segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
{ 1 + 1 = 6 } 4.000 km de distância... (Diário da Mirys)
Capítulo 4.
E o namoro que começou numa sexta, de madrugada, chegou até o domingo daquele jeito de começo de namoro: tudo-junto-colado-misturado-sem-se-desgrudar!
Mas a segunda-feira chegou e eu tive que partir para a minha cidade 1, para trabalhar. Como já vinha acontecendo há muito tempo, a gente se falava o dia inteiro! Por torpedos, por e-mails, etc e tal. E, quando a noite chegava, a gente se falava pelo celular... durante hooooooooooooras! Rsrsrs. Abençoado seja aquele que inventou ligações entre celulares da mesma companhia por R$ 0,25, sem limite de tempo!!!!
Na quarta-feira, eu já começava a ter frios na barriga, de novo, só de pensar na sexta que se aproximava. Eu ia vê-lo... e tinha que me cuidar... fazer uma hidratação no cabelo, pintar as unhas, colocar as roupas mais bacanas em cima da cama pra escolher o que colocar na mala (pra voltar pra Jaú)... Afinal, namoro, quando está no começo é assim: tudo programado, tudo arrumado, tudo cheiroso, tudo friamente calculado! Não é?
Só que, no meio da tarde, ele me liga, super chateado...
H - "Mi, você pode falar?"
Eu - "Claro, H. Tudo bem? O que aconteceu?", perguntei, pois ele nunca me ligava durante o dia, enquanto ele sabia que eu estava trabalhando.
H - "Eu... preciso falar com você, uns 5 minutos... pode ser?..."
Ôh, ôh...
H - "Seguinte: há um tempo atrás, me falaram que iriam vender um avião para uma empresa de Manaus, e eles precisariam de um piloto para levar o avião."
Eu - "Ah, tá." Qual era o problema? Ele era piloto de aviões, não era? Só iria trabalhar, um dia, um pouco mais longe. Sem dramas.
H - "Naquela época, eu me ofereci pra ir, porque eu não tinha nenhum problema para ficar longe de São Paulo, por um tempo. Porque, quando um avião é vendido, só um piloto da empresa vendedora que pode pilotá-lo, até que todos os papéis estejam prontos."
Eu - "Ah, tá." Tudo bem, pensei... não seria UM DIA. Mas, também, não podia ser tanto assim... O que de mais complicado poderia acontecer? Ele trabalhar até sábado? Domingo? Tudo bem. Eu já tinha ficado sem namorado por uns 800 dias... ficaria por mais 3 ou 4! Sem dramas.
H - "Mi... só que essa papelada toda é demorada, Manaus é longe, e eu não vou conseguir voltar até que esteja tudo resolvido. Em média, costuma demorar uns 45 dias... mas eu não consigo te dar nenhuma certeza, porque não depende de mim. E eu tenho que levar o avião, amanhã..."
Eu - "Ah, tá..." NÃO!!! Não tá!!! Não tá nada!!!
MANAUS???
45 DIAS?????
COMEÇANDO AMANHÃ?????
Mas eu acabei de começar a namorar!!!
H - "Mi, eu vou pra sua cidade, hoje, à noite. Eu preciso te ver, antes de partir. Você consegue babá para as crianças, hoje, que eu queria ir jantar só com você...?"
Eu - "Claro. Fique tranquilo. Resolvo tudo."
Desliguei o telefone meio em transe. Tuuuuuudo bem que eu tinha começado a namorar um piloto de aviões e a rotina dele não teria nada de, digamos, normal. Tuuuuuuudo bem que eu estava ciente de tudo isso desde o começo. Mas eu ACHAVA que o universo ia se mover devagar, agora, até que eu me acostumasse com isso. Seria um namoro quase normal (fora que ele era de uma pessoa de 37 anos, com outra de 40, uma delas viúva, outra que trabalhava nos horários mais malucos possíveis, com 4 crianças para gerenciar, 4 famílias diferentes, em 3 cidades distintas - fora isso, eu achava que seria um namoro normal).
E ele vinha me encontrar à noite. Não, na sexta. HOJE! Em plena quarta-feira! Eu chegaria em casa às 18hs e, às 19hs, tinha que estar com aquela "listinha" de namorada novata toda pronta. Unha, cabelo, banho, maquiagem, roupa linda... Aff! Ele ia ter que gostar de mim do jeito que eu estava! Porque não ia dar tempo de resolver nada dessas "coisas pequenas"...
Cenas do próximo capítulo aqui.
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