quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Há dois anos atrás... (Diário da Mirys)


É duro quando você quer recordar a pessoa, recordar o que ela sentia por você... e ela não está mais aqui pra te dizer isso... Então, você procura, procura, procura e não acha nem um mísero micro bilhete escrito "T amo" ou "LV U". Nadica de nada...

Mas, os testemunhos que a gente dá nessa vida (de alegria, de fé, de esperança, de tristeza, de maneiras de lidar com o mundo) sempre ficam em algum lugar, pra alguém (nem que seja só na cabeça). Muita gente me diz: "-nossa, o Fer me ensinou isso" "-lembro do Fer por causa daquilo" e acaba se lembrando dele por causa dos testemunhos e/ou depoimentos que ele deu, durante a vida. Sabe aquela conversa despretensiosa, que pra você é nada? Então... pra quem ouve, pode ficar guardada pra sempre.

Ás vezes, como ontem à noite, a gente dá mais sorte. Achei um e-mail do Fer. Não era pra mim - era pra uma das minhas tias, em resposta a uma mensagem de parabéns dela pelo nosso 9o ano de aniversário de casamento. Mas... veio com cópia pra mim e, ontem, eu encontrei!!! E adorei ler esse depoimento que ele acabou, sem querer, deixando pra mim...

Então, divido:

Amada aMIGa:

Obrigado pela lembrança!! Há uns 2 domingos atrás, a gente estava na igreja, e tocou aquele hino q fala "Sou feliz com Jesus meu Senhor", aí eu 'chorei largaaado' (como diz o pessoal do Louvor), porquê, realmente, não tenho do que reclamar.

Deus me deu uma família linda, abençoada, e tenho plena consciência disso. Sei que o que falta pra muita gente - casada, solteira, jovem, velha - é amor, mas não aquele amor idílico, amor platônico, à primeira vista, coisa de livro... falta aquele amor que se aprende, amor dedicado, longânimo. Aquele amor que fala mais alto quando você não aguenta olhar na cara da pessoa...

Eu tava conversando com a Ju esses dias, e falei pra ela que, pra mim, o fruto do Espírito mais importante é o domínio próprio... posso dizer com tranquilidade que foi assim que chegamos até aqui. Com amor, respeito e domínio próprio.

Lembro que vc me disse uma vez (ou mais de uma) que o casamento é como um jardim, que a gente não pode descuidar. Realmente, essa definição é perfeita! E se o nosso jardim está florido hoje, agradeço a Deus nosso Senhor, que sempre esteve presente em nosso lar, e a todos dessa família enorme e tão amada, que sempre torceu por nós e nos ajudou.

E que venham mais nove anos!!!

Beijos, e té logo!!!


Não vieram outros 9... vieram só mais 2 e 1/2... mas eu sou muito grata por eles!

5 comentários:

Anônimo disse...

Amor é amor e só.
Ou seria tudo isso?
Eu e meus paradoxos (ou antagonismos?)

Amor é amor e é coisa de alma.
Alma não morre.
Amor na alma se tatua imediatamente ao ser encontrado, ao se permitir amar.

Aceite as manifestações de amor, mesmo que nem tão diárias ou mesmo que não explícitas (ou escritas por aqui), mas que existem. Conte com isso. Sinta!

Enquanto isso, alguém lá em cima, sendo de fato feliz com Jesus e que ouviu a canção entoada na igreja e que ouve as que cantamos só com o coração, vai sorrir.

Unknown disse...

Realmente ele nos ensinou muita coisa, às vezes eu ligava procurando por você e tínhamos conversas deliciosas, era um ótimo ouvinte e sempre tinha o que dizer, poucas, mas sinceras e objetivas palavras...
E o amor por você era incondicional (sou testemunha disso!)
Beijos
Daninha
ps. parece que estou ouvindo a voz dele...

Maiyara Segalla disse...

Nossa Mi!!!! To sem palavras!!! Deve ter sido muito bom ter encontrado este e-mail... tão sábio e verdadeiro...
Amamos vcs!

Anônimo disse...

Mais uma das preciosas pérolas, saídas de vocês (Fer e Mirys).
Com tantas pérolas nas mentes dos dois, só poderiam conceber dois diamantes, que são o Gui e a Nina.
E que estão aí, para ajudá-la a superar a falta dele.
Abçs
Sogro., e avô
Almanir

Mirys Segalla disse...

Só pra quem não conhece a história da música que ele cantou, naquele domingo:

Em 1873, Horatio Gates Spafford, presbiteriano e advogado em Chicago, com sua esposa e suas quatro filhas, planejou uma viagem para descanso na Europa. Mas problemas de negócios imprevistos forçaram Spafford a adiar sua partida; sua esposa e as filhas viajaram em novembro de 1873; numa colisão com outro navio, o "Ville du Havre" naufragou no Oceano Atlântico, tendo morrido as filhas e sido resgatada a esposa, que enviou uma mensagem telegráfica para Spafford: "Saved alone" (Salva, sozinha).

Spafford escreveu a letra deste hino quando outro navio, que o transportava para a Inglaterra, chegou perto do local da tragédia.

Horatio e a esposa em 1881 foram morar em Jerusalém, onde tiveram sua quinta filha, Bertha Spafford Vester, que fundou um lar para cranças abandonadas.

Anne Grace Lind, neta de Spafford, guardou a quinta estrofe do hino, descoberta em 1995, com o seguinte texto:

"Prá mim só importa Cristo prá viver.
Se o Jordão ameaçar me afogar.
Oh! Não sofrerei, pois, na morte e na vida,
Tu me darás Tua paz!"