quinta-feira, 22 de julho de 2010

E aí?


Eu sinto falta de você...

Me sinto só...

E aí?...

Quando é que você volta?...

Tudo à minha volta é triste...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cidade nova, vida nova, velhos hábitos! (Diário da Mirys)

Ai, ai... cá estou eu, na cidade nova, tentando me "encontrar", ainda... tentando resolver um milhão de detalhes do cotidiano NORMAL de qualquer pessoa (se você parar para pensar, vai ver que tem tantas coisas para fazer quanto eu): casa pra arrumar, documentação para regularizar, mercado / papelaria / loja (ou, no mínimo, uma locadora de DVDs) pra passar, escola para ajustar (matrícula, material, horários, lanchinhos, etc), carro para abastecer. Mas isso é sinal de MUITAS BENÇÃOS (vida, filhos, casa, carro, trocado para o DVD), então, vamos em frente!!!

Na segunda a mudança chegou e eu... dormi na sala.
Não dá mais para dormir na minha cama com outra pessoa (que não seja aquela pessoa escolhida) por lá. Só abro exceção para as crianças. Na verdade, achei que, depois de um tempo, tudo fosse ficar mais fácil... mais "normal"... mas, parece que não. Parece que cada dia ele fica mais distante, o vazio fica maior e eu fico mais exigente (o que é isso, menina!!! Você nunca foi assim!!!)... Talvez o "estado de choque" esteja passando...

Ontem fiquei um tempão arrumando coisas com a minha mãe (que veio me dar a maior força!!! Love you mom) e fomos para o shopping comer uma saladinha básica. D-E-L-Í-C-I-A!!! Aquele restaurante tinha uma cara de Andréia! Quando é que você vem pra cá, mulher???

Finalmente comprei o filme "Cidade dos Anjos" para a minha coleção. Faz um século que eu ando atrás dele!!! Agora, estou na caça do "Sintonia de Amor" e "Mensagem pra Você". Decidi que vou montar uma DVDteca com tudo o que EU gosto de ver, sempre quis ter e nunca tive $ sobrando para isso. Daí, quando pintar a vontade, tudo o que eu tenho que fazer é me servir de um mega copo de coca light (plus! Por favor! Que ela subiu de nível!), deitar no sofá e ficar lá, feliz, viajando na história.


Ontem e hoje eu "voltei pra rotina" de Ituverava. Mas só hoje me dei conta disso. Acordei cedo, não comi nada, fui andando pro trabalho, lendo um livro no meio da rua, compenetradíssima (posso querer uma biblioteca também? Quero uma dessas!!!), fiz uma térmica inteira de chá quando cheguei no serviço (mais cedo), me servi de uma ENORME caneca, verifiquei meus e-mails (Drics, tem mais um monte! Te amo, de novo!) e comecei a trabalhar. Beeeeeeeeeeeem esquema Ituverava!

Preciso ir que, agora que eu moro perto de Jaú, minha vida "voltou" pra lá.
Então, tenho dentista. Em Jaú!!!

Bjos e bençãos.

O drama da mudança - pela 3a vez, neste ano! (Diário da Nina)

Gente, essa mudança (terceira!!!!) de casa foi uma loucura!

Primeiro foi uma correria para a mãmi encontrar um apartamento (em cidade grande não dá para morar numa casinha bonitinha, com grade baixinha, cheia de flores no jardim, como em Ituverava...). Ela saiu como louca, na primeira semana, trabalhando até às 17hs e vendo DEZ apartamentos / sobradinhos em uma única semana, até às 18hs (pois tinha que devolver as chaves pra imobiliária no mesmo dia!).


Ela se encantou com uma casinha de três andares, numa "vilazinha" (mini condomínio fechado), a uma quadra do trabalho. Era uma rua fechada, com 10 "triblados" iguais: sala e cozinha + mini jardim interno no primeiro andar, dois quartos + banheiro + sacada no segundo andar, escritório + living / sotão no último andar. Todas de tijolinhos à vista (paixão da mãmi)! Um mimo!!!!! Ela já ficou até sonhando com a decoração (um mega tapete peludo no sotão, um TV gigante, um móvel baixinho para guardar nossa coleção de DVDs tão amada, 1.000.000 almofadas e pufs pelo chão, nossa pipoqueira que imita um carrinho de pipoca antigo, um frigobar)... Falem a verdade: a gente não ia mais sair de casa, né???

Mas não deu e ela achou mais sensato morar num apartamento normalzinho, mesmo, perto de alguns tios e tias que ela conhece desde que era pequenininha (pois eles eram de Jaú). Só que esse tal apto não estava desocupado e a mãmi foi vê-lo quando a mudança da antiga moradora, uma senhorinha de mais de 80 anos, estava pela metade: era uma típica casa de vó! Comparando com a casinha da vila, então, era demais!!!

Só que a mãmi está numa fase "prática" (como ela mesma define) e optou pelo apto. Foi vê-lo, novamente, desocupado e medir CADA CÔMODO para ter certeza de que nossos móveis (a cama dela, em especial) caberiam na casa E a gente conseguiria abrir as portas dos armários. Uma coisa básica de se verificar!


Daí, começou o drama do contrato: tem algumas exigências "diferentes" na locação, tipo proibição de colocar UM prego na parede (que já é toda furada!!!!!), limitação das pessoas que vão morar na casa (três! E se alguém nos visitar por mais de 3 dias já consideram morador!!! Então, mãmi tem que pedir autorização da imobiliária e do proprietário!!!), cobrança de que TODOS os móveis (qualquer lousa de criança é considerada móvel! Ou seja, tudo o que encosta no chão) sejam adaptados com feltros nos pés e outras coisitchas mais. Mas, a mãmi estava focada em alugar aquele imóvel.

Então, a moça da imobiliária liga pra mãmi na quinta, quase 17hs, dizendo que ia passar o contrato por e-mail para a mãmi imprimir três vias, assinar, levar para o vovô e a vovó assinarem (que a moça sabia que não eram de Jaú), reconhecer firma de todo mundo em cartório da nossa cidade (essa a mãmi conseguiu contornar! Ufa! Como o Nono ia vir pra cá no meio da semana???), levar na imobiliária na segunda e pegar as chaves. Mas a cobrança do aluguel já começava na QUINTA porque a moça entendia que com o envio do contrato por e-mail "a imobiliária já tinha feito a parte dela"!!!!!!!

Resultado é que, depois de duas semanas de enrolação da imobiliária (tadinha da mãmi... correu tanto para nada!), ela conseguiu pegar as chaves do apê novo na segunda-feira, os móveis chegaram à tarde e... ela terá que ir pra Bauru trabalhar a partir de quarta-feira!!! E ficar por uma semana e meia!!! Ou seja, ela e a vovó Mirtes (que decidiu ficar para ajudar) só tiveram dois dias (no caso da mãmi, duas noites), para arrumar todas as milhões de caixas que a gente trouxe de Jaú / Ituverava.

Ufa!!! Mas, pensem pelo lado positivo: agora temos uma casa!
Ou como diz a mãmi: ela só queria uma casa pra chamar de "sua"!

OBS: mas eu ainda quero o meu quarto rosa!!!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

A mudança grande chegou! (Diário da Mirys)


...Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto...

Vim, achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada...
A vida presa num barbante...
E eu quem dava o nó!

Eu lembrava de nós dois, mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia e seguia a procurar
Esse algo, alguma coisa, alguém que fosse me acompanhar


Acertou. Quem chutou “Ana Carolina”, acertou. É mesmo Ana Carolina... de novo! Cada música ressoando na minha cabeça, cada letra encaixando certinho com um pedaço da minha vida...

Hoje foi dia de “desfazer malas”. Pela terceira vez, nos últimos 5 (quase seis...) meses. Confesso que já estou ficando cansadinha de não ter um lugar pra chamar de meu. Só o lugar já me bastaria...

Ontem chegou a mudança no apê novo. Agora, temos espaço para os jantares com amigos. MUITOS, eu espero! Adoramos visitas! O Guigo, desde pequenininho, aprendeu a se despedir dos outros dizendo: “-obrigado pela visita!”. Ouvir isso de um menininho de 2 anos SEMPRE fazia o povo voltar!!! Que bom que ele ensinou a técnica “subornante” e “apelativa” para a Nina!!!

Agora só me resta deixar o apê (que tem uma reforma esquisita, eu preciso dizer...) com uma carinha bem agradável, para todo mundo querer passar por ali, jantar conosco, dividir uma garrafa de vinho, um filminho, um dedo de conversa, um pedacinho da vida!

Bjos e bênçãos.

Revivendo a história... (Diário da Mirys)


Oi amigos!

Tenho ficado muito feliz com as visitas, participações, comentários de vocês no nosso blog! Obrigada!!! As crianças, então, ficaram EMPOLGADÍSSIMAS! Eu expliquei que aquele "livro" que a mamãe escrevia da historinha deles, agora, estava na internet. E que livros, na internet, se chamam blogs. Eles quiseram ver - NA HORA!!! E lá fomos nós, tarde da noite da sexta-feira, tirar o pobre do tio Murillo do computer para que eles pudessem ver a "carinha" do nosso livro!

A-D-O-R-A-R-A-M!!!!

E eu fiquei feliz, feliz, feliz!!!

Só que, agora, eles querem escrever!!! Acha que pode??? E o Guigo quer escrever E ler o blog (porque, a partir deste último semestre, ele é um legítimo neto do Nono: lê tudo! Revista, gibi, livro, propaganda, telas projetadas no datashow da igreja, bula de remédio, rótulo de shampoo, placas de rua... uma loucura!!!). Até guardou uma etiqueta da roupa nova que coloquei nele, no sábado, "para o nosso blog, mami". E me deu a maior bronca, no dia seguinte, quando peguei a etiqueta, guardada sob o travesseiro dele, para jogar fora. "Mami! É do blog! O que você ia fazer?". Então, preparem-se, em breve, vocês terão uma linda foto do Guigo com uma etiqueta!!!

Confesso que eu tinha um problema "operacional" para essa nova empreitada: eu não queria escrever a partir de agora (senão vocês iam ter muitas postagens tristes e nós somos felizes! Bem felizes! E queremos deixar todo mundo feliz!!!), até porque comecei o diário das crianças quando o Guigo nasceu!!!! 6 anos atrás!!! Um dia, por pura falta de tempo para enviar um e-mail para cada um, falando as mesmíssimas coisas, eu resolvi fazer um "e-mail coletivo" para contar como o filhote estava, com menos de um mês de vida! Então... nasceu o diário (que sempre foi mais semanário) do Gui.

Mas, como recuperar as mensagens se eu mandava do meu e-mail da empresa antiga (afinal, eu mo-ra-va na minha empresa antiga)? Depois, mandei algumas coisas do e-mail do hotmail, que foi cancelado. Depois, mandei algumas coisas de Ituverava, mas, troquei de computador. E nessa troca de e-mail, servidor, computador... EU perdi as mensagens já digitadas (tenho tudo impresso! Sério!). Mas, VOCÊS teriam as mensagens!!! Ou não? Apelei e resolvi pedir para 4 amigas (que continuam nos mesmos lugares, com os mesmos servidores e computadores) SE, POR ACASO, ASSIM, COMO QUEM NÃO QUER NADA... elas teriam algumas mensagens antigas... e... elas salvaram a minha vida!!!!!!!!!!!!!!! Não sei se tinham tudo, mas a Dri me mandou as primeiras!!!! Dá para acreditar??? E ainda avisou que "claro" que ela teria tudo guardado porque adorava o que eu escrevia!!! Ela guardou as 1as mensagens por 06 anos!!!! Drics: já te disse que eu te amo, hoje? Não? Eu te amo!!!

Então, graças à Drics, à Vivi, à Michelle, à Dani, à tia aMIGa, à Thaizoca, eu recuperei os textos antigos e, agora, vocês podem ler a nossa história completa!!! Obrigada meninas!!!

Graças a vocês, eu pude me lembrar c-e-r-t-i-n-h-o da minha história, da escolha do nome do Guilherme, da escolha do apelido dele que ficou pra todo mundo (Guigo! Tá lá, postado, em julho de 2004), da história da barata (blec! eu podia me esquecer de algumas coisas!... mas, quem sabe, outra mãe de primeira viagem também passe por isso e, tendo lido minha história, ela seja mais esperta e rápida do que eu...), de um milhão de coisas!

E mais, como esse negócio de blog vicia MESMO, eu fucei, fucei, fucei e descobri um jeito de colocar tudo na ordem certa!!! Então, as mensagens escritas em 2004 estarão, a partir de agora, postadas em 2004, em seus meses corretos! Não é o máximo!!! (Cá para nós, não sou nenhum gênio: era simples esse negócio de organizar por data, mas nunca era eu quem resolvia esses problemas internéticos, lá em casa... sempre foi o Fer... acho que fiquei mal acostumada! Espero que ele tenha ficado orgulhoso de mim!...).

Bom, vou parar. Até porque meu sogro me disse que "ele sabe que eu escrevo pouco". E era uma IRONIA, gente!!!!

Bjos e bençãos! Sempre!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ana Carolina (Diário da Mirys)

Tem sido difícil escutar músicas, ultimamente...
Em inglês, então - nem pensar! Era "nossa" língua particular...
Pras horas próprias e impróprias. Para discutir ou para namorar.
Principalmente, para namorar! Ainda tenho vários torpedos em inglês guardados...
Engraçado como algumas palavras ganham novo significado em outra língua... têm outra força.

Mas, falando de música, tenho escolhido 2 ou 3 CDs, no máximo, e ouço só aqueles. Porque, no começo, eu sempre estou mais "dodói", fico pensando nas letras, "sinto" mais a música. Depois isso passa e a música fica "automática" (daquele jeito que você canta e nem presta atenção no que está cantando, sabe?).

Como não dá para ouvir Beatles sem chorar, o MP4 dele está com o meu cunhado, eu tenho poucos CDs e a maioria está encaixotada (para a TERCEIRA mudança, em CINCO meses)... acabei pegando um da Ana Carolina (que é da Baby! Sorry!), mesmo. Que eu amo. Mas, que mexe comigo mais do que eu gostaria...

As músicas já estão todas no "automático"... ou quase... Também, faz três semanas que viajo para trabalhar e ouço o mesmo CD, na ida e na volta.

Mas, numa noite dessas, quando caía a maior chuva por aqui e eu voltava de uma janta no shopping, sozinha, o CD rolando, começou a música "A Canção Tocou na Hora Errada". E era a hora errada mesmo! Tive que parar o carro porque comecei a pensar e sentir tudo o que a letra da música falava. A hora, a chuva, a mão, o temporal, a forma de ir embora, as cartas com letras de forma... Meu Deus, QUE SAUDADE!!!...

Se der, enquanto estiver lendo a letra, abra uma nova página na internet e ouça (e sinta!) a música. Incrível como uma pessoa que não me conhece consegue me descrever desta forma... parece que foi feita para mim...

Bjos para todos meus amigos músicos que têm esse dom de "entender" e "traduzir" a gente...

http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/a-cancao-tocou-na-hora-errada.html


A Canção Tocou na Hora Errada
Ana Carolina

A canção tocou na hora errada,
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada,

Quando ouvi a canção, era madrugada
Eu vi você, até senti tua mão e achei até que me caia bem como uma luva
Mas veio a chuva e ficou tudo tão desigual

A canção tocou no rádio agora, mas você não
pode ouvir por causa do temporal,

Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora ????

A canção tocou na hora errada,
Mas não tem nada não, eu até lembrei das rosas que dão no inverno

Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora

quarta-feira, 14 de julho de 2010

E no início havia... uma história!

(text in English below)


Pois é... cedi!

Após um certo tempo ouvindo amigos e parentes dizendo "por que você não pega o diário das crianças e faz um livro?", "por que você não escreve um blog?", eu acabei pensando que começar o tal blog, na verdade, seria muito mais simples e rápido do que providenciar o livro. Então, apesar de não ter totalmente desistido de me aventurar no mundo literário, decidi começar esse diário virtual.

Vou escrevendo assim... aos pouquinhos...
Talvez algum dia vocês me encontrem mais empolgada e vejam textos grandes!
Porque escrever (e ler!) faz parte da minha "terapia" comigo mesma!!!
E ver filmes, muitos filmes. Claro!

Espero que vocês, que nos conhecem, possam se entreter com as nossas histórias, das quais vocês também fazem parte. E se inteirar da vida dos seus sobrinhos!
Espero que vocês, que não nos conhecem, possam, ao menos, se divertir! E descobrir que, toda mãe (e, por que não?, todo pai), em algum momento da vida, passa por alguma coisa muito parecida com a que você está vivendo. E possa ver que a vida é, na verdade, realmente impressionante, divertida, mágica... mas simples!

Bjos e bençãos!

Well... I confess I embraced the idea!

After some time listening to friends and relatives saying "why do not you get the 'diary of the children' (e-mails) and transform them into a book?", "why do not you write a blog? ", I just start thinking that this blog actually would be much simpler and faster than writing a book. So, despite not having completely given up on me venture into the literary world, I decided to start this virtual diary.

I am writing this ... bit by bit ...
Maybe someday you'll find me more excited and writing biiiiig texts! ´Cause write (and read!) is part of my "therapy" to myself!
And watching films, many films. Of course!

I hope that readers that know us (in person, I mean) will be entertained with our stories, of which you are also part. And ascertain the lives of your 'nephew' and 'niece'!

I hope that you readers that don´t know us can at least have fun! And find that every mother (and why not say every father), at some point in life goes through something very similar to the one you are living. And you can see that life is really, really impressive, fun, magic ... but simple!

Kisses and blessings.

Meu pai - polvo!

(Text in English below. Enjoy it!)

Lá em casa sempre houve uma argumentação entre o pápa e a mãma:

* o pápa dizia que, na vida, amigos a gente tem poucos. Que ele podia "contar nas mãos" os amigos que tinha, aqueles com quem podia contar, para o bom e o ruim; aqueles que estariam sempre lá!
* a mãma dizia que ela tinha um milhão de amigos! E amava cada um deles! E tentava se dedicar a cada um deles, da melhor forma que ela pudesse. Começando no Nono e na Vovó, até alguém que ela tivesse conhecido há poucas semanas, mas que já tivesse dado demonstrações de afinidade, que ela achasse que poderia confiar para sempre. Plim! Já entrava na conta dos amigos da mãma.

Aliás, é IMPRESSIONANTE a capacidade da mãma de fazer amigos novos. Bastam "5 minutos" e as pessoas já estão contando a vida para ela, super íntimas! E ela se dedica a cada novo membro do seu não restrito, mas amadíssimo rol de amigos! Então, ela não conseguia entender o pápa quando ele dizia que tinha "poucos, mas bons amigos".

A verdade é que eles nunca chegaram num acordo sobre isso. A mãma teimava com o pápa que, se ele parasse para fazer cálculos, iria perceber que existiam várias pessoas na vida dele com as quais ele poderia contar, que estariam lá "para o que desse e viesse", por ele. E ele insistia nos "poucos e bons", que se contava nos dedos das mãos.

E então, no dia 24 de janeiro desse ano, acho que minha mãe ganhou a "discussão": quando ficaram sabendo do acidente do papai, muitas, muitas, muitas, muitas, muitas pessoas foram para nossa cidade, se despedir dele. Muita gente que já era de lá mesmo... mas outros tantos viajaram horas para ficar conosco e falar tchau! Teve gente que sabia que não ia dar tempo de chegar e vê-lo pela última vez, mas, mesmo assim, pegou o carro e foi pra nossa cidade. Teve gente que ligou de longe (muito longe, Portugal, França, Alemanha...). Muitos, ainda, não ficaram sabendo a tempo, então inundaram a página do Orkut do papai com mensagens de amizade e amor.

É pápa... se você podia contar seus amigos nas mãos... você devia ser, no mínimo, um polvo! (Pessoal, não se esqueçam que eu sou só um menininho de 6 anos - recentemente completados - e, na minha imaginação, polvos podem ter mãos. Muitas! Pelo menos, mais do que as 2 do papai...)

Bjos e bençãos.

Guigo + Nina + Mamãe (os 3 mosqueteiros)

OBS: a todos vocês, NOSSOS AMIGOS, que de longe ou perto estiveram conosco (e ainda estão, em orações, em recadinhos de e-mail, em torpedos no celular da mamãe, em comentários neste blog), o nosso MUITO OBRIGADO! É bom saber que meu pai foi um cara assim: tão amado!


At our home there was always an argument between Mom and Dad:

* Daddy said that we have few friends in live. He could "count on their hands" who were his friends, the ones he could rely for the good and bad, those who were always there!
* Mommy said that she had a million friends! And loved every one of them! And she tried to devote to each one of them as much as she could. Beginning with grandpa "Nono" and Grandma until someone she had met a few weeks ago but had already given demonstrations of affinity, in who she thought she could trust forever. Ding! Already entered into the account of Mommy friends.

Moreover, everyone thinks it is AWESOME the capacity Mom have to make new friends. It takes only "five minutes" and people are already telling her their life story, feeling very close to her! And she is dedicated to all new members of this "not small but much beloved" list of friends! So she can´t understand Daddy when he claimed he had "few but good friends."

The truth is that they never reached an agreement on this. Mommy insisted with Daddy that if he stopped to do some math he would realize that there were several people in his life at whom he could count, who´d be there for him no matter what. And he insisted on "just few and good ones which he could counted on his fingers".

And then, on January 24 this year, I think my mother had won the "discussion". When they have known about Dad's accident, many, many, many, many, many people have gone towards us to say goodbye to him. A lot of people that was already there (in our city) ... but many others have traveled hours to speak with us and say Daddy goodbye! Some people who knew they would not have time to come and see him this one last time, traveled any way. Nevertheless, they took the car and went to our city. We had people calling from far away (meaning: Portugal, France, Germany ...). Many people were not told in time... anyway then flooded Daddy´s page on Orkut with messages of friendship and love.

"Daddy ... if you could tell your friends in the hands ... you should be at least an octopus!" (Guys, do not forget that I'm just a little boy of 6 years - recently completed - and in my imagination, octopuses can have hands. Many! At least more than 2 that my father have ...)

Kisses and blessings.

Guigo (Bill) + Nina (Helen) + Mom (the 3 musketeers)


Note: all of you, our friends, who were near or distant to us (and still are, in prayers, in email messages, in text messages in Mommy´s cellphone, in comments on this blog), our THANKS! Good to know that my father was a guy like that: so loved!

sábado, 3 de julho de 2010

Presente Social - Guigo 6 anos (Diário do Guigo)

Hi people (estou numas de falar coisinhas em inglês, agora! Uau!)

Essa mensagem é muito especial: é para agradecer a todos vocês que vieram na minha festinha de aniversário (ou mesmo sem poder vir) trouxeram o presente social!!! Como o tema da festa era Ratatouille, nós pedimos pacotes de macarrão e fomos distribuir no asilo e no orfanato da nossa cidade!



terça-feira, 1 de junho de 2010

Dia da Familia ou Dia do Amor? (Diário da Nina)

E ontem foi o dia de aniversário do papai... e a gente comemorou de um jeito muito muito muito especial!!! Convidamos todos vocês, nossos amigos, a fazerem um "dia da família" com a gente. Era simples: todo mundo só tinha que gastar uns minutinhos do seu dia com alguém que amasse; só tornar o dia de alguém especial!

Vocês foram SUPER ULTRA MEGA MAXI criativos!!!! Teve até gente que tirou o dia todinho de folga e curtiu um dia no parque com alguém que amava!!!! Que delícia!!!!

A gente fez isso:

* compramos várias caixas de BIS, colamos bilhetinhos escritos "eu amo você" e entregamos para todos os professores, os monitores, a diretora, as coordenadoras da nossa escola;
* levamos BIS para todo mundo do trabalho da mamãe (eu que insisti porque ela não queria "atrapalhar" o pessoal);
* escrevemos e levamos nos Correios muitas cartinhas! Muitas mesmo!!! E adoramos saber como os recados eram enviados, no tempo da mãma, quando não tinha computador e e-mail pra todo mundo;
* ligamos para alguns queridos e atendemos muitas ligações;
* recebemos 2 presentes que, por coincidência (será mesmo, mãma?), chegaram beeeem nesse dia;
* ganhamos uma pipoqueira elétrica da mãma, em formato de um carrinho de pipoca antigo! Agora nossa sessão cineminha ficou melhor!

Foi tão legal e eu gostei tanto que até mudei o nome da data. Quando a mãma perguntou "por que vocês querem levar coisas para os tios e tias do meu trabalho no dia da família?", eu respondi que não era dia da família... era DIA DO AMOR! E que eu amava os amigos da mãma!

E vocês, o que fizeram? Tomaram chá com as suas avós? Fizeram um cartão especial para as suas mães? O que, o que, o que? Conta pra gente, vai?

Bjos e bençãos. E até o próximo dia do amor!
Nina + Guigo + mãma

domingo, 30 de maio de 2010

Gaste tempo com quem você ama!!! (Diário da Mirys)


Olá amigos!

Queridos, nós – os novos três mosqueteiros! – pensamos em algo para comemorarmos o aniversário do Fer, que seria no dia 31.05. E precisamos da colaboração de todos vocês...

Porque, do nosso Fê, ficaram algumas coisas que eram importantes para ele: família, música, sessão cinema, amigos, etc.

E da partida dele ficaram algumas certezas, dentre elas: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar... na verdade, não há!” (plagiando Renato Russo).

Então, é o seguinte: nós instituímos que, a partir de amanhã, o dia 31.05 vai ser o dia da família! E lançamos uma desafio: pedimos que todos e cada um de vocês passe um tempinho com (ou dedique um tempinho para) alguém da sua família. De preferência, com alguém que já esteja mais velhinho ou com quem você gasta menos tempo.

Vale mandar uma carta, fazer uma visita (mesmo que rápida), dar uma ligadinha, só tentem evitar os e-mails (porque aí fica muito fácil... o e-mail tá aberto lá, todo dia, e você não vai ter nenhum trabalho... não que a gente queira que você tenha trabalho... mas a idéia é que você se DEDIQUE a alguém que é importante pra você!).

SEMPRE, sempre, sempre é uma oportunidade muito importante de dizer para alguém que você ama, que você O AMA. Sempre é uma chance de MOSTRAR a essa pessoa todo o seu cuidado e o seu bem querer!

Não perca mais um dia! Amanhã, dia 31.05, nos ajude a começar a criar uma tradição: estreitar os laços das nossas famílias (sejam elas famílias de sangue ou “de coração”).

Quanto a nós, combinamos de fazer uma comemoração “especial e íntima”: faremos um bolo, cantaremos parabéns, faremos uma sessão cinema especial, enviaremos muuuuuitaaaaas cartas para todos os queridos (que nossas mãos conseguirem escrever... já começamos, ontem!!!) e aguardaremos ansiosamente as respostas de vocês! Por favor, nos enviem mensagens, e-mails, torpedos, etc, dizendo com quem vocês gastaram um pedacinho do seu dia! E tornem nosso dia mais feliz (ou um pouquinho menos triste...).


Bjos e bênçãos.

Amamos vocês!!!

É sério, aguardamos o retorno de todos!!!

Mirys + Guigo + Nina (os três mosqueteiros)

Mandem, pelo menos, um torpedo pra avisar que nossa iniciativa surtiu frutos!!! As crianças estão super empolgadas!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

4 meses depois: as coisas dele... (Diário da Mirys)

4 meses se passaram... 4 meses... ainda parece que foi ontem... ainda parece que não aconteceu...

Mas aconteceu e eu preciso organizar algumas coisas na minha (nossa) vida. Dentre elas, desmontar o guarda-roupas dele. Ai meus sais... alguém me faz dormir por uns anos e só acordar em 2020?...

Não dá pra reclamar: tive quatro meses. 120 dias para colocar a cabeça em ordem, pensar direitinho, separar as coisas com cuidado, ME organizar pra essa tarefa. Até comentei com o meu pai, há um tempinho: "-preciso desocupar a casa...". E ele, brincalhão como sempre, me provocou: "-por que? O proprietário está te pedindo, por acaso?" (o proprietário, no caso, é ele. E a minha mãe.) "-esquenta não, filhota. Quando der, você tira..."

E eu adiando...

Na verdade, sabia direitinho porque estava adiando: não queria ninguém comigo nessa hora e tenho a sensação de que, em Jaú, nunca consigo ficar sozinha (de verdade, assim, fisicamente). Se falo que vou buscar pão, alguém vai junto. Vou no cinema, alguém oferece companhia. Vou na casa de uma amiga (não vou, mas queria sair), alguém se prontifica a dirigir pra mim... Por um lado, adoro essa rede de apoio INCRÍVEL que tenho. Por outro lado, queria respirar... sozinha... e não tem como dizer isso para os outros sem chatear ninguém... (por isso, levei uns meses para escrever esse texto, como se fosse no dia exato).

Eu não sabia o que ia acontecer comigo na casa. Talvez chorasse. Talvez não. Talvez tivesse a pior crise de choro da minha vida. Talvez, como muitas vezes fiz com o Fer (e ele odiava!), ficasse muito nervosa e... risse! E em nenhuma dessas hipóteses eu queria alguém de testemunha...

Então, no dia 23 de maio, um domingo, fui para a escola dominical na igreja, dei um jeitinho de mandar as crianças para casa com os meus pais (eu ia pra casa dele, mesmo!), peguei a chave da minha ex-casa (que já tinha "roubado" das coisas da minha mãe, na noite anterior) e... fui pra lá.

Tinha voltado praquela casa três vezes, antes dessa. Na 1a, fui eu e a "torcida do são paulo" (na minha família, só pode ser do são paulo!!!) pegar umas coisas minhas. Para abrir a porta do MEU guarda-roupas, tive que fechar um pouquinho a porta do quarto. Sentei no chão e chorei...: atrás da porta, estava a roupa que ele estava usando naquele sábado, quando decidiu ir pra Bauru e nunca mais voltou. Era uma roupa caseira, daquelas beeeem confortáveis. A roupa ficou lá. Esperando ser vestida de novo. E eu chorei pelo primeiro plano que percebi ter ficado incompleto na nossa vida!... Fiquei imaginando ele tirando aquelas peças, colocando outras mais "de sair", pensando (certamente!!!!!) que queria voltar rápido para vestir as confortáveis e ficar em casa, lagarteando, de novo... Ele adora ficar em casa...

Na 2a vez, fui eu e o Juninho (pobre cunhado! Passou cada uma comigo nos primeiros dias...). Assim, de surpresa. A gente tava na rua, fazendo outras coisas, e eu disse: "-preciso passar lá pegar uma coisa minha". Ele, como bom homem, se "desesperou" ("-não quer ir chamar uma das suas irmãs?", "-você vai ficar legal?"). Eu expliquei pra ele a história das roupas-atrás-da-porta e que já tinha tirado tudo de lá. E ele foi. Só que eu tinha uns livros pra pegar, no escritório. E as coisas do Fer, do estudo da semana anterior, estavam lá: meio abertos, meio fechados, meio com páginas marcadas. Respirei e continuei. Quando olhei para o lado vi uma caixa, enorme, de livros do escritório de advocacia da avó dele, que ele tinha ido ajudar a desmontar naqueles últimos dias. Tinha trazido a caixa pra casa, pra doar para a faculdade e ficar com outros. Surtei! Não ia ficar com mais aquela "pendência". Catei uma caixa (pesadérrima) e fui em direção à porta. Meu pobre cunhado pegou a outra (mais pesadérrima) e me seguiu, quarteirão abaixo, até chegarmos à faculdade de direito. Fui na secretaria, fui mega educada com todos (distribuindo bom-dias e sorrisos, à exaustão, que era para não pensar), deixei as caixas no chão, expliquei calmamente o que eram, pedi se eles poderiam selecionar (que eu não tinha tido tempo pra isso), sorri, agradeci e fui embora. Chorei na casa da minha mãe, longe do Juninho (não ia jogar mais essa pra cima dele, não é?).

A 3a ida à minha ex-casa foi a mais tranquila. Entrei, abri duas malas vazias no chão dos quartos, peguei as roupas das crianças e as minhas, fechei as malas e saí. Simples assim. Sem nem respirar!

Mas, eu sabia que aquela 4a vez ia ser a mais cheia de lembranças de todas. Fui pra lá "fujida", desliguei todos os celulares (o meu e os outros que tinham deixado comigo, de 1000 operadoras diferentes, que era para todo mundo poder me achar, se eu precisasse...), abri a porta do guarda-roupas dele e fiquei lá. Cheirei as roupas. Elas tinham cheiro de guardadas (obrigada, mais uma vez, querido Deus!). Olhei as gravatas. A roupa do nosso casamento ali pendurada (tão estreitinha... ele era tão magrinho, 11 anos atrás... e a gente vivia brincando que o casamento tinha dado um up grade nele!). Os sapatos na cômoda. Gavetas e caixas de coisas íntimas. Dele. Só dele. Daí, eu mesma entendi melhor porque queria ir sozinha: por respeito a ele, também! Se eu morresse, não ia querer minha mãe, sogra, amiga, amigo, tendo que mexer nas minhas coisas, ver o que era o quê pra poder separar o que ficava e o que não, meus pequenos segredos tão expostos assim. Se eu uso creme para celulite, apesar de todo mundo achar um disparate enorme, o problema é só meu. E do meu cônjuge (que saberia disso). E só. E, nesse caso, eu era o cônjuge. Tinha que cuidar dele...

Encontrei coisas que me trouxeram lembranças...
Encontrei coisas que nem me lembrava de termos guardado...
Encontrei coisas que nem sabia que existiam...
Encontrei coisas que ele tinha preparado para nós e não deu tempo de me mostrar (só de me avisar pela internet, numa daquelas noites em que eu estava no hotel, em outra cidade, por causa do trabalho)...
E encontrei tudo sozinha! Foi muito melhor assim...

Ninguém me julgou. Nem a ele. Seus pequenos segredos morreram comigo e os meus com ele. Conforme o combinado.

Coloquei tudo na mala (enorme), fechei, tive uma dificuldade imensa de levar para o carro, coloquei no porta-malas. Fui pra casa da minha mãe. Almocei. Fui pra Ituverava, à noite. Coloquei as crianças na cama. Só quando fui descarregar o carro é que percebi que "ele", de alguma forma, tinha vindo conosco. Que meu marido, agora, se resumia a uma mala de recordações. E só. Não me sobrou mais nada.

E eu sentei e chorei por horas, naquela madrugada...

sábado, 15 de maio de 2010

Cordas, paraquedas e outras coisinhas criativas (Diário da Nina)

Bom dia, pessoal!

Como vai todo mundo? Espero que bem.

Faz uns dias (na semana retrasada), eu estava no caminho do Tribunal com a minha mãma. ADORO quartas-feiras, porque, nesse dia, o Guigo tem uma aula a mais (de música) e a mãma vai me buscar no Objetivo e me leva pro TCE. Se ela não fizer assim, ela não consegue almoçar com nós dois juntos. Então, a gente fica lá: ela trabalhando e eu fazendo miiiiiiilllllll pinturas e presenteando todos os colegas dela com desenhos da Ariel.

Daí, estávamos no carro e eu tive uma grande idéia (acharam que era só o Guigo, é?).

"- Mãma, tive uma idéia! Vou mandar uma corda pro céu, pro pápa segurar na corda e descer pra cá, ficar um pouquinho com a gente. Depois, ele volta”.

"- Que história maluca é essa, filhota?", ela me respondeu.

Então, eu fui rápida no gatilho: “-Não é história maluca, mãma, é história amorosa. De AMOR!”.


E ela me disse que eu estava certa! CERTÍSSIMA!

Na semana passada, eu resolvi evoluir e falar que ia mandar um para-quedas, pra ele descer. “-É melhor, né mãe? Assim, ele não se machuca”.

Achei que a mãma tinha ficado super feliz com essa história, porque eu falava o tempo todo nisso, dava mil beijos nela e ela abria um sorrisão. Então, na quinta, a gente estava no meio da “multidão” (estávamos num aniversário), e eu evolui mais ainda!!! Disse que ia mandar o tal para-quedas e que ele ia descer, ficar um pouquinho comigo e com o Guigo, dar um beijo na boca dela (!!!) e voltar. “Não ia ser legal, mãma?”.

Bjos e bençãos!

Nina + Guigo + mãma

quarta-feira, 24 de março de 2010

Música (Diário da Nina)

Ituverava, 24 de março de 2010.

Oi todo mundo!!

Vocês já pararam para perceber como certas coisas do nosso cotidiano, coisinhas simples que nós nem percebemos que estão lá, são muito importantes? São detalhes que vão fazendo o nosso dia-a-dia e que a gente acha que “sempre” vão estar lá... mas não é bem assim! As coisas boas não se fazem por mágica... alguém colocou esse “detalhe” na sua vida, alguém tomou uma atitude... Prestem atenção na vida de vocês e vejam quantas coisas boas os nossos queridos trazem para nós... e NÃO SE ESQUEÇAM DE AGRADECER!!! Ninguém faz para ganhar um “obrigada”, mas o reconhecimento é sempre muito bom. Para o outro e para nós mesmos!

Na nossa vida, ficamos sem música. O pápa foi embora e a música foi junto com ele... A gente nem prestava atenção, mas ele sempre ligava o MP4, sempre colocava música no carro, sempre pegava um violão quando chegava em casa, às vezes compunha músicas para nós. E eu e a mãma percebemos que nossa vida tinha ficado sem música... A mãma estava tristinha, mas eu não (ai, como é bom ser criança! Os adultos complicam tanto as coisas...).

Mas, ontem, tudo mudou!!!

A mãma acordou acompanhada (o Guigo acabou indo pra cama dela, umas 6hs da matina) e ela levantou decidida a ter um dia bom. O dia 23 do mês passado já tinha sido muito chatinho... Então, ela nos acordou brincando, cantando, fazendo cosquinhas. Fomos pra escola cantarolando.

Daí, ela passou numa padaria mineira (ai que delícia!!!!) e comprou pães de queijo (que ela AMAAAA!!!) e um chocotone/bolo que eles fazem, que o chocolate fica derretido. Levou pro Tribunal e chegou anunciando que queria companhia pro café da manhã.

Depois do serviço, ela resolveu ceder aos anseios do coração dela (de que a vida estava sem “música”... e estava mesmo! E isso era muito ruim). Ela também levou em conta que eu reclamei , na última viagem (“-música é muito bom, né mãe? A gente precisava ‘tocar’ mais”). Então, ela foi pra cidade, decidida a comprar um CD player, pequenininho, pra cada um de nós 2, para gente colocar nos quartos novos (pedi o meu rosa e o Guigo quer o dele vermelho, com uma faixa prateada, para combinar com o São Paulo E com a ferrari!).

Ela achou um da Lennox que era temático: preto com desenhos vermelhos do Hot Wheels e todo rosa da Barbie. Melhor: custavam só um pouquinho mais do que ela pensava em pagar. Na hora de fechar a compra... não tinha da Barbie! Nem no estoque! Ela resolveu levar só o do Hot Wheels mesmo e disse pra mim que o meu já estava encomendado (mentirinha... não dava pra encomendar... ela vai ter que encontrar em outro lugar, mesmo. Quem souber, AVISE!).

Então, ela nos explicou que era para usarmos juntos, mas que o Guigo seria responsável por aquele aparelho e eu seria pelo próximo. Resolvemos testar o dito cujo. ADORAMOS!!! Ligamos na mesma hora! Aumentamos o volume (“-para ver até onde vai, mãma!”) e dançamos pela sala! Foi ótimo! PS: na hora de dormir, o CD player foi pro nosso quarto (que ainda é junto), porque a gente quis dormir com música e a mãma deixou. Hoje, ela até ligou uma musiquinha pra gente acordar!

À noite, a tia Andréia (mulher do pastor Eduardo) nos convidou pra jantar na casa dela (de propósito pra mãma não ficar triste). Aceitamos na hora (aliás, estamos aceitando TODOS os convites para jantar, almoçar, lanchar, dormir, tomar café, papear... Como diz o tio Alencar, “se não quer que a gente vá, não convide. Se convidar, a gente vai”!!!) e lá fomos nós, pra “casa do Léo” (filho da tia Andréia que também a-do-ra vídeo-game), todos felizes. Comemos um macarrão maravilhoso e ficamos lá até umas 22:30hs.


Quando chegamos em casa, pedimos para pegar o CD da mãma que estava no carro e ela deixou. O Guigo colocou no aparelho (lá no quarto, lembram?), ligou o tal radinho no máximo e escovamos os dentes dançando “whisky a gogo”. Foi ótimo!!! A mãma disse que devia ter filmado (devia mesmo!!!).

Dormimos bem felizes!

Tenham todos um ÓTIMO dia!

Bjos e bênçãos

Nina + Guigo + mãma

segunda-feira, 15 de março de 2010

De quando em vez (Diário da Nina)


Ituverava, 16 de março de 2010.

Olá pessoal! Já estamos morando, há 3 semanas, na nossa nova “casitcha amarelitcha”, em Ituverava. Está sendo bem divertido “esgotar” a mãma, diariamente: é escola, é tarefinha, é natação, é comida, é banho, é cama, é tudo com a mãma!!! E ela tentando manter as nossas “tradições” de família: comprar um picolé para cada um antes de cada viagem (não interessa se é de 20 horas ou de ½), brincar de rimas na hora do banheiro (acreditem!!! Adoramos isso!!!), contar historinhas antes de dormir...

Ontem, era dia dela deitar comigo (cada noite, ela deita na cama de um de nós 2 – ou senta – até a gente dormir). Então, depois dela ler duas histórias (uma “de cada um”), fizemos orações e ela deitou. E eu pedi:

“-mãma, conta uma história da sua cabecinha?” (mania que pegamos, há muito tempo, com a vovó Dina, que não conta histórias lidas, mas das lembranças dela)

“- filha, já lemos duas histórias. Agora, é hora de você dormir.”

“- mas mãma, de quando em vez, você também pode contar uma história da sua cabecinha, né?”, respondi, toda séria

A mãma caiu na gargalhada e disse “-mas filha, nós JÁ contamos duas histórias hoje”

Eu fiquei bravinha (afinal, por que ela estava rindo?), sentei na cama e disse: “mas, DE QUANDO EM VEZ, você também pode contar uma história da sua cabeça!”

Me acalmei, deitei de costas para a mãma e disse: “-vai mãma, conta. Depois, se for boa, a gente conta lá pro Maurício.”

“- que Maurício?”

“-o Maurício de Souza, né mãe! Aquele da Mônica. Você não sabe que ele faz histórias da cabeça dele, também?”