A conversa, na beira da piscina, não foi mais "de amigos", como tinha sido tantas vezes. Já estava mais do que na hora da gente falar... de “nós”! E com um tema assim no ar, eu não conseguia parar de pensar: “meus sais... acho que ele vai me beijar... e se ele tentar?... o que eu faço?... mas ele PROMETEU que não tentaria...”. Só que, vamos combinar? Isso é promessa que se faça??? Que NÃO vai beijar uma garota??? Daí você vai e conversa com ela, a sós, num lugar na penumbra, sobre um possível namoro e mesmo assim não beija a moçoila????? Ora, ora!...
Mas quem tem palavra, tem. E o H não me beijou. Passamos um tempão conversando e ele não me beijou. Me abraçou, falou algumas coisas bem perto do meu ouvido, se declarou, mas não me beijou.
Eu poderia muito bem ter ficado encanada, com aquelas minhas neuras de viúva do tipo “ninguém me ama, ninguém me quer de verdade”, mas o H tinha tudo friamente calculado (ou, ao menos, pareceu ter). Ele deixou bem óbvio pra mim que só não tinha tentado me beijar porque eu não queria, porque eu ainda tinha coisas a resolver e porque ele tinha se comprometido. Porque ELE queria! E é uma delííííícia uma mulher saber que alguém QUER beija-la! Então, ele foi embora e já começou a me mandar torpedos na primeira curva do caminho: “você estava linda”, “agora você acredita em mim?”, “estou louco por você”.
E mandou mais torpedos na segunda. O dia todo. Alguns “de amigo”, só perguntando do meu dia, compartilhando da minha programação. Alguns “de interessado”... com assuntos que eu n em preciso contar pra vocês, né? E mandou váááááários na segunda, à noite, que era a penúltima noite do feriado e ele sabia que seria a noite do jantar romântico e que eu estaria sozinha, em meio a muitos casais. Ele estava em outra cidade, trabalhando, mas ficou comigo... a algumas teclas de distância e só!
Na terça de manhã, recebi mais vários torpedos dele. E, na terça, à tarde, ele me ligou. “Mirys, eu estarei de folga, hoje à noite, e estou querendo muito te ver, de novo.” Só que ele tinha trabalhado váááárias horas seguidas e nem tinha descansado. E não descansaria, se fosse pra Atibaia, me ver. E, na quarta, já teria que trabalhar, de novo. Mas... vocês conseguem falar “não” para um homem determinadíssimo e fazer ele te ouvir??? Pois é... eu não consigo. Eu tentei, eu falei, eu argumentei, mas eu acabei cedendo: “quer vir, venha. Mas vai ser no mesmo esquema. Eu tenho programação a noite toda e não quero conversar com você na frente de um monte de gente que a gente conhece.” Qual foi a resposta dele? “Tudo bem”. A resposta dele era sempre “tudo bem”!
Ele foi e ele me esperou. Eu participei das programações, comprei lembrancinhas para os filhos dos amigos (era a última noite do retiro), eu coloquei as crianças pra dormir, eu me liberei. Eu avisei por torpedo e ele foi me encontrar, no mesmo lugar. Na frente do meu quarto com os meus irmãos. Perto da piscina. Até que a minha irmã e o meu cunhado, que dividiam o quarto comigo, chegaram. E eu achei que aquela estória toda tava muito “coisa de adolescentes”. Tudo bem que eu não quisesse ficar desfilando com ele por aí, expondo todo mundo, pra minha própria proteção (pra não ter que aturar perguntinhas sobre minha vida pessoal, ainda mais num lugar onde eu estava com as crianças o tempo todo). Mas também eu não estava fazendo nada de errado e não tinha porque me esconder. Então, eu tava no “limbo”: não estava no meio do salão com ele, mas também não estava escondida. Estava na porta dos alojamentos! E decidi aproveitar que minha irmã tinha chego (e as crianças não ficariam sozinhas no quarto) e nós fomos pra outro lugar.
Ao lado da entrada do salão principal tem um parque e um parquinho infantil. Quem assistiu “a noviça rebelde” aí, levanta a mão! (#denunciandoaidade) Mas eu me senti no filme! Bem naquela cena onde o futuro namorado da moça de 16 anos vai conversar com ela, num banco de cimento, debaixo de uma árvore, à noite, e eles acabam dançando no coreto. Pois é... na minha história, só não teve o coreto! Ufa! Rsrsrs
Nessa noite, eu estava bem menos nervosa e a conversa foi mais séria. “H, eu tenho filhos e você tem filhos. Temos que pensar neles.” “Eu já pensei, Mirys. Podemos fazer assim, assim, assim.” “H, eu tive um relacionamento anterior que não vai ter como apagar da minha vida e eu não sei o papel que um namorado meu vai exercer nesse rolo todo. Afinal, nunca fui viúva antes, nem conheço alguém nas minhas condições, pra saber o que fazer ou o que esperar.” “Tudo bem, Mirys. Eu entendo. Respeito o Fernando e a história que vocês tiveram. Eu nunca teria me aproximado de você, se você estivesse com alguém. Mas ele não está mais aqui. E eu, não sei porque, me apaixonei por você.” “Mas, H, eu moro numa cidade A, nossos pais e seus filhos moram numa cidade B, e você trabalha numa cidade C!” “Eu sei, Mirys, já pensei nisso. A gente pode fazer deste jeito ou, se você preferir, daquele jeito.”
Em suma: foi a conversa mais honesta, difícil, aberta e adorável que eu tive com homem, nos últimos anos. Ele não negou nenhum dos meus medos, nenhuma das minhas preocupações. Ele não fez exigências (ainda que veladas) sobre o meu passado ou sobre como eu deveria me comportar com relação a isso. Ele já tinha pensado em todos os meus “problemas”, tinha levado em consideração todas as minhas neuras (ele lia o blog, tá?), sabia do que eu (e nós) enfrentaria na minha família, na igreja, no meu círculo de amigos com um “recomeço oficial”. Ele tinha solução pra tudo e, caso não tivesse, ele se comprometia a me ajudar a encontrar uma. Ele queria me deixar caminhar devagar, no meu ritmo, aguentando só o que fosse necessário para cada dia. Mas, ele queria me dar a mão e ir junto comigo... O único pedido dele era que eu deixasse que ele fosse junto, nesse percurso.
Aquela sensação de ver que alguém já tinha pensado tanto em mim, a ponto de buscar solução para todos os problemas e impasses que eu poderia ter, me deixou encantada. E eu chorei...
Ficamos por horas conversando e pensando em como poderia ser um futuro para nós dois... até que ele teve que ir. Ele se despediu, me deu um beijo na testa (#MirianeromânticamodeON), entrou no carro e foi embora. Na primeira esquina, me mandou um torpedo adorável, dizendo o quanto tinha sido bom conversar comigo... e eu fui má! Respondi assim:
“HOJE você não tinha me prometido nada...e não me beijou!!! Vou te contar, viu?... rsrsrs.”
Cenas do próximo capítulo aqui.
12 comentários:
Ai.ai.ai...é o amooooooooooooooor!!!!
Sis, t md um msg no face pq preciso esclarecer uma dúvida jurídica...to precisando da ajuda de uma especialista!!! Bj e fk c Deus.
Ai.. ai.. (suspirando)..
Mirys...vc foi muito "malvada" no final..rss
Bjos...
(aguardando o próximo capítulo...)
Linda demais a forma como foi construído tudo, estou encantada tb com o amor do H por vc. Que Deus continue a abençoar vcs!!!
Ai Ai..rsrsrs
Mas que menina difícil de agradar, um dia tem medo de ser beijada e no outro reclama por não ter sido rsrs
Bjão
Dona danada,Dona danada...rsrs
Ai ai que tudo, e vc bem malvada no final heim ahah
Beijos
coitaaado, Mirys! kkkkkkkkk bjooo
To amandooooo! Ainda bem q deu pra gente ficar um pouquinho mais "aliviada"... Ansiosíssimaaa pada o próximo capítulo!
Te adicionei no face há um tempinho já... Queria muuito poder compartilhar minha vida com vc por lá, já que não tenho blog... Lá eu conto um pouquinho sobre meu filhote tb... Se puder me aceitar eu ficarei muito feliiizzz!
Danadaaaa!!!!
Me surtiu uma dúvida, ele LIA o blog ou ele LÊ?!? rsrsrs
Mirys, escreve um livro!!!!!!!
Beijo saltitantes
Não acredito que vc fez isso com ele????
Mirys, que alegria saber que Deus lhe proporcionou todos estes momentos. Fico muito feliz por vcs!!
:))))))))))
Ele tinha uma vantagem, lia o blog!
Passei por aqui para deixar os parabéns pelo seu aniversário, só os parabéns porque feliz com certeza você já está!
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