As horas passaram e passaram e passaram e eu estava EXTREMAMENTE INCOMODADA com a falta de notícias dele. Nenhum torpedo. Nenhuma ligação. Pra piorar, eu ainda estava trabalhando fora do escritório, então a internet e a telefonia celular não funcionavam direitinho... E eu culpava as duas pela falta de comunicação! Mas, sabia que não era... ele tinha dito que não ligaria, não mandaria torpedos, não faria nada, enquanto eu não me decidisse...
Mas eu estava tão na dúvida...
Antes de qualquer coisa começar, eu sabia que seria urgente e rápido. Fosse o que fosse! Se desse errado, se não rolasse, ia ser tentar - não rolar - parar por ali mesmo. Se desse certo, se valesse a pena, se eu empolgasse, ia ser "pra ontem"!!! E isso dava um medo tremendo!!!
Por que?
Porque eu tinha urgência em viver! Todo mundo ao meu redor sentiu essa mesma urgência, depois do acidente. É normal... quando você vê alguém jovem, saudável, no auge da vida, ir embora, assim, do nada, de uma hora pra outra, você percebe que a vida é PRA HOJE, que é um PRESENTE (não um futuro), que você não quer perder tempo com bobeiras. Das minhas 4 irmãs que poderiam se casar (solteiras, jovens, formadas, senhoras da própria vida), naquela época, AS QUATRO se casaram em 17 meses depois do acidente! Algumas já namoravam há um tempinho e viram que não "tinham que" esperar mais nada (casa nova e mobiliada, pós-graduação, etc e tal), que dava pra construir a vida juntos e se casaram! Uma delas tinha acabado de começar a namorar, mas percebeu que o meu cunhado era "O CARA" pra ela e, onze meses depois, estava casada! É... a morte tem esse poder... quando você percebe que ela não acontece só na casa ao lado, você vê que cada minuto de vida perdido é um precioso minuto perdido!!! E, definitivamente, não vale a pena!!!
Porque eu já tinha 36, tinha 2 filhos pra criar, tinha minha história anterior (de nunca ter sido "namoradeira"), não fazia o menor sentido começar a "sair" com caras, agora. Ou namorar vááááários, só pelo prazer de namorar pessoas diferentes. Se eu mudasse de país, talvez desse pra começar a minha história do zero e ser uma pessoa com um perfil com-ple-ta-men-te diferente do que eu sou (e sempre fui). Mas, essa não era uma opção: eu ia ficar por aqui. Na mesma cidade, com os mesmos amigos, na mesma família, participando da mesma igreja. Então, se desse errado, eu nem ia me expor ou expor a pessoa que estava comigo - ia ser rápido pra terminar. Mas, se desse certo, se a gente decidisse encarar todos os dedos apontados e comentários que fariam, beleza! Ia ser de peito aberto, olhando no olho, ouvindo o que precisasse ser ouvido. Mas ia ser de mãos dadas! Oficialmente.
E, principalmente, por causa das crianças, eu sabia que qualquer relacionamento ia ser rápido. Se desse errado, obviamente, eu não ia querer envolvê-los com alguém, criar uma rotina, um certo envolvimento, pra depois, lá na frente, falar "sabe o que que é? A mamãe não gostava muito dele." A MAMÃE!!! Eu era uma mãe!!! Eu tinha que pensar neles, também!!! Por isso, se não fosse pra alguém ficar, ele não ficaria na velocidade do Relâmpago Mcqueen! Mas... e se desse certo? A mãe do Guigo e da Nina ia ter um namorado? É. A mãe do Guigo e da Nina ia ter um namorado!!! Quando eu pensava nisso eu flutuava entre o "feliz demais da conta" e o "pânico total das crianças não aceitarem o namorado"!!! Eu já tinha conversado com o Guigo sobre o assunto... e ele tinha dito que era melhor eu ter só amigos, mesmo. Nessa época, o tio H ainda não era um assunto lá em casa porque os nossos torpedos eram trocados no horário de serviço ou tarde da noite... Mas, o próprio Guigo já tinha feito uma brincadeira comigo e me dito (ELE me disse! Então, a ideia partiu dele e isso foi bom demais!) que eu teria um namorado em breve. Acho que ele começava a se acostumar com a palavra.. sei lá... ou era Deus agindo (mais uma vez) e facilitando as coisas pra mim...
Fato é que eu estava entre o pânico de pensar em tentar alguma coisa com o H e a saudade absurda de um contato com ele! Eu passei o dia inteiro olhando pro celular e ele... nada! Nadica de nada! Naquele dia, nem minhas irmãs me mandaram mensagens! Zero! Nulo! Niente! Eu mal conseguia me concentrar no trabalho... Por que essa porcaria não toca????? Droga....
Até que, o tempo foi passando, passando, e a saudade do contato venceu, e EU MANDEI UM TORPEDO PRA ELE. Coisa de amiga, coisa light, só pra ver se ele se mexia e me mandava alguma coisa. Devo ter escrito algo do tipo: "só estou te escrevendo para saber se você está bem." Mas, na verdade, queria dizer "estou te escrevendo porque estou sentindo uma falta louca das SUAS mensagens!!!". Queria, mas não disse. Só mandei o torpedo de amiga, mesmo.
E ele... ele não respondeu.
Devia estar mesmo bravo.
Ou chateado.
Ou triste.
Ou, galanteador como ele tinha sido antes, devia ter ficado ofendido com o meu papel de difícil demais.
Ou trabalhando.
Ou doente! É... ele podia estar doente. Coitado... Será?
Será que ele queria escrever, que nem se lembrava da nossa conversa da noite anterior, mas só "não tinha podido" escrever por um motivo ridículo qualquer?
19hs da noite, eu em casa, conformada de que nada mais ia acontecer, meu celular toca! Era minha cunhada: "Mirys, estou na sua cidade. Você pode me dar uma carona pra Jaú, de volta?" Eu nem sabia se ia pra Jaú, naquele final de semana ou não, mas adoro minha cunhada e conversar com ela sempre me faz um bem danado. "Tá bom, J. Te pego na porta da faculdade, às 22hs."
E fui arrumar a mala. E o celular vibrou com uma mensagem. Olhei despretensiosamente para a tela, certa de que a mensagem seria da J.
"Me passe o seu endereço que, em duas horas, estou aí. H"
Aqui, onde????? Aqui, na minha casa???? Aqui, onde eu não ia ter ninguém pra ficar com as crianças e conversar a sós com ele??? Aqui de onde eu deveria sair em 3 horas pra pegar minha cunhada??? Ai, meus sais...
"H, eu estou de saída pra Jaú... vou levar a J, pra casa, depois da aula."
"Te pego, na casa dos seus pais, na hora em que você puder sair pra conversar comigo."
"Mas eu não sei nem SE vou sair, hoje..."
"Vai. Me liga e me avisa quando. Na hora e no lugar que você quiser. Mas eu não vou dormir enquanto não falar com você."
Cenas do próximo capítulo aqui.
16 comentários:
Aiii que tudo esse H!!! Aparecendo sempre na hora certa...rs
Mega ansiosa pra continuação!!!
Miriane, meus sais!!!!!
Que sorte que esse H é "o cara", praticamente saído de um livro de romance...
Por favor, coloque os próximos capítulos urgentemente pois estou mega ansiosa para saber como foi o "sim". Não nos deixe esperando tanto tempo novamente kkkkk.
beijos
É sério?????? Você deu esse trabalho todo para o H mesmo ????
que delicia de estória de amor...eterna e nova a cada vez..
abraços mil
Odila
Não vai sobrar uma só unha na minha mão se essa continuação demorar pra sair ahahah
Beijos
Esse romance ta bom demais!!, Nao perco as cenas dos próximos capítulos!!!
Como é que vc para uma história ASSIM?!? rsrsrsrs
Lindo =D
Beijos saltitantes
Boa semana
Amei, amei!! Que decidido!! Só assim mesmo, né?? Aguardando ansiosamente as cenas dos próximos capítulos que estão demorando muuuiito...
kkkk ainda acho essa insistencia liiiiinda! bjobjo
Que romance, meu coração esta até acelerado....
Aguardemos os próximos capítulos.
difícil qdo não fomos tão namoradeiras... e estamos c nossos filhos...
eu te entendo!
e nem me atrevo a opinar.
bj Clarissa.
Já falei e vou repetir: essa história tá melhor que muita novela na TV e muito livro publicado por aí... os personagens são marcantes, o suspense vem na hora certa e a gente só torce pra ver o final feliz da mocinha com o galã!!!
Curtindo muito! Roendo as unhas...
Ai, modeuso! ADoRO novelinhas assim, ms me perdi no caminho! Vou ter voltar e ler! Que delícia ter alguém assim, tão seguro, mostrando um caminho, né?
Bjks
Kd o próximo capítulo??? rsrsr Já estou louca de curiosidade, rsrsr.
Bjos.
oi H, dá um help aí prá nós....fala pra miris que assim não dá... ela deixa a gente esperando e some..aff
O.
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