrem, aparece um serzinho de 2 anos com um vestido longo-rosa-de-lacinhos (eu, no caso), com cachinhos e presilhas rosas na cabeça, levando as alianças num carrinho rosa de barbie, que era puxado por uma cordinha. A vovó Linda que mandou fazer: comprou um carrinho rosa (desses normais, do tamanho de uma caixa de sapatos), fez uma almofada como se fosse para alguém sentar nele (nela estavam presas as alianças), fez duas tiras de corações com as letras de M-A-R-I-L-I-A e J-U-N-I-O-R e prendeu atrás (como se fossem aquelas latinhas de "just married"). Eu entrei na igreja puxando o tal carrinho com os corações e todo mundo ficou em pé para ver passar. Afinal, quando vocês já tinham visto isso antes????
Chegando lá na frente, eu dei um beijo na tia Lila. Falei um "eu te amo". Dei um beijo no tio Jú. Falei um "eu te amo". MAAAAAAAAAASSSSSSSSSSSSSSS.......... o tio Jú colocou a mão no bolso, tirou uma caixinha preta pequenininha (já comecei a gostar dessas caixinhas e comecei cedo, heim meninos???), abriu e dentro tinha um anel dourado com uma pedrinha rosa!!!!! Minha aliança!!!!! Ele colocou no meu dedo, deu um beijo na minha mão e daí sim, só aí é que eu fui com o vovô Nono, com um sorriso de uma orelha à outra, a mão estendida pra frente, mostrando minha "aliança" e falando: "-vovô, eu casei com eles! Eu casei mesmo! Olha!!!"
Minha segunda experiência de daminha foi no casamento da tia Mari e do tio Cazeiro. Levei a vovó Dina e a mamãe para uma loja de aluguel de roupas, em Bauru, para provar miiiiiilllll vestidos. Eu tinha 3 anos. Colocava um vestido, rodava, fazia poses, colocava as mãos para trás e balançava o corpo como um sininho. Foi em abril desse ano. A mamãe e a vovó quase precisavam de um balde para cada uma, tamanha era a babação!!! E, de repente, eu viro para a minha mãmi, vestida com esse lindo vestido branco / vermelho (abaixo) e disparo: "-mãmi, será que o papai ia me achar linda assim, também?" E mandei um sorrisão!
Então, hoje eu me preparo para minha 3a entrada como daminha: no casório da tia Yayá e do tio Zé Bond. Depois de horas na cabelereira, de lavar, secar, escovar, fazer chapinha para ficar liso, colocar bobes para enrolar (pensaram que era fácil ser mulher, é?), fazer as unhas das mãos e dos pés, e antes de voltar para o salão prender os cabelos, fazer maquiagem (levinha ou mamãe não deixa), colocar vestido, sapato, trocar de brincos e ir para a igreja... eu... DORMI!!!
Gente: ser daminha cansa, poxa!!!
OBS: tio Juninho, obrigada por emprestar seu celular para essa foto... sem você por perto, a mamãe ficaria sem esse importante registro!!! Reparem na minha mão!!! Eu dormi assim por horas!!!!!!!!!!!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
É uma loucura!!! (Diário da Mirys)
Desde que fiquei viúva (ôh palavrinha feia, heim? Alguém me arruma outra, por favor?), digo que estou como uma "alcoolatra anônima" : "um dia de cada vez"!!! Hoje tô bem... amanhã tô péssima... depois fico ótima... e assim vai. Mas não era o suficiente...
Então, minha super-bat-mega-hiper-amiga-consciência Dani disse que a Ciça Guimarães disse que a terapeura dela disse (ufa!) que o processo de luto é assim: "um MINUTO de cada vez!". É isso!!!
Agora, as coisas já estão mais calmas e serenas dentro de mim, com as crianças, as mudanças de casa / cidade / vida / estado civil - tudo. Mas, ainda assim, de vez em quando, tenho uma "crise de viúva".
Hoje, pela manhã, por exemplo: dormi em Jaú (que foi casamento da minha irmã, ontem) e peguei uma estrada de 1 horinha e pouco para vir trabalhar. Só eu. As crianças ficaram. Óculos de sol, água com gás, música tocando no rádio aleatoriamente, eu fazendo oração falando alto. Estava tranquila, juro.
E, de repente, começa a me dar uma saudade louca do Fer. Daquelas físicas! De sentir falta dele olhando pra mim, com cara de apaixonado, enquanto me olhava dirigir. De sentir falta da mão dele sobre a minha, no volante do carro. De ter a cabeça dele deitada no meu ombro direito e uma vozinha baixinha dizendo: "benzinho, tô com sono ainda. Você está bem para dirigir? Porque eu acho que vou dar um cochilo..." De poder estar no banco do passageiro...
No rádio começa a tocar Lanterna dos Afogados, que tocou no casamento de uma amiga minha. Então, eu fico assim: música = Fer; casamento = Fer; saudade = Fer; e o coração vai parando de bater e começando a doer.
Quando está escuro e NINGUÉM te ouve
Quando chega a noite e você PODE chorar
Há uma luz no tunel dos desesperados
Há um cais de porto, pra quem precisa voltar
E eu só pensando: onde? Onde está a minha luz? Onde está o meu porto???
Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando,
Vê se não vai demorar...
E eu cantava alto, como se pra ele ouvir... mas ele não ia ouvir... e mesmo que ouvisse, ele não ia chegar. Não adiantava eu ficar esperando. Ele ia demorar! Ia demorar PRA SEMPRE!...
Eu queria tanto um amigo pra conversar... alguém pra quem eu pudesse falar todas essas coisas... e chorar o quanto quisesse... e o meu melhor amigo tinha ido embora, pra sempre... e eu esperando por alguém que não ia voltar!... Pensei "preciso de um amigo. Um melhor amigo..."
(Está chorando? Porque eu estava. E muito! Mas, você percebeu que não passaram nem 5 minutos desde que você começou a ler tudo isso, né? Então, tá. Agora prepare-se para uma "crise de viúva"!)
"Ei! Mas eu não posso ter um melhor amigo! Na verdade, posso! Mas, provavelmente, ele não vai ser melhor amigo pra sempre. Eu me CASEI com meu último melhor amigo!!! E meu namorado, antes dele, também era o meu melhor amigo, da época! E ficamos 5 anos juntos!!! Meus sais: eu tenho um problema crônico com melhores amigos!!!!!" (essa última parte do meu pensamento fica por conta da minha intensidade normal de ser... os pobres coitados dos meus amigos nada tem a ver com isso...)
"Já sei, Deus. Então é isso: preciso de um novo melhor amigo! Há!!! A gente fica melhores amigos durante uns anos, depois ele se apaixona por mim, eu resisto e acabo me apaixonando por ele e plim - uma nova história para mim! É... porque eu não fico provocando meus amigos, não! Não senhor! Eu fico bem na minha, de camisetona e calça jeans, cabelo preso num rabo de cavalo, mas, eventualmente, depois de um tempo, eles se interessam por mim. Acho que meu eu interior deve ser interessante... Porque euzinha fico lá, paradona: amigo, para mim, é irmão! E já imaginou beijar o meu irmão??? ECA!!! Não dá!!! Se bem que, depois que o Fer me beijou, eu mudei de idéia...e valeu a pena. Mas, se eu demorar anos para construir tuuuuudo isso, de novo, já vou ter uns, sei lá, 40 anos quando ele se interessar. Daí, será que ele vai se interessar??? Talvez... eu achava que fosse ser SUPER velha com uns 27 (pensava isso quando tinha 17, ok?) e, hoje, com 36, ainda me acho uma criança. As coisas mudam mesmo... Mas não tenho mais energia para construir relações. Toda essa história de conhecer a mãe / o pai / o irmão / a vó / os sobrinhos / o gato / o papagaio / o tapete da porta de entrada de outro ser é muuuuuitoooo cansativa. Acho melhor ficar sem amigo. Sem melhor amigo. Sem futuro ex-melhor amigo. Vai ser mais fácil assim."
E 5 segundos depois, eu penso: "Miriane, sua maluca! Maluquinha, maluquinha!"
Virei perita em tirar sarro de mim mesma, de rir da vida, de não me estressar por pouco ou por muito, de aproveitar o DIA (que é tudo o que eu tenho, com certeza).
Pode dizer, não é uma loucura esse negócio de viuvez??? Tô ficando maluca... pode falar. Até eu já me falei isso!!!
OBS: espero ter te feito rir, na última parte!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Se melhorar, estraga! (Diário da Mirys)
Para esse post, imaginem um desenho animado...
Eu acordo, às 4:30hs da matina, com a Helena falando "-mamãe, xixi." "-quer fazer, filhota?" "-não já fiz... não consegui segurar... desculpa... e limpa?" Levanto, troco a roupinha dela (com ela dormindo), limpo tudo o que precisa ser limpo, coloco uma toalha grossa entre ela e o colchão molhado (foi só um pouquinho) porque não ia dar para trocar 2 dorminhocos de cama, mais passar talco no molhado, mais virar o colchão, mais colocar lençóis limpos e cheirosos, mais trazer os dorminhocos de volta pra cama (imagine que horrível dormir num lugar e acordar em outro! Se você tem pesadelos, então! Péssimo!), tudo bem rapidinho, às 4 da manhã! Resolvo pelo mais simples - colocar a toalhona, e pensar no resto na manhã seguinte.
Pensei: podia ser pior... ela só fez isso umas 3 ou 4 vezes, NA VIDA!!! Então, tenho muito mais sorte do que muitas outras mães!
O despertador toca, eu levanto da cama entre dois abraços de braços e pernas de crianças, ando de joelhos até a ponta da cama, tento correr até a sala para desligar a música do Jamiroquai do despertador que já começa a ficar alta (e acordar todo o prédio na maior balada!) e piso no salto do meu sapato que ficou no pé da cama! Aaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiii!!!! Imaginem a boca aberta para o grito, mas sem som. Tem 2 dorminhocos no quarto, esqueceram???
Pensei: podia ser pior... meu pé está sem corte, eu não cai no chão - não quebrei nada, não fiz barulho, e eu estava desconcentrada porque acordei completamente abraçada por todos os lados!!! Então, tenho muito mais sorte do que muitas outras acidentadas a domicílio!
No serviço, estou no meio texto e o meu computer (novinho e super confiável) avisa "sua bateria só durará 7 minutos. Troque a fonte de energia." Dava para terminar de copiar aquele artigo de lei imeeeeenso que estava nas últimas linhas. E puf!!! O computer vai ficando preto, preto, preto, pretejou de vez!!! E os meus 7 minutos?????? Nâo deu nem 7 segundos!!!!
Pensei: podia ser pior... eu podia ter perdido todo o relatório de 21 páginas! Mas, perdi só as últimas linhas daquele artigo que estava copiando. Nem foi o artigo inteiro. Então, tenho muito mais sorte do que vários outros digitadores mundo afora!
Na saída do almoço, a alça da bolsa estoura! Poxa! Aí já é demais, né??? (tudo bem que eu consegui consertar, depois, mas naquela hora eu estava bem frustrada... eu tentando muito ter um bom dia e o resto do mundo conspirando contra! Parecia o coiote do papa-léguas ou o Tom, que sempre sempre sempre saem perdendo!). Preciso de um ânimo, URGENTE! Passo pela cozinha, pego um bilhetinho para mim, na caixa de mensagens do amigo secreto do pessoal do trabalho e vou até o meu carro, lendo o bilhete. Ri muito! Bem divertida essa pessoa que me tirou!! Dei sorte!!!
Pensei: agora, não pode mais piorar! E vupt! passa voando, na frente do meu nariz (quase tocando nele! ECA!!!) uma enorme e fedida sacola de lixo e plaft! se espatifa e rasga, no chão! É que o morador da casa na frente da qual eu passava achou legal brincar de arremesso de lixo por cima do muro e, sem ver se estava passando alguém, simplesmente mirou o tronco da árvore da calçada, preparou, girou algumas vezes a sacola no ar e arremessou! Por que eu nunca pensei em brincar disso antes????????
Problemas com o calor (Diário do Guigo)
Ontem à noite, eu pedi muuuuitoooo pra mãmi pra gente dormir na cama dela. Às vezes, ela deixa. Às vezes, não. Até porque a gente já dorme junto quando estamos na casa das avós, das tias, etc. Então, em casa, a mãmi prefere que cada um fique no seu quarto.
"-mas mãmi, hoje é dia 9. 9 é ímpar. Então... nos dias ímpares a gente pode dormir com você. Lembra?" (lancei essa ideia pra ver se colava)
No meio de um montão de risadas, a mãmi perguntou: "-que combinado é esse filho?"
Depois de muuuuitaaaa insistência e muuitooos beijos, a mãmi disse que já tinha "pensado" e que deixava a gente ficar na cama dela. "-só hoje, heim?" Mas, cá pra nós, senhoritas mamães do Brasil: existe coisa mais legal para uma MÃE (nesse papel de mãe, vamos deixar claro) do que dormir abraçada e acordar olhando para a carinha do seu pequeno(a)?????
Já deitados, histórias contadas, orações feitas, a mãmi perguntou:
"-filhote, você quer dormir sem camiseta?"
"-não, mãmi." Detesto ficar sem uma parte da roupa. Não fico nem só de camiseta, nem só de shorts. Não gosto. "-por que?"
"-porque está muito quente, filho, e você está transpirando muito. Veja." e ela passou a mão pela minha testa, levantando meu cabelo, que ficou todo espetado, por estar molhado. "-não quer mesmo?"
"-não, mãmi... mas... eu posso dormir na sua cama, mesmo com calor?"
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sinceridade... by Helena (Diário da Nina)
Oi amigos!
A mãmi teve uma notícia, na última semana, que achou melhor não contar pra gente: a nossa ajudante, a tia J (vamos usar esse nome pra ela), conseguiu um outro trabalho, numa grande empresa e vai nos deixar.
Não... a mãmi não se desesperou! Ela não se preocupa com mais nada, depois do começo do ano. O que tiver que ser, será! E será para o nosso melhor!
Mas, ela pediu para a tia J não nos contar porque já estamos acostumados com ela e a mãmi achou que ficaríamos muito tristes.
Eis que, hoje, na hora do almoço, a gente conversa:
"-mãmi, tenho uma notícia. A tia J vai trabalhar em outro lugar."
"-ah é, filhota? E quem te contou?"
"-ela."
Até aí, tudo bem. Mãmi ficou tranquila porque eu não parecia que ia chorar, nem nada. Então, eu continuo, ao lado da tia J:
"-mãmi, essa não é uma BOA notícia?"
"-boa? Como boa, Helena?" e a mãmi tentou disfarçar que eu não estava muuuuitooo preocupada com a saída da nossa ajudante. "-filha, essa notícia é boa para a tia J, que vai trabalhar num lugar maior, ganhar mais dinheirinho. Mas, pra gente é triste... nós vamos ficar com saudades dela, não vamos?"
"-não, mãmi. A gente vai ter uma nova babá."
Mãmi achou melhor encerrar o assunto por ali mesmo...
OBS: mas, quando eu peguei minha mochila, dei um beijo de tchau na tia J e estava na porta, indo pra escola, eu pensei alto "é mesmo uma BOA notícia. Boinha!" E a mãmi enterrou a cara no chão, de vergonha...
Sinceridade... by Guilherme (Diário do Guigo)
Sexta-feira, aniversário da mãmi, nós 3 no carro, indo pra Jaú.
E me dá um click!!!
"-mãmi, que dia é o casamento da tia Yayá?"
"-quinta-feira, filhote."
"-e que dia é quinta-feira, mãmi?"
"-dia 11 do 11. O mês de novembro é o número 11. Então ficou igual: 11 do 11. Não é legal?"
"-mãmi... acho que não vou poder ir nesse casamento..."
"-como assim, filho?" (mãmi estranhou horrores porque eu a-do-ro a tia Yayá e o tio Zé!!!!)
"-é que no dia 11 do 11 é o aniversário do Nilo e eu tenho um convite pra festa dele." pronto. Resolvido.
Mas, a mãmi continuou:
"-Nilo??? Que Nilo, filho???"
"-Igor, mãmi. I-GOR! Entendeu? Lá da minha classe. É... acho que não vou poder ir nesse casamento, mesmo..."
OBS: é claro que eu não vou ter opção. E mais claro ainda que, depois de três dias na casa da vovó Linda, eu nem me lembrava mais do aniversário. Mas, a mãmi achou interessante como eu estabeleci o que eu quero e o que não quero fazer.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Escrever (Clarice Lispector)
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."
(Clarice Lispector)
(Clarice Lispector)
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sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Feliz! (Diário da Mirys)
No início do meu dia de aniversário, decidi fazer uma lista diferente... uma lista do que eu JÁ TINHA, do que JÁ havia ganho de presente no último ano, daquilo que JÁ estava na minha vida.
Imaginem a cena: eu, de vestido levinho (está um calorão por aqui), sentada no sofá da sala, plena madrugada, com uma tacinha de vinho branco na mão (minha dentista ficaria orgulhosa!) e um potinho de damascos ao lado, começando a lista...
COISAS (COMPRÁVEIS OU NÃO) QUE EU JÁ TENHO:
* pai, mãe, filho e filha, com direito a torpedos, bilhetinhos, mensagens de batom no espelho e desenhos com recadinhos de amor (ahá! Comecei bem!!!);
* 9 irmãos que cresceram comigo e mais 7 que vieram coroar nossa família, uns anos depois (cunhados e cunhadas - adoro vocês!);
* meu sobrinho oficial. Um só (por enquanto, espero), mas o melhor sobrinho que alguém poderia querer! Imagine que delícia você assobiar e um pequeno ser de 1 aninho, levantar a cabeça, começar a te procurar com os olhos, dizendo: "tia Mimi? tia Mimi?" E ele tentando me imitar, então ("bora, bora, catapora" - batendo uma mão na outra e gargalhando)??? Tem coisas que o mastercard compra... outras, realmente, NÃO TÊM PREÇO!!!
* 3 avós (2 minhas e uma herdada do Fer) que me paparicam, paparicam meus filhos, sempre me compram um ovo de chocolate na páscoa, fazem galinhada e me convidam para almoçar, ou abrem um pacote de bombons + uma coca light quando eu apareço na casa delas;
* um sogro e uma sogra que me entendem, me apoiam, me convidam pra passear e me ajudam com as crianças (priceless!); Ah! minha sogra também me paparica (pois sou "filha única" do lado dela)... e meu sogro também (hoje, ele dirigiu da cidade dele pra minha só pra me entregar um CD de músicas que ele tinha gravado pra mim);
(Peraí que a lista começou a ficar grande e o texto vai ficar confuso... preciso parar de escrever, voltar e dar um espaço entre uma linha e outra...pronto! Continuemos)
* 1.000 primas, dos 4 lados (2 meus e 2 deles), todas muito diferentes, todas muito bacanas, todas complementando minha vida! Primas que me conheceram no final da adolescência e curtiram meu namoro com o Fer desde o começo; outras que fizeram parte da minha infância e deixaram lembranças deliciosas de piadinhas contadas noite adentro, praia com 15 crianças, eleições do tio e da tia "mais legais" (meu pai e a tia Mig SEMPRE ganhavam! rsrsrs), chaves de carro misteriosamente desaparecidas na hora de ir embora! Primas que me fizeram madrinhas, primas que foram minhas madrinhas, primas que escolheram o meu dia para ter uma linda filhinha (dia 05 de novembro = tudo de bom!), primas que tiveram filhos nas primeiras horas do dia 03 de janeiro e me deram a chance de pegar o carro e sair "recolhendo" a mulherada da família para levar para a maternidade. Primas que dedicam textos e tempo pra mim (www.borbolhasletras.blogspot.com - essa menina sabe escrever!). Primas que riram, choraram, cresceram comigo e sempre sempre tinham tempo para um cafezinho (no meu caso, chazinho).
* 1.000 primos, dos 4 lados, que são igualmente bárbaros. Não saberia escolher entre eles ou elas (só coloquei as meninas antes por uma questão de gentileza)!... Meus primos brincaram de princesa e "princeso" comigo e se sujeitaram a todos os teatros infantis que minha fértil cabecinha programava, quando criança. Primos que tinham coleções IMENSAS de gibis e me apresentaram a esse delicioso mundo! Primos de abraços apertados, sorrisos largos, sempre prontos a ajudar a consertar o computador, o móvel quebrado, a vida. Primos que me ajudaram a entender qualquer parafernália tecnológica (ou, simplesmente, sempre estão dispostos a resolver meus conflitos com a tecnologia para que eu não "precise" entendê-la). Primos que ajudaram o Fer a comprar as alianças do nosso casamento. Primos de sonhos e de sons... muitos e muitos sons... Primos que são exemplo de relacionamento conjugal, de relacionamento com Deus, de vida!
* tios, muitos e muitos tios e tias. Amadíssimos todos eles!!! E cada um com seu jeito próprio de fazer com que cada sobrinho se sinta especial. Tios que levavam a criançada pra passear, que compravam sorvete, que escondiam mini ovos de chocolate pelo gramado, que me apresentaram à comida japonesa (e outras iguarias), que dançavam comigo (coisas que os namorados nunca fazem! Por que?????). Tios que SEMPRE se lembram de que eu gosto de cartinha pelos correios, de fotos antigas de família, de mil tipos de chá, de músicas do Elvis, dos Beatles e do Queen. Tios que gravam CDs pra mim, que me chamam de "gatinha", que me ensinam a jogar baralho (e eu sempre perco...), que me escrevem mensagens lindas pra dizer que têm orgulho de mim. Veja só se pode isso???
* meu padrinho. Ah! Meu padrinho! Melhor amigo de pequeno do meu pai e que acabou ficando sem "parceira" (pois eu nunca tive uma madrinha oficial. Só padrinho. Na época, ele não tinha ninguém sério na vida dele...). Ele é único e vale pelos dois!!! Se a Mel (afilhada do Fernando) me disse que, agora, eu sou "padrinhA" dela, acho que posso dizer que meu padrinho é PADRINHO E MADRINHO! Pronto! A vida perto dele é uma constante aventura: corridas de moto, cafés em Paris, meu primeiro emprego sério, restaurantes bacanérrimos em São Paulo, carona para pegar o avião da lua-de-mel. Espetacular!
* minhas afilhadas lindas, lindas, lindas!!! A 1a e oficial tem o cabelo preto mais liso, brilhante e lindo que já vi! Geniosa, precisa de um tempo para se enturmar com as pessoas, bem determinada e carrapicho da mãe dela...ou seja, exatamente do jeitinho que meu compadre deve ter pedido a Deus! Nada de dar mole para os meninos, garota!!! Mas, quando ela sorri... a sala se ilumina! A 2a já tem 6 anos, mas só passou a ser MINHA afilhada por escolha dela!!! Não é bárbaro??? Ela disse que eu não podia ser "só" a tia Mi, assim, só tia de coração... eu "tinha que" ser mais coisa, mais oficial. Então, virei sua madrinha. Com muito orgulho!!! Meiga, com cabelos encacheados que eu namoro, sempre pronta a me mostrar mais um dentinho de leite que caiu (ela guarda todos, pois eu disse que vou fazer um pingente) ou uma apresentação da escola, de balé, de teclado, de flauta, de violino (sim, vocês não leram errado, não precisam voltar: ela só tem 6 anos mesmo! Fazer o que?).
* meus sobrinhos e sobrinhas "do coração" que, muitas vezes, não admitem se alguém diz que eu não sou tia deles. Na verdade, oficialmente, não sou. Mas, quem disse que o papel é o que vale? Desde 14 anos atrás, sou TIA em letras garrafais e com muito orgulho (batendo na trave para ser madrinha... mas eu estrago essa linda adolescente DO MESMO JEITO!). Adoro estar num casamento, super arrumada, de vestidão longo + penteado + maquiagem e sentir uma mãozinha segurando a minha e dizendo: "oi tia Mirys! Vamos brincar?". Vou mesmo! Brincar, ler história, jogar jogos de tabuleiro, preparar pratos malucos na cozinha, aprontar a cama para eles dormirem em casa (quando as mães resolvem me deixar ser mais feliz e permitem que os seus pequenos passem a noite por lá). Adoro quando eles me mostram as notas da escola, a redação que fizeram, compartilham o livro que leram, me pedem alguns livros emprestados, "me levam" pro cinema. Queridíssimas crianças e adolescentes da minha vida: obrigada pela HONRA inimaginável de me chamarem de "tia" e por partilharem suas vidas comigo! Amo vocês!!! De paixão!!!
* meus amigos (putz... agora esse post vira um livro... agora???). AmigAs que me ensinaram a me arrumar (antes e agora), que mataram aula comigo pra tomar UMA coca (para 8 meninas) na praça da cidade, que vibraram comigo com uma nova paquera, que sofreram comigo a perda de um amor, que me ajudaram com trabalhos de faculdade (e que, algumas vezes, me deixaram fazer o trabalho pelo grupo todo, sozinha, pra me ensinar que a vida é assim: um por todos e todos por um!). AmigOs que me ensinaram a dirigir, a trocar pneu de carro, a programar o video cassete (complicadíssimo, na época), a escrever curtinho (porque eles não têm paciência com textos longos, tipo esse! Rsrsrs), a ler diferentes livros, ouvir diferentes músicas, a entender (ou tentar arduamente) como um homem pensa. Amigos que me livraram de roubadas ou que me meteram em encrencas. Amigos que ajudaram meus namorados a fazerem coisas terríveis e extremamente românticas, tipo pixar váááários muros da cidade no dia do meu aniversário ou roubar 3 sacos enormes de flores para inundar a garagem da minha casa (para me pedir desculpas por uma bobeada). Amigas que me ajudaram a ver tudo aquilo e fazer de conta que nada acontecia (para que acontecesse exatamente o que eu queria que acontecesse). Amigos que estão, sempre, no máximo, a um telefonema de distância! Amigos alunos que me permitiram aprender tanto e crescer com eles, que me permitiram fazer parte de momentos importantes de suas vidas. Que me tiraram do posto de "professora" e me alçaram ao de "amiga". Meus queridos amigos e amigas, que tanto me ensinaram, sobre tanta coisa, que eu jamais seria capaz de retribuir ou agradecer por tudo o que fizeram por mim (aliás, muito do que sou é obra deles, pois, sem eles, não teria chego até aqui).
* meus NOVOS amigos, dessa minha nova fase: eu comigo mesma. Amigos que me fizeram churrascos depois que eu perdi meu churrasqueiro, que fizeram meu trabalho na igreja quando eu não tinha condições, que souberam respeitar a minha dor e esperar a tormenta passar, mesmo quando ela aparecia no meio da tarde e a gente tinha um relatório pra entregar. Eles sabiam que não iria durar para sempre (nada dura...) e esperaram. Me entupiram de pães-de-queijo, risotos, macarrão, chá, coca light, vinho, novos sabores, novas histórias, novas possibilidades! Amigos que me conheceram "só Mirys" (sem "mãe de Guilherme ou de Helena", sem "Mirys do Fer", sem líder disso ou daquilo) e, mesmo assim, gostaram de mim, curtiram minhas conquistas, trilharam um pedaço importante da vida comigo. Amigos que me arrumaram novos e deliciosos adjetivos, aos quais eu me agarro sempre que um pedacinho de tristeza quer se instalar por aqui. Amigos que me permitiram trabalhar e me apresentar na medida do MEU limite, respeitando o meu momento. Amigos que eu deveria ter tido desde criancinha!!!
* meus tios e tias de coração. Tantos!... Os mais sérios, que sempre tinham uma palavra sábia para o meu crescimento. Os mais brincalhões, que me faziam ver que a vida é uma grande e deliciosa caminhada. Todos que me permitiram chama-los de "tios" durante todos esses anos, só pelo fato de serem amigos dos meus pais. Aqueles que tornaram os laços de amor tão fortes e importantes quanto os de sangue, que sempre me colocaram pra dentro de suas casas, de suas vidas. Que cuidaram de mim, torceram por mim e ainda acreditam muito em mim.
* este blog, meu cantinho para viver essa urgência que eu sinto de... viver! De escrever (e reviver) o Fer para as crianças; de escrever (e dividir) meus momentos mega altos ou, por vezes, baixos; de encarar meus entraves (e, esperançosamente, ajudar outros que passam por processos semelhantes); de me comunicar com gente de todo o mundo, grandes escritores, ilustres anônimos, sempre novos amigos.
* saúde! Muita saúde!!! Apesar de algumas teimosas espinhas no rosto e um pouco de sono além do normal, o resto vai muito bem, obrigada. Sem doenças, sem dores, sem nada. Tudo funcionando direitinho. Corpo aceitável (que não engorda, nem emagrece), dentes mais brancos (adoro essa parte), cabelão que voltou a ser lindo / leve / solto / brilhante (quase posso ganhar o apelido de Revlon, de novo), altura bacana (nada demais, nem pra lá, nem pra cá).
* um trabalho que eu adoro e que me satisfaz. Mentalmente, me sinto estimulada a pesquisar, melhorar, aprender, apurar. Financeiramente, me permite sustentar as crianças sozinha e ter pequenos luxos (tipo ir no cinema sempre que der vontade). Das 8 às 6, com o resto do meu dia para as crianças. Sem traumas. E com um plus: amigos bacanérrimos por lá (uns bem cabeça, perfeitos para conversas em tardes chuvosas sobre o investimento na educação... outros super divertidos, ideais para uma ajudar a ver o lado mais colorido da vida). Ou seja: não dava pra ser melhor!
* fora isso, tem mais umas coisinhas tipo uma casa para me abrigar, um carro para me transportar, uma câmera fotográfica (que PRE-CI-SO voltar a usar com gosto) para me distrair, algumas roupas, uns sapatos, uns CDs de música bem legais (selecionados pelo meu marido músico, ou seja, tudo coisa da melhor qualidade), alguns filmes "pra pensar" e mais alguns "pra viajar", TV a cabo com programas legais de decoração.
RESUMO DA ÓPERA: NÃO DÁ PRA RECLAMAR!!! VISTO POR ESSE PRISMA, EU SOU MEGA ABENÇOADA!!! SUPER SORTUDA, MESMO!!! Tem gente que não tem tudo isso... mas eu tenho! Então, hoje, eu só queria oficializar que sou muito muito muito grata por tudo isso e que espero que a lista de 2011 seja ainda maior! Não tem problema se ninguém for ler... rsrsrs
Feliz aniversário pra mim, garota de sorte!!!
OBS: aviso aos navegantes - como Deus foi muito generoso comigo, esta lista é um trabalho em construção. Pode ser que, a qualquer momento, novos itens sejam acrescentados porque eu tenha me esquecido involuntariamente deles.
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O maior presente! (Diário da Mirys)
Quero contar uma história. De amor. De amor em diversas formas diferentes.
Não quero falar do Fer, pura e simplesmente, não quero engrandece-lo, nem a mim. Ele sempre considerou a soberba como um dos mais perigosos pecados. Então, quero contar uma história de amor, de Deus para conosco, durante os 15 últimos anos da minha vida.
No primeiro dia de faculdade, conheci num circular, na volta pra casa, um moço que também estava na minha classe de direito. Não sabia que aquele moço magrinho se tornaria meu marido... Deus já tinha um plano para nós, mas nós não sabíamos disso!
Fomos os melhores amigos um do outro, por 3 anos e pouco. E só! Até que, um dia, o irmão dele falou: “-Fer, e a Mirys?”, e ele passou a me ver com outros olhos. Começamos a namorar meses depois disso, no último ano de faculdade.
Eu sempre tive vontade de estudar fora do Brasil, mas nunca tinha tido a oportunidade, nem meus pais tinham condições de me mandar para o exterior naquela época. Mas, surgiu uma oportunidade na França, de trabalhar e estudar, para mim! Ia contra os nossos planos de casamento, nosso namoro tranquilinho... mas, de novo, Deus tinha algo maior para nós dois!
Um ano separados não seria fácil... Quando conversei com o Fer sobre isso, ele me disse: “-vai. Pode ir que eu te espero”. E eu me convenci de que ele era a pessoa para mim, que estaria do meu lado, para sempre. E fui.
Um ano depois, dia 13 de julho de 1998, um dia depois do Brasil ter perdido a copa para a França, o Fer chegou no aeroporto de Paris para me buscar. Não disse “oi”, “estava com saudades”, “como vai”... nada. Apenas se ajoelhou, no meio do desembarque do aeroporto internacional e me pediu em casamento ali mesmo. Eu aceitei ali mesmo!
Nos casamos no dia 10 de outubro de 1998. Faríamos 12 anos de casados, no último dia 10. Moramos em São Paulo por alguns anos, até que, em 2003 ficamos grávidos e, em 2004, tivemos nosso primeiro filho: o Guilherme! Resolvemos deixar nossos empregos e salários, assumir uma vida financeira bem restrita e nos mudar para Jaú, para perto da família. Dizíamos: “-Vamos abrir um escritório, trabalhar e Deus proverá!” Cumprimos a nossa parte e Deus também!
Em cidade pequena, as pessoas têm mais contato, e eu tinha sido criada na igreja de Jaú. Então, recebemos muitas visitas naqueles meses. O Fer ficou impressionado com aquela recepção, mas Deus já agia em seu coração.
O Fer tinha sido batizado quando criança, ia na igreja e tudo o mais. Mas, anos depois, me disse que não tivera uma decisão pessoal e madura por Jesus. Mesmo comigo, no nosso namoro e casamento, freqüentava a igreja sem comprometimento. Mas Deus fez outras pessoas se comprometerem conosco...
Um dos nossos melhores amigos acabou sendo, sem querer, um pastor presbiteriano, da nossa idade, com quem o Fer tinha demoradas conversas, sobre tudo! Como ele gostava de conversar com o André! E algumas vezes, conversaram sobre salvação.
Quando já estávamos freqüentando a igreja em Jaú há anos, o responsável pelo louvor “descobriu” que o Fer sabia tocar vários instrumentos e gostava de música. Então, o Sérgio foi DUAS vezes ao nosso escritório de advocacia, convidar e convencer o Fer a participar do grupo de louvor. Só nos bastidores, pois ele ainda não tinha feito sua pública profissão de fé. E Deus já agia, por meio do Sérgio, do André e de tantos outros que falavam para o Fer desses assuntos de fé. Obrigada meninos!
Tivemos nossa segunda filhinha, a Helena, em 2006. Eu sempre trabalhando muito na igreja, com as crianças, levando os dois pequenos junto, e o Fer envolvido com o louvor, responsável pelo som, etc. Era Deus usando um amor para levar a outro para levar a outro...
O Fer acabou fazendo a classe de escola dominical para sua profissão de fé e voltava sempre muito empolgado de conversar com o Reverendo Célio. Ele tinha muitas questões e pontos de vista, e deve ter sido um aluno “difícil”. Mas, ele adorava conversar com o Pastor Célio! Meses depois, num domingo à noite, ele professou sua fé em Jesus, publicamente. Como ele dizia: o que Jesus fez por nós também foi público! Parte do plano de Deus para nossas vidas se cumpria naquela noite.
Em setembro do ano passado, nós tivemos uma das maiores e mais agradáveis surpresas de nossa vida de casal: eu tinha passado no único concurso público que tinha prestado. Finalmente nossa vida financeira voltaria para os eixos. Teríamos que mudar de cidade, mas estávamos bem felizes por sermos uma família de 4, independente. Fazíamos muitos planos!...
Comecei a trabalhar em dezembro do ano passado, e na 3ª semana de janeiro fomos, só eu e o Fer, pra Ituverava, para alugar uma casa para nós, matricular as crianças na escola, comprar material escolar e etiquetar tudo, organizar a vida.
Na volta dessa viagem, pela primeira vez, EU tive uma conversa com o Fer sobre salvação. Na verdade, ele teve essa conversa comigo, pois ele a começou. Falamos da importância das pessoas falarem de Deus aos outros, da importância da pública profissão de fé, e da certeza da salvação. Ambos sabíamos que a salvação é algo pessoal. Então, ele me perguntou se eu tinha certeza da minha salvação. E me disse que ele tinha certeza da dele! Eu não sabia (como não sei muitas coisas), mas Deus me dava ali, através do Fer, um dos maiores presentes que eu poderia pedir: a paz que excede todo entendimento...
Uma semana depois, aconteceu um terrível acidente na estrada. Ele parou para retirar algumas pessoas de um carro que pegava fogo. Outras duas pessoas pararam também. Quando o fogo tinha sido controlado, um novo veículo veio, não viu todos os 6 carros parados na pista e se chocou com aquele onde estavam as pessoas que o Fer e os outros socorriam. Mesmo assim, as pessoas do veículo sobreviveram. Mas o Fer não... nem os outros dois maridos de outras duas pessoas que também tinham parado para ajudar.
O Fer tinha 35 anos. O outro moço tinha 50 e poucos. O último tinha 20 e poucos.
Muitas pessoas me perguntam como eu consigo manter o rumo das coisas, das crianças, da vida, depois de ficar viúva aos 35 anos, numa cidade nova, com nada conhecido por aqui, nenhum porto seguro, nada que se possa dizer “-ufa! Isso eu conheço.”. Deus tinha planos diferentes dos nossos, não somente para o Fer, mas para mim, para o Guilherme e para a Helena, também. Eu ainda não sei por onde Ele quer que a gente vá, nem o que tem para nós, pela frente. Mas eu sei que Ele tem um grande e perfeito plano para tudo isso.
Eu digo que perdi um “F”, de Fernando, mas eu ainda tenho outros três: Fé, Família e Filhos. E tenho a “paz que excede todo o entendimento”, que Deus me deu, através do Fernando, naquela tarde em que ele me disse ter a certeza da sua salvação. Você já deu esse presente à sua família? Já SE deu esse presente: a certeza da vida eterna com Deus?
(Espero, com isso, estar fazendo a minha parte como o Rev. André, o Sérgio, o Rev. Célio e tantos, tantos outros que passaram por nossas vidas e falaram de Deus, de salvação, de compromisso com Jesus. Pessoas que foram usadas por Deus para levar outros para certeza da vida eterna no céu. Que Deus nos abençoe!)
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