Eu sou mo-vi-da a filmes! Adoro, adoro, adoro! Eu + um pacote de pipocas + uma tela gigante somos um trio imbatível, capaz de passarmos hooooooras juntos, sem o menor problema (a não ser que o 2o elemento não vai resistir por hoooooooras). Pra ficar melhor, só a companhia incrível do H (ai, o amor...) ou das crianças!
Então, quando a BC Musical falou em "cena de filme", eu imediatamente pensei nessa: Dirty Dancing - The Time of My Life. Tem algo mais clássico? Não, não tem.
(video Dirty Dancing)
(letra e música)
Só que eu tenho certeza absoluta que um monte de gente vai ter a mesmíssima ideia pra BC. Por isso, decidi colocar uma segunda (mas não menos interessante e clássica) opção aqui: Encantada - E é assim que vai saber. O que???? Você ainda não assistiu Encantada???? Você ainda não riu do desespero do mocinho tentando mostrar pra princesa perdida que a vida real não é um conto de fadas??? Que ela não pode cantar no meio da rua, nem falar com animaizinhos? Você ainda não descobriu que era ela, na verdade, que estava certa (e a gente pode fazer da nossa vida um conto de fadas, se quiser)????? Boralá! Depois me conta!
(video Encantada)
(música e letra Encantada)
"Mostre que não está sozinha, Não ache que ela adivinha, Faça com que ela sinta e acredite que a ama"
PS: e, amanhã é sexta, people!!! Tem "DICA DE FOTOGRAFIA", aqui no Diário! Quer dar um up nas suas fotos? Quer trocar ideias??? Apareça! Vou estar te esperando.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Desobediência...
Pois é... crianças tendem a imitar comportamentos umas das outras. Pra serem "legais". Pra entrarem "nos grupos". Pra socializar. Uma dose homeopática do que vai acontecer na adolescência, com zero revolta (ufa, ufa, ufa), mas tá lá. Alguém fez algo incomum, elas também fazem. Se o amigo do lado come ervilhas e palmitos, a tendência é que o seu filho, aquele mesmo que nuuuuuuuuuuunca come essas coisas em casa, vá acabar engolindo algumas bolinhas verdes, também, só pro amigo ver que ele também gosta. Que são "iguais". Que se identificam. Pelo mesmo motivo, você vai buscar aquela sua filha super ultra mega max tímida numa festinha "só pra crianças" e o pessoal do salão diz que nunca viu uma criança dançar tanto quanto ela!
Só que, se isso vale para o lado bom, aventureiro, desbravador da vida (ervilhas que o digam!), vale para o ruim, também. Você passa dias e dias tentando ensinar aquela letra linda, daquela música belíssima, que você ouvia desde criança, para a sua filha... e nada. Mas, em meia hora de terapia intensiva de funk, ops, digo meia hora na casa daquela coleguinha da escola sem a supervisão dos pais da pequena, sua filha já saberá cantar d-e-c-o-r o último hit da DJ (oi?) do momento. E vai saber a coreografia completa! Pre-pa-ra!
Pra minha sorte, as crianças daqui de casa sempre tiveram um espírito de liderança - mais fácil eles ensinarem coisas pros outros do que vice-versa. Pro azar deles, eles têm uma mãe "chata". Daquelas bem antiquadas, bem caretas (existe essa palavra, ainda?), que exige que seus filhos façam pedidos seguidos de "por favor", que impõe um "obrigado/a" depois de receberem uma gentileza, que não admite grosseria com os outros. Coisa bem antiga, eu sei. Quase ultrapassada. Mas, fazer o que? Foi a mãe que eles ganharam no sorteio do céu... Até imagino como foi essa definição no céu, quando as famílias eram montadas: "huuummm... onde temos uma mãe bem exigente para essas crianças?... huuummm... Há! Achei! Ali! Essas crianças vão pra Miriane!"
E, pra completar a minha versão mãe impossível, eu ainda espero obediência. Vejam quanta radicalidade e ousadia, da minha parte! Mas, aqui em casa, as coisas são assim: o "sim" significa "sim", o "não" significa "não". E eu não falo 1.453.697.402 vezes a mesma coisa. Ensino, explico, ensino, explico, ensino, explico. E, na hora do vamovê, eu ESPERO que eles se lembrem do que ensinei e expliquei.
Acontece que, quanto mais eles crescem, mais crescem seus vínculos com outras pessoas e o aprendizado sobre a vida começa a ter outros professores. E eu tive um probleminha com a Nina... Ela, que sempre foi uma menininha adorável, que já tinha deixado o chorôrô pra trás há tempos, que era bastante obediente e educada, deu pra imitar outros exemplos e "desaprendeu" o básico.
"Filha, já está na hora de dormir. Suba, coloque seu pijama, escove seus dentes, que eu já vou em 10 minutos te contar uma estória." E, quando 10 minutos depois eu subia a escada, lá estava ela, assistindo televisão, vestida da mesmíssima forma de antes, com as bactérias (ou seriam micróbios?) brincando de ciranda-cirandinha dentro da boca dela. "Helena!"
"Filha, agora é a hora de fazer sua tarefa. Pegue seu material, enquanto eu coloco a janta no forno, e venha pra mesa" era o mesmo que dizer "faça o que VOCÊ quiser, na hora em que VOCÊ quiser, porque a tarefa não é importante e ser obediente é coisa de gente boba que não tem o que fazer". E aí de mim se perguntasse "por que você ainda não pegou seu material, filha?", mesmo se fosse 50 minutos depois. Eu ouvia reclamações...
A coisa foi, foi, foi, até que não dava pra ir mais (pra frente, pelo menos, não) e eu a chamei pra uma conversa de mulher pra mulher ("maríiisaaaaaa"). "Filhota, isso não está legal. Você está se tornando uma menina desobediente e reclamona e eu não queria você assim. Cadê aquela minha filha antiga?" Falei da importância de obedecer para aprender e crescer. Falei da minha responsabilidade como mãe de criá-la (o que significa ser chata, algumas vezes). Falei da Bíblia, do que ela aprende na igreja, do meu exemplo com os avós dela (coisas que são válidas aqui em casa - talvez vocês tenham outras referências, nas suas). Falei de como nosso relacionamento era mais fácil e mais gostoso, quando ela me obedecia, a gente fazia o que tinha que fazer rapidinho e sobrava tempo pro que a gente QUERIA fazer. "Era mesmo..." Perguntei se ela gostava de ficar do lado de um amigo que só reclama e bufa pra vida. "Não. Claro que não. É chato, né mamãe?" É filha, é chato.
Conversamos na manhã do domingo, quando eu percebi que o caldo ia entornar.
E, no final do dia, quando eu estava lá fora de casa, pois tinha acabado de me despedir da avó das crianças, a Nina chegou. Abraçou a minha cintura, olhou pra cima e fez duas perguntas honestas: "E aí, mamãe, eu obedeci, hoje? Está orgulhosa de mim?" Sim e sim. Fácil, assim.
Duas semanas depois, eu ainda tenho minha filha na versão meiga, agradável e obediente por perto. Tomara que essa seja a versão 2014, 2015, 2000esempre dela. Ser mãe dá trabalho, cansa, exige paciência. Mas vale BEM a pena!!!
Só que, se isso vale para o lado bom, aventureiro, desbravador da vida (ervilhas que o digam!), vale para o ruim, também. Você passa dias e dias tentando ensinar aquela letra linda, daquela música belíssima, que você ouvia desde criança, para a sua filha... e nada. Mas, em meia hora de terapia intensiva de funk, ops, digo meia hora na casa daquela coleguinha da escola sem a supervisão dos pais da pequena, sua filha já saberá cantar d-e-c-o-r o último hit da DJ (oi?) do momento. E vai saber a coreografia completa! Pre-pa-ra!
Pra minha sorte, as crianças daqui de casa sempre tiveram um espírito de liderança - mais fácil eles ensinarem coisas pros outros do que vice-versa. Pro azar deles, eles têm uma mãe "chata". Daquelas bem antiquadas, bem caretas (existe essa palavra, ainda?), que exige que seus filhos façam pedidos seguidos de "por favor", que impõe um "obrigado/a" depois de receberem uma gentileza, que não admite grosseria com os outros. Coisa bem antiga, eu sei. Quase ultrapassada. Mas, fazer o que? Foi a mãe que eles ganharam no sorteio do céu... Até imagino como foi essa definição no céu, quando as famílias eram montadas: "huuummm... onde temos uma mãe bem exigente para essas crianças?... huuummm... Há! Achei! Ali! Essas crianças vão pra Miriane!"
E, pra completar a minha versão mãe impossível, eu ainda espero obediência. Vejam quanta radicalidade e ousadia, da minha parte! Mas, aqui em casa, as coisas são assim: o "sim" significa "sim", o "não" significa "não". E eu não falo 1.453.697.402 vezes a mesma coisa. Ensino, explico, ensino, explico, ensino, explico. E, na hora do vamovê, eu ESPERO que eles se lembrem do que ensinei e expliquei.
Acontece que, quanto mais eles crescem, mais crescem seus vínculos com outras pessoas e o aprendizado sobre a vida começa a ter outros professores. E eu tive um probleminha com a Nina... Ela, que sempre foi uma menininha adorável, que já tinha deixado o chorôrô pra trás há tempos, que era bastante obediente e educada, deu pra imitar outros exemplos e "desaprendeu" o básico.
"Filha, já está na hora de dormir. Suba, coloque seu pijama, escove seus dentes, que eu já vou em 10 minutos te contar uma estória." E, quando 10 minutos depois eu subia a escada, lá estava ela, assistindo televisão, vestida da mesmíssima forma de antes, com as bactérias (ou seriam micróbios?) brincando de ciranda-cirandinha dentro da boca dela. "Helena!"
"Filha, agora é a hora de fazer sua tarefa. Pegue seu material, enquanto eu coloco a janta no forno, e venha pra mesa" era o mesmo que dizer "faça o que VOCÊ quiser, na hora em que VOCÊ quiser, porque a tarefa não é importante e ser obediente é coisa de gente boba que não tem o que fazer". E aí de mim se perguntasse "por que você ainda não pegou seu material, filha?", mesmo se fosse 50 minutos depois. Eu ouvia reclamações...
A coisa foi, foi, foi, até que não dava pra ir mais (pra frente, pelo menos, não) e eu a chamei pra uma conversa de mulher pra mulher ("maríiisaaaaaa"). "Filhota, isso não está legal. Você está se tornando uma menina desobediente e reclamona e eu não queria você assim. Cadê aquela minha filha antiga?" Falei da importância de obedecer para aprender e crescer. Falei da minha responsabilidade como mãe de criá-la (o que significa ser chata, algumas vezes). Falei da Bíblia, do que ela aprende na igreja, do meu exemplo com os avós dela (coisas que são válidas aqui em casa - talvez vocês tenham outras referências, nas suas). Falei de como nosso relacionamento era mais fácil e mais gostoso, quando ela me obedecia, a gente fazia o que tinha que fazer rapidinho e sobrava tempo pro que a gente QUERIA fazer. "Era mesmo..." Perguntei se ela gostava de ficar do lado de um amigo que só reclama e bufa pra vida. "Não. Claro que não. É chato, né mamãe?" É filha, é chato.
Conversamos na manhã do domingo, quando eu percebi que o caldo ia entornar.
E, no final do dia, quando eu estava lá fora de casa, pois tinha acabado de me despedir da avó das crianças, a Nina chegou. Abraçou a minha cintura, olhou pra cima e fez duas perguntas honestas: "E aí, mamãe, eu obedeci, hoje? Está orgulhosa de mim?" Sim e sim. Fácil, assim.
Duas semanas depois, eu ainda tenho minha filha na versão meiga, agradável e obediente por perto. Tomara que essa seja a versão 2014, 2015, 2000esempre dela. Ser mãe dá trabalho, cansa, exige paciência. Mas vale BEM a pena!!!
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Dica de fotografia #32 - Minimalismo
Eu admiro muito quem consegue transmitir tanta estória, com tão pouco! É uma arte! Por isso, se você quer impressionar os amigos e fazer bonito nas fotos das próximas férias, pense seriamente em restringir-se ao mínimo necessário!!! Como assim?
DICA DE FOTOGRAFIA #32 - MINIMALISMO
Às vezes, basta UM tijolo pra contar a tradição de uma catedral... uma lágrima para transmitir toda a dor que se sente... uma cor reinando única para criar um impacto visual! Lembre-se, às vezes, menos É mais!!!
Eu só sei que, de vez em quando, é melhor não contar e-xa-ta-men-te as coisas e deixar algum lugar pra imaginação...
Eu gosto! E você?
DICA DE FOTOGRAFIA #32 - MINIMALISMO
Às vezes, basta UM tijolo pra contar a tradição de uma catedral... uma lágrima para transmitir toda a dor que se sente... uma cor reinando única para criar um impacto visual! Lembre-se, às vezes, menos É mais!!!
Eu só sei que, de vez em quando, é melhor não contar e-xa-ta-men-te as coisas e deixar algum lugar pra imaginação...
Eu gosto! E você?
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
É assustador...
Ontem, choveu por aqui. A chuva até que foi fraca. Mas o vento... Era impossível encostar a porta do escritório (tivemos que tranca-la) ou caminhar na rua normalmente. Durou 15 minutos. 20, no máximo. Como deu o horário de buscar as crianças na escola e o pior já tinha passado, eu peguei o carro e fui.
No caminho, uma loucura. Folhas de árvore cobriam TODO o asfalto, junto com alguns galhos secos que se espalhavam pela avenida. Galhos e árvores inteiros tinham sido derrubados. Outdoors estavam caídos, no meio da rua, transformando 3 pistas em uma só. O telhado de um posto, que ficava bem na esquina de duas avenidas, dobrou ao meio! E um pedaço dele voou e aterrizou sobre carros que estavam estacionados por ali.
5 minutinhos depois, eu já estava na porta da escola. Nem chovia mais (o vento foi tão forte que levou a chuva pra longe). As crianças entraram no carro normalmente, me contaram sobre o dia delas como se tivesse sido super normal e nós fomos pra nossa casa, do jeito de sempre. Chegando no prédio, percebemos que a parte comum tinha sido parcialmente destruída... telhados retirados, quebrados, torcidos, lâmpadas pendendo nos fios, "todas as folhas" do jardim se alojando na escada da garagem. É assustador perceber quantas mudanças podem acontecer em tão pouco tempo.
E foi inevitável pensar que algumas coisas nessa vida são assim, como esse vento: rápidas, passageiras, mas tão intensas que te deixam perguntando "o que foi que aconteceu?", até que consiga entender. Ou aceitar. Ás vezes, algumas decisões tomadas em minutos vão mostrar suas consequências por muito tempo. Às vezes, os fatos são tão intensos que você nunca mais será a mesma pessoa.
Porque os galhos e as folhas vão nascer nas árvores, de novo. Alguém vai levantar e consertar o outdoor e o telhado do posto. Os telhados das casas vão ser trocados. E a vida seguirá como se nada tivesse acontecido. Mas serão novos galhos, novas folhas, novos telhados. Talvez melhores, mais resistentes; talvez piores. Mas nunca iguais.
Por isso, quando um vendaval passa na sua vida você se torna outra pessoa - talvez mais assustada, talvez mais forte, talvez mais desconfiada, talvez mais desprendida. Mas, tomara que você perceba que, independentemente da sua vontade, você será outra pessoa - e queira ser uma pessoa MELHOR.
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sábado, 19 de outubro de 2013
Viaje pro Uruguai! - San Jose
A cidadezinha de San Jose fica no meio do caminho de Montevideo (a capital) e Colonia del Sacramento (a oeste). É pequena e é fácil percorre-la em pouco tempo. Mas vale a parada!!! Para comer um chocolate artesanal na lojinha embaixo do teatro, para admirar a catedral (tão antiga quanto não preservada), para andar nas praças charmosas, para conhecer o Parque Rodó e o Kartódromo onde Airton Senna ganhou sua primeira corrida internacional de kart!
Se eu consegui essas fotos num dia chuvoso e frio, quando estava (quase) tudo fechado... imagina o que você não consegue se der sorte e encontrar o sol por lá!
Se eu consegui essas fotos num dia chuvoso e frio, quando estava (quase) tudo fechado... imagina o que você não consegue se der sorte e encontrar o sol por lá!
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
BC musical - adoro essa letra!!! (If tomorrow never comes)
Eu penso assim. Sempre pensei. Daí, veio o Renato Russo e colocou em música o meu pensamento (rsrs). Mas, falando sério: se o amanhã nunca chegar, se você não tiver um "amanhã", as pessoas que você ama saberão disso - que você as ama???
If tomorrow never comes (se o amanhã nunca chegar) - letra e vídeo
Aqui, um vídeo com a letra em português, pra você acompanhar
Eu espero que ele saiba... Por via das dúvidas, deixo registrado aqui!
Esse post participa do BC musical da Dani Moreno. Participe você também!
If tomorrow never comes (se o amanhã nunca chegar) - letra e vídeo
Aqui, um vídeo com a letra em português, pra você acompanhar
Eu espero que ele saiba... Por via das dúvidas, deixo registrado aqui!
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Quero me lembrar daquilo que me faz feliz!
Todo dia, ela ia para o trabalho pelo mesmo caminho. Subia a mesma rua, por muitos quarteirões, virava à esquerda na mesma avenida e andava outros tantos quarteirões. Naquele dia, alguns moços faziam o corte do gramado que fica no meio da avenida, bem quando ela passava.
De repente, ela sentiu aquele cheiro de grama recém cortada e, plim, não estava mais ali. Como num passe de mágica, sua memória a levou de volta pra infância, para uma época em que a casa de 7 ou 8 pessoas estava reformando e a família teve que ir morar numa chácara! Por algumas vezes, eles tiveram que cortar a grama que ficava na entrada da chácara e ela tinha sentido o mesmo aroma divertido. Noutras vezes, os vizinhos aparavam os gramados das suas chácaras e ela sentia o cheiro quando saia para caminhar.
Então, ela se lembrou que caminhava com sua avó e seus irmãos naquelas ruas, contando estórias inventadas ou episódios da vida real. A visita da sua avó era frequente, naquela época. Antes da vida de todo mundo mudar e deles todos envelhecerem. Antes do derrame que impediria sua avó de viajar, por muitos anos, até o final. Antes das preocupações com faculdade, notas, namorados, começarem.
Ela se lembrou dos morangos que eles decidiram plantar no fundo da chácara e de como adorava colhe-los! Eram tão caros os morangos, naqueles dias... Mas eram mais fáceis de conseguir do que as goiabas sem lagartas e pêssegos sem bicadas de passarinhos! Ah, ela nunca mais olhou para um pêssego sem valorizar o trabalho que alguém teve para cultiva-lo e entrega-lo no mercado assim, tão perfeito, tão bonito, tão... sem pedaços faltando.
"Nossa, preciso fazer mercado, hoje! As crianças não têm frutas para levar de lanche na escola!"
E, plim, rapidinho, rapidinho, a realidade a chamou de volta para o dia de hoje, para a avenida de sempre. Hoje, com a grama sendo cortada. Então, ela estacionou o carro e pensou que outros cheiros ela gostava de sentir: cheiro de terra depois da chuva, cheiro de pão de casa no forno, cheiro de chá de hortelã de verdade, cheiro de cabelo de bebê, cheiro do abraço do marido, cheiro de livro novo. E ela sorriu!
"Quero trazer à memória aquilo que me pode fazer bem."
Obs da Mirys: e você, do que você QUER se lembrar, hoje?
De repente, ela sentiu aquele cheiro de grama recém cortada e, plim, não estava mais ali. Como num passe de mágica, sua memória a levou de volta pra infância, para uma época em que a casa de 7 ou 8 pessoas estava reformando e a família teve que ir morar numa chácara! Por algumas vezes, eles tiveram que cortar a grama que ficava na entrada da chácara e ela tinha sentido o mesmo aroma divertido. Noutras vezes, os vizinhos aparavam os gramados das suas chácaras e ela sentia o cheiro quando saia para caminhar.
Então, ela se lembrou que caminhava com sua avó e seus irmãos naquelas ruas, contando estórias inventadas ou episódios da vida real. A visita da sua avó era frequente, naquela época. Antes da vida de todo mundo mudar e deles todos envelhecerem. Antes do derrame que impediria sua avó de viajar, por muitos anos, até o final. Antes das preocupações com faculdade, notas, namorados, começarem.
Ela se lembrou dos morangos que eles decidiram plantar no fundo da chácara e de como adorava colhe-los! Eram tão caros os morangos, naqueles dias... Mas eram mais fáceis de conseguir do que as goiabas sem lagartas e pêssegos sem bicadas de passarinhos! Ah, ela nunca mais olhou para um pêssego sem valorizar o trabalho que alguém teve para cultiva-lo e entrega-lo no mercado assim, tão perfeito, tão bonito, tão... sem pedaços faltando.
"Nossa, preciso fazer mercado, hoje! As crianças não têm frutas para levar de lanche na escola!"
E, plim, rapidinho, rapidinho, a realidade a chamou de volta para o dia de hoje, para a avenida de sempre. Hoje, com a grama sendo cortada. Então, ela estacionou o carro e pensou que outros cheiros ela gostava de sentir: cheiro de terra depois da chuva, cheiro de pão de casa no forno, cheiro de chá de hortelã de verdade, cheiro de cabelo de bebê, cheiro do abraço do marido, cheiro de livro novo. E ela sorriu!
"Quero trazer à memória aquilo que me pode fazer bem."
Obs da Mirys: e você, do que você QUER se lembrar, hoje?
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terça-feira, 15 de outubro de 2013
Quanto mais você se envolve, melhor para o seu filho! (BC fotos - educação)
Desde sempre, eu fui envolvida com o aprendizado das crianças. Cansei de observar formigas, na calçada do prédio, quando o Guigo tinha só 1 ano; li muitas placas de rua com a Nina, com 3/4 anos, porque ela tinha acabado de descobrir as palavras; brinquei muuuuuuuuuuuuuuito de matemática, indo e voltando de viagem para a casa das avós; comprei "uma banca inteira" de revistas de atividades; já inventei inúmeros "jogos" de inglês para nos distrair durante viagens de carro. Se eu tiver que escolher entre 10 dias na praia, lagarteando ao sol e vendo a vida passar, OU 10 dias conhecendo uma cidade nova, indo a museus, explorando, visitando zoológicos e jardins botânicos, experimentando comidas diferentes, eu vou escolher a segunda opção! Se meus filhos puderem aprender brincando, eu apoio!!!
Todo começo de ano, eu escolho com carinho a escola que meus filhos vão frequentar. E eu me envolvo!!! Vou às reuniões de pais, participo como convidada de "aulas especiais", assisto a todas as apresentações (seja teatro, flauta, ballet, futebol), eu estudo junto pras provas (ou eu cobro os estudos) e dou o maior incentivo pras campanhas sociais. Afinal, se a escola que eu escolhi oferece algo além de aulas de matemática, português e cia, se ela orienta meus filhos (futuros cidadãos) a serem solidários, responsáveis pelo meio ambiente, auxiliadores, por que não apoiar??? Afinal, as crianças seguem mais o que você FAZ do que o que você FALA. Fato. Eu era assim, por que meus filhos não seriam?
Quantas vezes você já ouviu uma criança dizer "minha mãe mandou eu fazer isso, mas ELA não faz!"? Ou já viu pais que ensinam a criança a falarem a verdade e mandam os mesmos filhos dizerem que "eles não estão em casa", se não querem atender o telefone? Ou viu filhos de músicos (que curtem trabalhar com música) que se interessam por instrumentos musicais? Exemplos são muitos, mas a conclusão é bem parecida: se VOCÊ demonstra interesse em algo, se você se comporta de determinada maneira, seus filhos tendem a te imitar! É a velha estória dos pais serem os primeiros superheróis dos filhos! Se eles te admiram, se eles vêem a sua empolgação e dedicação, se você demonstra pra eles que aquilo é importante / legal / interessante, eles vão te seguir.
Por isso, eu leio livros com eles e para eles, eu os levo a museus, eu exploro uma praia contando a história daquele lugar, eu abro uma flor e estudo as partes dela (quando é isso que eles estão aprendendo na escola), eu olho com cuidado e elogio as primeiras letras, eu demonstro importância por tudo o que eles estão aprendendo. Eu me envolvo e tento trazer o aprendizado da sala de aula para a vida real, porque tudo fica mais interessante quando você pode VIVER o que você aprende.
Educação (só no sentido escolar, tá? Educação de "berço" é coisa pra outro post...) não é coisa só da escola! Se o colégio que você escolheu faz a parte dele, faça a sua: se envolva, participe, leve seu filho pra viajar pra "ensinar" história, vá com ele pra cozinha "estudar" ciências e matemática, incentive que ele escreva estórias pra "praticar" português. Garanto que os resultados vão compensar!
(Nina, com 5 anos, "explorando" as pegadas de dinossauros na cidade onde a gente foi morar. Detalhe: ela levou as fotos pra escola e muitas crianças da classe nem sabiam desse museu a céu aberto - apesar de terem nascido naquela cidade)
Esse post participa da blogagem coletiva de fotos sobre educação do Moça de Família. Mas eu tinha que escrever, não só postar foto... desculpa Dani!
Todo começo de ano, eu escolho com carinho a escola que meus filhos vão frequentar. E eu me envolvo!!! Vou às reuniões de pais, participo como convidada de "aulas especiais", assisto a todas as apresentações (seja teatro, flauta, ballet, futebol), eu estudo junto pras provas (ou eu cobro os estudos) e dou o maior incentivo pras campanhas sociais. Afinal, se a escola que eu escolhi oferece algo além de aulas de matemática, português e cia, se ela orienta meus filhos (futuros cidadãos) a serem solidários, responsáveis pelo meio ambiente, auxiliadores, por que não apoiar??? Afinal, as crianças seguem mais o que você FAZ do que o que você FALA. Fato. Eu era assim, por que meus filhos não seriam?
Quantas vezes você já ouviu uma criança dizer "minha mãe mandou eu fazer isso, mas ELA não faz!"? Ou já viu pais que ensinam a criança a falarem a verdade e mandam os mesmos filhos dizerem que "eles não estão em casa", se não querem atender o telefone? Ou viu filhos de músicos (que curtem trabalhar com música) que se interessam por instrumentos musicais? Exemplos são muitos, mas a conclusão é bem parecida: se VOCÊ demonstra interesse em algo, se você se comporta de determinada maneira, seus filhos tendem a te imitar! É a velha estória dos pais serem os primeiros superheróis dos filhos! Se eles te admiram, se eles vêem a sua empolgação e dedicação, se você demonstra pra eles que aquilo é importante / legal / interessante, eles vão te seguir.
Por isso, eu leio livros com eles e para eles, eu os levo a museus, eu exploro uma praia contando a história daquele lugar, eu abro uma flor e estudo as partes dela (quando é isso que eles estão aprendendo na escola), eu olho com cuidado e elogio as primeiras letras, eu demonstro importância por tudo o que eles estão aprendendo. Eu me envolvo e tento trazer o aprendizado da sala de aula para a vida real, porque tudo fica mais interessante quando você pode VIVER o que você aprende.
Educação (só no sentido escolar, tá? Educação de "berço" é coisa pra outro post...) não é coisa só da escola! Se o colégio que você escolheu faz a parte dele, faça a sua: se envolva, participe, leve seu filho pra viajar pra "ensinar" história, vá com ele pra cozinha "estudar" ciências e matemática, incentive que ele escreva estórias pra "praticar" português. Garanto que os resultados vão compensar!
(Nina, com 5 anos, "explorando" as pegadas de dinossauros na cidade onde a gente foi morar. Detalhe: ela levou as fotos pra escola e muitas crianças da classe nem sabiam desse museu a céu aberto - apesar de terem nascido naquela cidade)
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013
A encantada (a casa de Santos Dumont)
Eu nem sabia disso, quando decidi conhecer Petrópolis - RJ. Mas lá está "A Encantada", casa projetada por Alberto Santos Dumont. Só não foi construída por ele porque... ele tinha amigos engenheiros e arquitetos. Mas, diz a história que ele esteve lá, presente, em todos os momentos da construção! A casa é pequenina, em 2 andares tipo "loft", e está aberta à visitação. A geografia do local escolhido não permitiu que ela fosse uma casa "acessível" a todos (tem escadas dentro e fora. Muitas!)... mas vale a visita!!!
Curiosidades:
1 - a escada desenhada para espaços pequenos - um degrau para cada pé! Detalhe: começando com o pé direito (a exterior. Porém, a escada interior começa com o pé esquerdo para dar continuidade à outra, que terminou com o pé direito).
2 - ele nunca se casou, nem teve filhos. Então, a casa foi desenhada só para ele. E tem um observatório do lado de fora!
3 - são apenas três cabides porque ele tinha apenas 3 ternos, que usava 3 vezes cada. Quando acabava o ritual, trocava por 3 novos!
4 - o chuveiro tinha água aquecida por um sistema que ele mesmo inventou, utilizando álcool.
E você, que curiosidades sabe sobre Santos Dumont?
Curiosidades:
1 - a escada desenhada para espaços pequenos - um degrau para cada pé! Detalhe: começando com o pé direito (a exterior. Porém, a escada interior começa com o pé esquerdo para dar continuidade à outra, que terminou com o pé direito).
2 - ele nunca se casou, nem teve filhos. Então, a casa foi desenhada só para ele. E tem um observatório do lado de fora!
3 - são apenas três cabides porque ele tinha apenas 3 ternos, que usava 3 vezes cada. Quando acabava o ritual, trocava por 3 novos!
4 - o chuveiro tinha água aquecida por um sistema que ele mesmo inventou, utilizando álcool.
E você, que curiosidades sabe sobre Santos Dumont?
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Too far... too long...
Oi pessoas. Nem vou começar todo o blá-blá-blá e tentar explicar o meu "sumiço virtual". Um trabalho novo, uma família nova, uma casa nova, uma VIDA nova pra gerenciar consomem tempo e energia. Mas vocês já sabem de tudo isso...
A verdade é que aconteceram algumas coisas na minha vida que exigiram minha presença real (e impediram minha dedicação virtual). Às vezes acontece... na vida de qualquer um. Coisas muitos boas e coisas muito ruins. Fatos que você quer lembrar pra sempre e lembranças que você preferiria nunca ter tido. Quem nunca passou por isso?
De qualquer forma, quando as emoções são intensas demais, o melhor que você tem a fazer é gerencia-las, tentar entendê-las, adaptar-se às mudanças que, por vezes, nos são impostas, reter o que você acha que é benéfico e seguir. Se forem sentimentos bons, divida! Isso só faz a alegria se multiplicar. Se forem sensações ruins, não espalhe... porque isso contamina... E, se for pra fazer o dia de vocês ficar mais triste, honestamente?, eu "passo". Prefiro não!
Talvez, agora, eu esteja escrevendo pra ninguém ler (pois vocês podem ter se cansado de vir até aqui e não encontrar um post novo e vibrante, cheio de fotos, etc e tal)... e eu sei, eu bem sei, que eu fiquei muito longe, por muito tempo. Mas, ontem, como quem não quer nada, eu acabei lendo um post que eu mesma escrevi, há tempos atrás. E me fez muito bem! Era uma mensagem tão positiva, tão empolgante, tão tão tão, que eu nem acreditei que era minha a autoria! E pensei que queria ser aquela pessoa, de novo. E queria continuar a escrever. Pra, quem sabe, no futuro, ajudar e incentivar alguém!!! Nem que esse alguém fosse só eu mesma!
Bjos, bênçãos e preparem-se para novidades!
I´m back, babies!!!
Mirys
PS: um "obrigada" do tamanho do muuuuuuuuuuuuuundo, pra quem ainda está por aqui, me esperando voltar, só pra deixar um oizinho de benvinda de volta. Vocês são ótimos!!!
A verdade é que aconteceram algumas coisas na minha vida que exigiram minha presença real (e impediram minha dedicação virtual). Às vezes acontece... na vida de qualquer um. Coisas muitos boas e coisas muito ruins. Fatos que você quer lembrar pra sempre e lembranças que você preferiria nunca ter tido. Quem nunca passou por isso?
De qualquer forma, quando as emoções são intensas demais, o melhor que você tem a fazer é gerencia-las, tentar entendê-las, adaptar-se às mudanças que, por vezes, nos são impostas, reter o que você acha que é benéfico e seguir. Se forem sentimentos bons, divida! Isso só faz a alegria se multiplicar. Se forem sensações ruins, não espalhe... porque isso contamina... E, se for pra fazer o dia de vocês ficar mais triste, honestamente?, eu "passo". Prefiro não!
Talvez, agora, eu esteja escrevendo pra ninguém ler (pois vocês podem ter se cansado de vir até aqui e não encontrar um post novo e vibrante, cheio de fotos, etc e tal)... e eu sei, eu bem sei, que eu fiquei muito longe, por muito tempo. Mas, ontem, como quem não quer nada, eu acabei lendo um post que eu mesma escrevi, há tempos atrás. E me fez muito bem! Era uma mensagem tão positiva, tão empolgante, tão tão tão, que eu nem acreditei que era minha a autoria! E pensei que queria ser aquela pessoa, de novo. E queria continuar a escrever. Pra, quem sabe, no futuro, ajudar e incentivar alguém!!! Nem que esse alguém fosse só eu mesma!
Bjos, bênçãos e preparem-se para novidades!
I´m back, babies!!!
Mirys
PS: um "obrigada" do tamanho do muuuuuuuuuuuuuundo, pra quem ainda está por aqui, me esperando voltar, só pra deixar um oizinho de benvinda de volta. Vocês são ótimos!!!
terça-feira, 8 de outubro de 2013
BC Foto - para onde meus pés me levam
Hoje, a Daninha (do delicioso "Moça de Família"), nos convidou para uma blogagem coletiva nova: de fotografia. E o tema do dia é: "seus pés, apontando pra alguma coisa". Poxa, Dani!!! Eu tenho guardadas fotos minhas com o marido de TODOS os lugares para onde a gente vai, desse jeitinho que você pediu! Tenho até uma pasta exclusiva no face chamada "por onde for quero ser seu par"!
(foto dos nossos sapatos do dia do casamento - pra começar bem o álbum de fotos)
Amiga... ficou fácil!
Difícil vai ser escolher UMA FOTO pra colocar na sua bc...
(foto dos nossos sapatos do dia do casamento - pra começar bem o álbum de fotos)
Amiga... ficou fácil!
Difícil vai ser escolher UMA FOTO pra colocar na sua bc...
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