sábado, 3 de setembro de 2011

Era uma vez 25 - Bilhetes, bombons e reuniões de família (Diário da Mirys)

Naquele show do Fer, eu não estava preocupada. Nem ficava encanada se outra menina qualquer, em algum outro lugar qualquer, desse em cima dele. Porque ele tinha um jeito todo especial de fazer eu me sentir importante. Amada. Respeitada. Única! PS: se tem algum menino me lendo, agora, levanta a mão e deixe seu pitaco nos comentários! saiba que TODA menina quer sentir isso, tá? É básico...

A gente se via, todas as manhãs, na faculdade. E adorávamos fazer as coisas juntos! Sempre gostamos! Não éramos de ficar "agarrados" na frente dos outros - o que importava pra nós era compartilhar o momento. Qualquer momento! Uma aula, um intervalo, uma partida de truco, buscar um livro interessante na biblioteca, dividir um suco...

Mas, depois que a aula acabava, o "nós" acabava, também. Fisicamente. Porque cada um almoçava na sua casa. Ele ia pro estágio. Eu ia pra algum curso de língua (eu fazia inglês e francês, na época). Depois, eu ainda tinha a faculdade de jornalismo, à noite. E ele fazia as outras coisas que os meninos fazem: saem com os amigos, bebem, dão risadas, estudam pras provas (oi???), ficam de bobeira, veem TV. Às vezes, mas só às vezes, a gente se via depois da minha segunda faculdade.

Só que os sábados eram nossos! Todos nossos!!! E a gente fazia o que todo casal jovem e sem grana gosta de fazer junto: qualquer coisa que não envolva dinheiro! A gente era "pobre-pobre-pobre, de-marré-marré-marré", mas adorávamos os sábados, mesmos assim. Conversávamos por hooooooras, namorávamos, viámos um filminho bom na TV, íamos a algum ensaio de alguma banda dele.

Às vezes, pintava um compromisso só pra ele: tipo um jogo de bola. Estávamos em casa, fazendo nada, e o telefone tocava:

"- Fer, vai ter jogo. Vamos?"
"- Peraí, cara, que eu vou fazer uma reunião de família e já te ligo!"

SEMPRE!!! Ele nunca assumia um compromisso sem falar comigo, antes! Ele sabia que eu não ia falar nada, que ele ia acabar no jogo de bola de qualquer maneira, que eu não tinha problema nenhum com meu namorado ter vida social. Mas, essa atitude dele demonstrava respeito comigo. Consideração. Me dava importância!

Então, e só então, depois de conversar comigo (coisa rápida como "Mirys, os meninos estão me chamando pra jogar bola. Tudo bem se eu for? Vai ser das 2hs às 4hs." "Claro, Fer. Vai nessa."), ele ligava pros meninos e falava para um deles vir buscá-los.

E daí começava a melhor parte do comportamento de namorado novo dele (confesso que, depois de casados, essas coisas rarearam muito... infelizmente... se eu pudesse fazer, de novo, faria diferente!)!!! Os meninos chegavam, ele me dava um beijo, pegava o elevador (eu morava num prédio) e ia. Um minuto depois, o porteiro me ligava "Dona Miriane, tem entrega aqui, pra senhora." E eu descia buscar...

Ele sempre tirava um minuto pra me escrever um bilhetinho, uma parte de uma música, um poema, me deixar um bombom (não me perguntem ONDE ele conseguia um bombom, assim, tão rápido! Eu não sei!!! Mas ele me deixou bombons na portaria do prédio vááááárias vezes) ou uma flor roubada (já disse que AMO flores roubadas?).

Ele nunca partia sem antes me deixar 100% segura de que ele era "meu", que adorava estar comigo, que eu era "a pessoa mais especial do mundo". E que voltaria pra mim, o mais rápido possível. Não dava para não ficar tranquila e "não ciumenta" com um namorado desses, dava?

Até que, um dia, quando a gente tinha 4 meses de namoro...

Cenas do próximo capítulo aqui.

8 comentários:

Nana disse...

Post que termina em 3 pontinhos é tortura ne?! Rsrsrsrs.... Adorei que essa "saga" voltou no seu blog. Bj e fiquem c Deus.

Najla disse...

Estou adorando essas histórias reais! Achei seu blog sem querer, e não consigo parar de ler... Ansiosa para o próximo cáp. Beijos

Renata Marques disse...

Isso não se faz, deixar a gente curiosa com as reticências. Olha, se seu filhote for apenas metade disso quando for mais velho, vou querer apresentá-lo para as minhas meninas.

Anônimo disse...

Mirys, a história de vocês é exemplo de como devem começar os namoros, para que as uniões sejam bem sólidas.
Beijos e bençãos.
Manoel.

Tatá Miranda disse...

Oi, querida!
Recebi hoje o seu cartão lindo de Feliz 2012! Muito obrigada...fiquei lisonjeada por ser uma das que você mandou, viu?
Desejo um ano maravilhos para vc e os seus lindos filhotes tb! Parabéns, sua família é linda!
beijo grande

Rafaella disse...

Que lindoooooo...
Acho que eu estou precisando de alguem assim...

Anônimo disse...

Quando um homem faz a gente se sentir especial, já é meio caminho andado para ele ser amado. comigo funciona assim.

Débora disse...

Há... eis que surge o meu tão esperado "cenas do próximo capítulo ".
AMEI !!!