segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A versão DELES! (Diário da Mirys... infelizmente)


Galera: tentei e continuo tentando (afinal, o dia 28 só acaba às 24hs, ok?).

Hoje tem blogagem coletiva sobre os PAIS, o ponto de vista deles, as dificuldades que eles sentem, os sentimentos sobre a paternidade, o relacionamento com as mães, etc, etc, etc.

Tentei alucinadamente encontrar algo escrito do Fer, para postar aqui. Mas... até agora, necas! Também não recebi, até agora, algum texto que um amigo em comum tenha me mandado (porque os homens, às vezes, só comentam certas coisas com outros homens! Então, eu tentei ver se algum amigo nosso tinha algum escrito precioso perdido em sua caixa de correio...). Mas, até a meia-noite, eu TENHO QUE ACHAR ALGO!

Enquanto isso, deixo um pouquinho aqui das "falas" do Fer (que vou tentar reproduzir fielmente, mas pode ser que eu erre. Por isso, me perdoem antecipadamente), para tentar explicar o que era a paternidade para ele.

"Eu nasci pra ter filhos, Mirys. Eu sempre quis!" - isso era verdade. Eu sou louca por crianças, AMO muitas (de paixão), mas ele decidiu ter as nossas crianças beeeem antes (digo anos) do que eu!

"Eu fui muito neurótico com o Guigo, no comecinho." - ufa! Ele assumiu! E a gente riu à beça! Quando o Guilherme nasceu (sorte dele não ser menina, senão seria muuuuito pior), o Fer não deixava ninguém cuidar do pequeno. Nem que o cuidar fosse segurar o bebê por 2 minutos para a mãe dele (eu!) ir tomar água. Dava até dó da minha mãe e da dele... elas queriam tanto, mas tanto participar daquele momento. E ele vinha: "pode deixar que eu dou o banho", "pode deixar comigo que eu troco", "não precisa vir fazer dormir, que a gente faz". Uma das frases que eu mais ouvi, naquela época, foi "o filho é nosso, Mirys! Responsabilidade nossa! Ninguém tem que fazer nada". Eu concordava e concordo. O problema é que ninguém queria fazer nada porque "tinha que"... as pessoas queriam par-ti-ci-par. Era o 1o neto e 1o sobrinho de todos os lados. Sorte da Helena que veio depois...

"Eu quero um menino" (na época do Guigo). "Eu quero uma menina" (na época da Nina) - preciso comentar???????

"O melhor da viagem é voltar pra nossa casa e ficar com vocês" - isso valia pra qualquer viagem, por melhor que fosse, quer só ele viajasse ou a gente estivesse junto. Ele adorava cotidianos!

"Eu já te disse que eu te amo, hoje?" - essa foi a nossa frase, até o final. Falávamos pras crianças todo santo dia! Deixávamos bilhetinhos no espelho, recadinho no limpador do carro, mandávamos e-mails com essa frase. Foi a única coisa que eu consegui escrever naquele caderninho de mensagens e endereços que deixam em velórios... No dia 24, eu precisava escrever aquilo para mostrar que eu estava ali!... Escrevi bem embaixo do nome dele, na 1a folha. Então, acho que ninguém viu...

Volto mais tarde com mais!
Devo conseguir salvar, pelo menos, uns torpedos que ele me enviou naqueles dias.
Bjos e bençãos.
Mirys

4 comentários:

Anônimo disse...

Miry´s, mandei 2 emails do Fer que achei para seus emails (Yahoo e Gmail). Vamos ver se chega. Teantarei convencer o Ju a escrever alguma coisa hoje ainda... :P

Anne disse...

Oi Myris, cheguei aqui pela blogagem!
Lamento Fer não poder escrever de punho o testemunho sobre a paternidade. Mas seu blog é muito mais do que isso. seus registros sobre ele estão em todo lugar e assim podemos ver que ele continua falando através de você e dos pequenos.
Tudo de bom e muitos beijos, obrigada por participar!

Mirys Segalla disse...

Mari: OBRIGADA! Um deles eu já tinha, mas o outro está perdido em alguma caixa postal...

Bjos e bençãos
Mirys

Mirys Segalla disse...

Anne:

Que delícia de comentário!!!
Obrigada, obrigada, obrigada!!!
Aliviou um pouco o "peso" de não ter encontrado nada dele, assim, rapidinho...

Bjos e bençãos.
Mirys