quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Hora H 9 - o post e a resposta (Diário da Mirys)

Como nada por aqui (Brasil) acontecia, eu resolvi ir pro outro lado do mundo e sentir o doce gosto de ser... eu! Só eu! Era uma experiência mágica se sentir um “livro em branco” e poder contar pras pessoas as partes da minha vida que eu QUISESSE contar! Eu achava que, lá, na Alemanha, eu estaria “protegida”, só pelo fato das pessoas não me conhecerem! Ninguém ia olhar pra mim, fazer cara de triste na hora e pensar “tadinha... tão jovem, tão bonita, tão inteligente e tão viúva...”

Fiz um post sobre gostar de voar, fechei as malas e fui embora!

Só que foi bem lá, na Alemanha, que eu tive a minha pior crise. Quando eu estava longe de tudo e de todos (e das crianças) e podia chorar. Eu traduzi o casamento (civil e religioso), conforme combinado, mas ouvir aquelas frases de “felizes pra sempre”, “eu prometo ficar com você até o fim dos meus dias”, em suma, “o meu plano é ficar velhinha do seu lado” e viver aquele plano quebrado foi demais pra mim. Eu rachei! Eu chorei, chorei, chorei. Sai pra caminhar e briguei com o mundo inteiro! Se eu tivesse visto um mísero casal de velhinhos, naquela tarde, eu juro que acho que teria ficado por lá mesmo... tinha virado pedra e passaria a ser uma estátua da cidade. “Agora, olhem, à sua direita, temos a estátua de Miriane, a brasileira. Diz a lenda que ela veio pra Alemanha, nos idos de 1700, foi picada por um mosquito até hoje desconhecido e... virou pedra.” Ou qualquer coisa desse tipo!

Mas, pra minha salvação, eu tinha uma tia-madrinha por lá. Pro meu alívio, ela me conhecia desde criancinha (então, qualquer relato sobre a minha vida seria desnecessário). Para minha tristeza, ela compartilhava da minha dor: ela também tinha ficado viúva jovem. Muito jovem, pro meu gosto. Mas, naquela hora, existia um plano por trás disso tudo e nós duas conseguimos conversar: de igual pra igual.

“Tia, eu estou sozinha. SO-ZI-NHA! E eu não aguento mais fazer de conta que isso não me incomoda...”
“Eu sei, Mirys...”
“Tia, eu tenho chorado e orado e pedido por alguém, mas é muito difícil encontrar alguém que, nessa fase da vida, ainda não tenham ‘um alguém’...”
“Eu sei, Mirys...”
“Tia, eu tenho a sensação de que, quando eu saio, ninguém olha pra mim!!!”
“Eu sei, Mirys...”
“Tia, eu estou completamente NULA nesse negócio de sair, paquerar, flertar! Não consigo olhar pra alguém (na verdade, pras costas de alguém) sem chorar...”
“Eu sei, Mirys...”
“E tia, tem um amigo meu que me disse o que eu estou fazendo de errado: eu não mantenho o olhar. Eu não olho, quando me olham.”
“Sério, Mirys??? Disso eu não sabia! E aí, qual é o truque, então???”
“Pelo que ele me disse, tia, tem gente que me olha, quando eu saio do casulo, mas eu não olho de volta. Eu não consigo! Mas, segundo ele, é exatamente isso – e só isso – que eu deveria fazer. Keep the eye contact!”
“Bom, então, Mirys, você tem que praticar!!! A partir de agora, você vai se arrumar, vai sair, vai sorrir, e, se alguém te olhar, você vai olhar!!! Não importa se não resultar em nada, na 1ª, 2ª, 3ª, 1000ª vez. Esse vai ser o nosso novo lema, tá bom? Praticar!!!”

Combinado feito (com a tia), lição aprendida (com o amigo H), e, algumas besteiras que eu continuava fazendo depois... eu beijei um alemão!

Oh-lálá! (não... muito francês pra essa história)
Benzadeus! (não... muito brasileiro pra essa história)
FREUD-XUCRUTS-MARX!!! (pronto, uma expressão alemã o suficiente)

Voltei pro Brasil me sentindo outra pessoa!!! A minha reação tinha mudado, o meu astral tinha mudado, EU tinha mudado e as coisas começavam a entrar nos eixos normais. Na primeira semana que eu estava no Brasil, eu sai de casa, eu falei com as pessoas, eu sorri. E, no final de semana, recebi 5 telefonemas! CINCO!!!! Meses e meses sem uma ínfima comunicação celular masculina (exceto o Guigo, meu pai, meus irmãos e meus cunhados) e, de repente, eu tinha que GERENCIAR ligações!!! Delícia!

Uma ligação era de um ex namorado. Mas a vida tinha seguido, pra nós dois, e as diferenças que tinham nos separado lááááááá atrás, hoje, formavam um abismo impossível de ser transposto. Éramos completamente diferentes (e ele estava namorando! #vergonha). Então, não ia rolar... Outras três ligações me deixaram super lisonjeada e ouvi coisas que qualquer garota gostaria de ouvir (tipo ser o último pensamento de alguém antes de dormir e o primeiro ao acordar), mas os três me conheciam de antes, conheciam o Fer, tinham sido amigos dele. E eu não consegui afastar o pensamento de que seria muuuuito estranho estar, um dia, num barzinho, ouvir uma música e pensar “nossa, o Fer gostava / não gostava dessa música” e saber que a pessoa que está do meu lado poderia ter o mesmíssimo pensamento!!! As minhas lembranças do Fer, eu gerenciaria. Mas as lembranças dos meus possíveis futuros namorados eram um peso estranhíssimo pra se carregar. E eu descartei todo mundo.

E uma ligação foi do H. Sem nada demais. Só coisas do tipo “e aí, voltou? Como foi a viagem? A gente precisa sair, uma hora, pra você me contar”. E eu contei pra ele que tinha usado a técnica dele (#fail – eu só fui beijada na Alemanha porque o moço foi persistente! Minha participação foi menos zero!!!) e que eu tinha beijado alguém. Do jeito que eu sou lenta pras coisas, não duvido que eu tenha até agradecido a “dica de amigo”. Desligando o celular, a minha cunhada me disse: “você estava falando com o H?”. “Tava! Como você sabe?” “Mirys, ele está dando em cima de você?” “De mim????? Imagina!!!!!” Mas, daí, o bichinho da curiosidade me picou: “por que, Cunhada??? POR QUE você acha que o H está querendo algo comigo?...” “É que ele ficou falando um monte de você, numa roda de amigos, no último final de semana. Que você isso, que você aquilo. E... ele deixou uma resposta meio suspeita pro seu post sobre viajar e voar, no face. Você não viu?”

Cenas do próximo capítulo aqui.

PS: leia o post que eu escrevi quando estava indo pra Alemanha. Abaixo, a resposta do H, no facebook (não se esqueça que ele é piloto de aviões, tá?):

"Hehehe, sabe li seu artigo, mas para mim as vezes voar de avião nao fico no chão do destino nem 5 minutos!!! rsss. Mas voar, tem realmente vários significados!! e SE encontrar, com certeza é um deles!! nada melhor que um voo noturno com aquele nascer de uma lua cheia maravilhosa, para encontrar, dentro de nós mesmos, o que se perde da gente neste dia a dia de sóis cansativos!!! Um grande beijo para VC, minha querida amiga! e que vc tenha se achado nesta aventura impar!!!"

MAMARAZZI WEEK - quinta (setembro / 2012)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

MAMARAZZI WEEK - quarta (setembro / 2012)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

MAMARAZZI WEEK - terça (setembro/2012)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MAMARAZZI WEEK - segunda (setembro/2012)

Festa do Carrossel (ou Festa da Escola) - os detalhes!!! (Diário da Nina)

Pessoal, lembram que, no dia do meu aniversário, a gente fez uma festa em casa, com o tema que eu tinha escolhido: a novela Carrossel? Pois bem... no final das contas, uma das minhas avós, que mora mais longe, não pode vir... e ela pediu pra mamãe pra fazermos uma segunda festa, num buffet infantil, lá na cidade dela!!!

A mamãe relutou, relutou, pensou, ponderou... a gente NUNCA tinha feito festa em buffet, antes. Era sempre na nossa casa ou na casa de uma das minhas avós. Pra ficar com aquela cara de festinha antiga, sabem? Sem hora pra acabar, com decoração feita pela mãe da aniversariante, com docinhos feitos e enrolados pelas tias. Daquele tipo de festa que começa uma semana antes, com toda a preparação e empolgação, e só termina no dia seguinte (com os docinhos servindo para sobremesa do almoço)! Mas, a mamãe ia viajar e só voltaria uma semana antes do meu aniversário! Talvez... talvez uma festa num buffet, com tudo prontinho, fosse uma boa ideia, desta vez. E ela topou!

Os convites a gente que fez (até porque a gente ia personalizar com o pedido do "presente social") e as lembrancinhas eram por conta da mamãe. O resto era com o pessoal especializado. Pronto! Resolvido!

A mamãe viajou... voltou... e, uma semana antes da festinha, nós fomos pra Bauru para acertar os detalhes. Enquanto a mamãe e a vovó conversavam, a dona do buffet foi me mostrar as fotos das decorações para eu escolher a que mais gostasse. 5 minutos depois...

Eu, choramingando: "MãMi... eles NÃO tem a festa do Carrossel!... E eu queria do Carrossel..."
MãMi: "Claro que eles têm, filha! A escola Carrossel é um sucesso!"
Eu: "Não, MãMi... eles NÃO TEM... vai lá ver."
Dona do buffet: "Olha Miriane, eu procurei por toda a cidade, mas ninguém tem esse tema de decoração pra alugar... Será que ela não quer trocar o tema?..."
Eu: "Mas MãMi, a gente já fez os convites do Carrossel!..."

E antes que eu começasse a chorar de verdade, mãmi disse, apontando pra ela e pra vovó: "Filhota, fica tranquila que essa dupla aqui resolve qualquer coisa! A gente faz a festa do Carrossel pra você! E vai ser a PRIMEIRA de toda a cidade!!!" Plim! Fiquei feliz!

A MãMi tinha acabado de fazer minha festinha lá em casa e já tinha buscado inspirações de festas de escola. Usou o que deu certo e acrescentou mais detalhes! Num guardanapo, mesmo, ela desenhou suas ideias de decoração da mesa pra dona do buffet. "Se você quiser, Miriane, a gente faz a mesa de 2 metros, ao invés da de 4 metros. Porque mesa vazia vai ficar feia e vocês não tem os enfeites...". "Não. Pode deixar. Faremos a mesa de 4 metros, mesmo, porque a gente gosta de tirar foto de família inteira e a nossa família NÃO CABE atrás de uma mesa pequena. Eu vou ter coisas para colocar na mesa toda!"

Bolo falso, feito pela tia Yaya, com o meu nome, que a mãmi decorou com... canetinhas!
Meu nome escrito com bexigas ou em bandeirolas, com as cores principais do tema escolhido (que a mamãe a-do-ra palavras! rsrsrs)!
Escola tem tudo a ver com: lousa, lápis, giz, livros, professores! Então, pensamos que uma ótima ideia para a "lembrancinha dos adultos" (sempre tem, nas nossas festas) seriam maçãs!!! Porque adultos são professores da vida! Então, cuidado com o que você ensina por aí...
Na novela, a professora da escola (que, por acaso, também se chama Helena! rsrsr) está doente. Então, a lembrancinha das crianças foi uma caixinha de primeiro socorros com "remédios" para uma vida feliz: papéis e lápis para recadinhos de amor, lista de amigos de oração pra colar na porta do guarda roupas, chocolates, nariz de palhaço pra alegrar o mundo por aí, brinquedinhos porque se divertir cura muitos males!
A tia Márcia (dona do buffet) conseguiu vários potinhos brancos, que usamos pra colocar as maçãs, docinhos, palitos de marshmellow, tantas coisas coloridas!!!
A vovó + um monte de tias e primas se encarregaram dos docinhos!!! Tinham muitos, de muitos tipos, de muitas cores, com muitas caixinhas coloridas, MUITO LINDOS E DELICIOSOS!!! Os tags dos docinhos a MãMi fez com papel A4 adesivo (daqueles de imprimir etiquetas, mas em folha única, sem recortes). Copiou e colou imagens num arquivo word e imprimiu (como ensinamos a fazer nesse post)! Não ficou um mimo???
No final, ficou tudo bem lindo, todo mundo se divertiu, a MãMi ficou orgulhosa, a vovó ficou feliz, a tia Márcia ficou tranquila - DEU TUDO CERTO! E todo mundo foi embora cheio de mimos, doces, bilhetinhos, fotos lindas pra recordar um noite boa!

PS da MãMi: o pessoal do Buffet Fuzuera, de Bauru, foi sensacional! Toparam todas as nossas ideias e ajudaram a criar uma festa linda, do jeitinho que a gente tinha sonhado! Além de servir comidas ótimas, bebidas geladinhas, cuidar das crianças nos brinquedos com carinho... SUPER RECOMENDO!!! Obrigada a todo mundo que participou dessa bagunça deliciosa!

MAMARAZZI WEEK - Setembro!

Pessoal, essa é a última semana do mês de setembro!!! E toda última semana do mês, o que é que tem aqui no Diário????

MAMARAZZI WEEK!!!

Quer participar? É super simples: basta uma foto por dia, onde a mamãe apareça nela!!!

Porque um monte de gente tem câmera digital, hoje em dia (ou câmera no celular), e vive fazendo fotos dos filhos... mas NUNCA aparece nas fotos! Só que você a-do-ra quando encontra aquela foto sua, pequenininho, com a sua mãe, não adora? Então... vamos passar a semana criando lembranças felizes para os nossos pequenos!!!

Não precisa de produção, não precisa de maquiagem, não precisa de cenário, não precisa de nada (porque seus filhos NÃO vão olhar pra isso, na foto!). Só precisa ter um filho + uma mãe, na mesma imagem! Plim! Mágica feita!!!

Vamos nessa?

Se você publicar, deixe o seu link nos comentários (mesmo que seja no face), pra gente ir lá conferir, ok?

PS: se você não tem filhos, também pode participar! Faça fotos com a SUA mãe, durante a semana! Ou com o seu bichinho de estimação! Ou com a mãe das suas melhores amigas (já pensou que recordação bacana???)! Ou com as suas avós! Ou com seu pai/mãe! O importante é entrar na brincadeira e ter recordações pra sempre de momentos felizes!

Bjos e bençãos.
Mirys

Um exemplo do nosso "mamarazzi", de junho/2012:
Segunda - mamarazzi
Terça - mamarazzi
Quarta - mamarazzi
Quinta - mamarazzi
Sexta - mamarazzi

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Hora H 8 - Mais do mesmo (Diário da Mirys)

Era agosto, de 2011. Depois daquele show de rock´n roll, algumas coisas mudaram. Ou melhor... voltaram pra como eram antes. Porque é duro superar uma noite boa daquelas e os meus programas aos finais de semana, na minha cidade, começaram a ser "fraquinhos". Como a imensa maioria dos meus amigos é casada, era difícil encontrar gente que estivesse na mesma sintonia que eu, pra sair comigo. Gente que quisesse fazer o mesmo tipo de programa... E eu achava super natural (bom até!) isso: se você está casado (ou namorando) e a pessoa com quem você está é realmente a pessoa certa, vocês se bastam! Vocês até saem por aí, fazem programas, mas o melhor da noite, mesmo, é na hora em que ficam só vocês dois. Aí, num determinado ponto da noite, eram "dois pra lá", "dois pra cá" e eu... sobrando!

Fora isso, na sexta-feira, de manhã, meu celular começava a tocar: "Mirys, vocês não vem pra Jaú? É aniversário da fulana e a gente vai fazer uma festinha!", "Mirys, vocês não vem pra Bauru? Mas é que o fulano que nuuuuunca vem, está aqui, doido pra ver as crianças!", "Mirys, vocês vem hoje a noite, né? Porque a gente já encomendou as pizzas!", "Mirys, estamos esperando vocês hoje porque --- (coloque aqui qualquer coisa não muito grave) aconteceu e nós pre-ci-sa-mos de vocês aqui!". Ah! Como é bom se sentir imprescindível.... rsrsrs

Então, a vida foi que foi, os dias passaram, os finais de semana se repetiram e... eu voltei para o circuito Jaú / Bauru (ou seja, casa dos pais / casa dos sogros). Lá, também, era quase todo mundo casado. Lá também, eu não tinha companhia solteira pra sair. Mas, lá, eu tinha um monte de gente que eu amava e que nos amava. E tinha o cemitério, onde eu podia ir chorar sozinha, se eu quisesse, sem que as crianças nem percebessem que eu tinha saído de casa (porque a casa dos meus pais tem taaaanta gente que eles nem notam se eu estou ou não por lá).

Nessa época, o H também sumiu. Acho que cansou de ouvir os meus "nãos"... porque eu nunca conseguia sair com ele. Eu sempre ia pro interior com alguma programação já feita pra mim.

Naquela época, eu estava no ápice da minha crise de solidão...
Naquela época, nós enfrentávamos um problema de saúde bem complicado em casa...
Naquela época, o dia dos pais se aproximava e ele sempre me assustava um pouco...
Naquela época, eu escrevi muito, chorei muito, orei muito...
Naquela época, nós diminuímos o ritmo da vida um bocadinho...
Naquela época, eu ajudei a organizar um casamento lindo de dois amigos lindos...(a mensagem da mãe da noiva, no chá de cozinha, foi uma das coisas mais emocionantes que eu já ouvi!)
Naquela época, eu recebi um telefonema de uma prima querida, mas distante. Ela morava na Irlanda. Ela namorava um alemão. Ela ia se casar com ele. Na Alemanha! E ela precisava de mim. Ah... como é bom ser necessária!!! Na verdade, o simples fato de PENSAR que alguém precisava de mim era um poderoso "girador de cabeças em outra direção": eu parava de pensar em mim, nas coisas que eu queria, nas que me faziam falta, e me jogava nos "problemas" dos outros! Acho que se uma amiga de Fortaleza, do Rio ou de Blumenau me ligasse, naquela época, me dizendo que tinha quebrado a unha, eu tinha procurado a primeira passagem de avião, comprado o esmalte mais lindo, o conjunto de alicate e tesourinha mais descolado, e saído correndo para resolver a emergência! Questão de sobrevivência, people...

Pensar na solidão quando você está sozinha dói DEMAIS!

E lá fui eu preparar minhas malas pra ir pra Alemanha, ser tradutora de casamentos! Por que, vamos combinar, quem mais, no mundo inteeeeeeiroooooo poderia traduzir um casamento do inglês para o português??? Quem, quem, quem?????

E agosto passou assim: o H aqui, tentando outras possibilidades... e eu me preparando pra ir para bem longe, pra tentar outras possibilidades...

Cenas do próximo capítulo aqui.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Hora H 7 - Convidada da banda (Diário da Mirys)

Mais ou menos, agosto de 2011.

Depois daquela minha conversa com o H, eu não parava de pensar no grande conselho de amigo que ele tinha me dado e tentava abrir meus olhos para o mundo! Mas era muito difícil fazer isso, dentro da minha rotina de trabalhar + cuidar de 2 crianças, durante a semana. Nos finais de semana, por mais que eu me programasse pra fazer alguma coisa "diferente", acabava nunca fazendo...

Porque no final de semana, eu quase sempre estava em Jaú (casa dos meus pais) ou Bauru (casa dos pais do Fer). Em Jaú, eu adoro a casa dos meus pais: muitos livros, muitas revistas (eu nunca compro revistas... sniff...), muitos filmes, muita comida gostosa, muitos mimos! Se não estivéssemos lá, nós estávamos na casa de algum dos meus irmãos ou na casa de algum amigo, visitas que a gente também amava fazer! Porque a conversa era ótima, daquelas de perder a hora de dormir fácil, fácil; vira e mexe tinha algum "prato especial" nos aguardando (né tia Déia?); as crianças tinham companhia pra brincar. Já em Bauru, a gente ficava mais na casa dos pais do Fer, mesmo. Quer dizer, as crianças ficavam o tempo todo, enquanto eu sempre arrumava uma desculpa para dar um pulo no cinema sozinha e deixá-los por umas 2hs só com a avó, pois avós têm o direito de "reinar" absolutas, em seus próprios reinos.

Esse contato todo era excelente para as crianças (e eu vou continuar fazendo isso sempre por e para elas), mas começou a me sufocar um pouquinho... Eu sabia que era cuidado... eu sabia que era por amor... mas todo mundo acabava "tomando conta", um pouquinho, de mim porque, na verdade, eu deixei todo mundo fazer isso! Eu sempre estava lá! Eu sempre levava um filminho e pipocas! Eu sempre deixava os casais "tranquilos" e me ocupava de tooooodas as crianças. Eu também fazia por amor (e, até o meio do segundo ano de viuvez, eu fazia também porque eu NÃO QUERIA fazer outra coisa). Mas o problema desse contato tão constante e tão intenso é que todo mundo se acha um pouco "cuidador" de você. E se você não quiser o cuidado ou o contato... ah! Que pessoa ingrata você é!!!

Eu cheguei até a brincar com algumas pessoas dizendo: "gente, eu SÓ fiquei viúva, eu não voltei a ser adolescente!" e rindo, quando alguém vinha me falar do tamanho da minha saia (sim!!!) ou do horário em que eu pensava em sair. Mas, acho que meu irmão estava mais certo: ele brincava que "a Mirys não perdeu o marido, ela ganhou 15 pais!".

Pra não parecer ingrata com ninguém, nem exploradora, eu pensei na única maneira de começar a dar menos satisfação da minha vida pra todo mundo e não ter que ficar pedindo favores (porque eu não sou da turma que pede "cuida dos meus filhos, que eu vou pra balada" e fica tranquila). Era só eu NÃO IR pra Jaú ou Bauru! Não era brilhante??? Seeeeeeeee eu ficasse na minha própria cidade, eu pagaria para minha ajudante para cuidar das crianças + eu poderia sair só com adultos + eu teria companhia de gente solteira, linda, divertida, amiga (minha prima e algumas amigas) + eu NÃO TERIA que dar explicação nenhuma pra babá, quando eu chegasse em casa!!!! PERFEITO!

E eu ganhei um enorme estímulo quando tomei essa decisão! Sem saber, um primo meu, baterista de uma banda bacana de São Paulo, me ligou e disse: "Mirys, nós vamos tocar na sua cidade, nesse final de semana. Eu faço questão que você vá, pois estou morrendo de saudades de você! Se você quiser ir, eu coloco seu nome na porta e você entra como convidada da banda! Que tal?". CONVIDADA DA BANDA!!! CONVIDADA DA BANDA!!! Fazia taaaaaaanto tempo que eu não era "convidada da banda"...

Aquela frase me trouxe um monte de lembranças (porque o Fer tocava em muitas bandas e eu fui em inúmeras apresentações dele, de heavy metal à Beatles). Mas, eu descobri que EU, a Mirys, podia ser convidada da banda! De outras bandas!!! Eu não precisava ser a esposa do músico para que isso acontecesse!!! Então, eu fiz uma soma rápida= preciso sair de casa, na minha própria cidade + a-do-ro shows de música + estou morrendo de saudades do meu primo + sou convidada da banda (essa frase me derretia, eu confesso) = EU VOU!!!!

Fui sem muitas expectativas. Nem com a banda (que eu nunca tinha visto tocar, assim, inteira, numa apresentação de verdade - só tinha os CDs). Nem com a noitada. Nem com nada. Mas FUI! E isso era um passo gigantesco pra mim. Pra minha surpresa, a banda, no palco, era um espetáculo!!!! Uma prima que eu amo de paixão me acompanhou!!! No final da noite, saímos pra colocar a conversa em dia, eu, minha prima e meu primo músico! A noite estava linda, a comida estava perfeita, eu estava numa noite MI-NHA! Amei tudo!!!!

A única parte que não foi 100% foi... adivinhem! Ganha um doce quem falar primeiro!!! Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três! Quem respondeu "meninos", acertou! Não rolou nenhum olharzinho pra mim, naquela noite... Nem uma mísera olhadinha... Lembro que, no intervalo do show, meu primo desceu do palco e me fez um elogio inesquecível: "Mirys, e aí, me conta, até agora, quantos caras já chegaram em você?" "Nenhum Rob... " "Nenhum? Então espere até o final da noite. Porque, hoje, você DEVERIA SER OLHADA! Você está linda!". Um lord, não? Mas a noite terminou, o show acabou, a gente saiu pra jantar e eu fiquei nisso mesmo: 0 x 0. Ninguém veio nem perguntar meu nome...

E vocês podem se questionar: mas cadê o H, nessa parte da história????

Bem... o H estava lá. Comigo. No celular. Ele me mandou vários torpedos naquela noite. Dizendo que estava em Jaú, que não tinha com quem sair, se eu não queria ir tomar alguma coisa. E eu dei um banho de água gelada nele, dizendo que estava na minha cidade, num programa "só de meninas" (porque estava com a minha prima e a gente pretendia se dar bem, naquela noite). Ele mandou mais uns 10 torpedos. Insistiu. Mas eu não disse exatamente onde estava e só falei amenidades.

Na manhã seguinte, ele me mandou um torpedo perguntando como tinha sido a minha noite e se eu tinha arrumado alguém interessado em mim. "Coisa de amigo", eu pensava. Ele mandou outro. E outro. E eu fui respondendo até uma hora em que a minha prima (que dormiu em casa), virou e disse: "Mirys, acho que esse H está dando em cima de você..." "IMAGINA, Má! Ele é só meu amigo! Não tem nada a ver. Ele está até perguntando se eu saí com alguém, ontem..."

Cenas do próximo capítulo aqui.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Festa em casa! Carrossel!!! (Diário da Nina)

Nos dias antes do MEU DIA, com o tema escolhido (novela da Escola Carrossel), nós fizemos os convites e as compras.

Na noite anterior, eu ajudei a mamãe a preparar tudo...

Na tarde da festa, depois da escola, nós organizamos tudo sobre a mesa.

E a minha festa ficou do jeitinho que eu queria!!!! Lousa na porta:

Faixa branca na mesa, para todo mundo deixar recados (e pra identificar as comidas)!

Caixa do presente social:

Competição de música (beeeeeem ao estilo "qual é a música?", programa que a mamãe adorava assistir! Na festa, foi assim: a mamãe sentada no chão, muitas crianças ao redor dela, e ela dizia "quem conhece uma música com a palavra...X!". Quem soubesse, ficava em pé, cantava e ganhava pontos!). DIVERTIDÍSSIMA!!!

Espaço para fotos com o meu nome em letras coloridas!

Bandeirinhas penduradas na mesa, com meu nome, de novo (porque crianças adoram tirar fotos sentadas no chão!)!

Muitos amigos, tios, primo, irmão, mãe, todo mundo disposto a brincar e se divertir de montão!!!!

E, no final, ajuda do Johnny Boy (meu primo!), para abrir os presentes!

E, no ano que vem, tem mais!!!

Veja a ideia do tema (e as inspirações) aqui. Ah! E, em breve, a mãmi volta com mais inspirações, segredos de bastidores e todos os "detalhes" que fizeram a diferença por aqui, tá?