Pra quem me acompanha faz tempo, peço desculpas por contar a mesma estória (com uma nova visão, mas a mesma). Pra quem chegou agora, seja benvindo, puxe uma cadeira, pegue uma xícara de chá e me dê 5 minutos do seu tempo. Porque eu quero falar do blog.
O Diário começou numa necessidade apressada de registrar a minha história de vida para os meus filhos, depois de um acidente que tirou a chance do primeiro pai deles fazer isso, um dia. Ele não estava mais aqui e não poderia contar mais nada. E se acontecesse a mesma coisa comigo? E se eu também não tivesse tempo? Como as crianças iriam saber de tudo que eu gostaria que elas soubessem? Assim, na pressa, comecei a escrever este blog.
Mas, o Diário virou terapia. Não só minha: mas de muita gente que passava por momentos ruins, por dores, por lutos, por lutas. Conheci e conversei com muitas pessoas que se identificavam com a minha aflição e que buscavam o que eu também buscava: referências. Alguém que te fizesse sentir que não estava só, que você não era a única no mundo a passar por aquilo, que existia vida depois da morte.
E, no meio dessa turbulência toda, a vida mudou, as crianças mudaram, eu mudei. O Diário foi só um espelho disso tudo. Mudou, também. Teve texto sobre amadurecimento, sobre escola, sobre decoração de festa, sobre campanha social. Não era mais só luto e dor. Já era sobre transformação! De repente, os textos eram lidos por 2.000 pessoas por dia e eu não tinha mais controle de quem eles tocavam.
Após alguns anos, quando a nossa vida foi mudar, de novo, a gente já tinha “torcida organizada”! Tínhamos AMIGOS virtuais, novos amigos reais, leitores de lugares que a gente nem imaginava... e todos torciam por nós!
Quando o H chegou (e chegou pra ficar – obrigada, Deus!), ele mudou tudo! Trouxe paixão e amor pras nossas vidas, acrescentou aventura, aumentou o número de crianças de casa, duplicou o número de casas pra gente morar, e mudou, de novo, o tipo de post e o nome do blog. Ele mudou a minha (a nossa) direção!
Se a arte imita a vida... pois é... a minha está uma bagunça, atualmente. Mas o MELHOR TIPO DE BAGUNÇA QUE EU PODERIA QUERER! Tenho um marido piloto de aviões que não conhece rotina, tenho 4 crianças lindas (que eu amo demais) com 4 idades e personalidades e necessidades e momentos de vida diferentes, tenho um papel novo pra desempenhar (o de madrasta), tenho uma família nova (e meus filhos têm 3 pares de avós), tenho um trabalho novo (pois é... até isso eu mudei), tenho hobbies novos (e resgatei os antigos), tenho assuntos novos. E eu preciso de um blog novo! Um lugar que não vai ser mais escrito por mim, pelo Guigo ou pela Nina, porque não somos mais só nós 3. Um espaço que não fale mais de coisas incomuns (tipo viuvez precoce), mas onde eu possa conversar com vocês sobre desafios, dores e amores mais normais. Um endereço de internet que reflita melhor a Miriane que eu sou hoje: mais completa, mais feliz, mais amada, mais mãe, mais madura, mais bagunçada!
E eu escolhi hoje, o dia do meu aniversário, pra fazer o blog novo “nascer”, também! Meu melhor presente seria você me fazer uma visita por lá, na minha nova casa virtual. Você vai ver que o novo blog será 1 Bagunça do tipo Deliciosa!!!
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Instadesafio dos dias 2, 3 e 4: folha, sorriso e pés
Quer praticar fotografia pro instagram? Participe do desafio "30 dias de foto"! Pense numa foto para cada tema e se divirta sendo criativo!
Instadesafio do dia 2: folha
Instadesafio do dia 3: sorriso
Instadesafio do dia 4: pés
E, toda sexta-feira, tem dica de fotografia, aqui no blog! Rodada especial sobre o Instagram!!!
Instadesafio do dia 2: folha
Instadesafio do dia 3: sorriso
Instadesafio do dia 4: pés
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domingo, 3 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Dica de Fotografia - Instagram
É fato: o Instagram virou febre de 10 entre 10 pessoas que gostam de fotografia! É um aplicativo para celulares, tables, etc, que permite compartilhar, de maneira instantânea, suas imagens com todo o mundo. E todos que te seguem vão ver suas fotos!!! (meu insta é @mirianesegalla - fique beeeeem a vontade para me seguir, tá?). Nessa mídia, tudo o que você coloca com um # na frente fica "marcado" como sendo daquele "conjunto de imagens" e, depois, você pode selecioná-las por conjuntos. Exemplo: em algumas fotos minhas, eu coloco o #diariodos3mosqueteiros e são essas (e só essas) que vêm pra cá, para o lado esquerdo do seu monitor, bem no início do blog. (se quiser ver todas as minhas fotos do insta, vá para http://instagram.com/mirianesegalla).
Só que o programa criou um novo jeito de "pensar" a fotografia: de forma quadrada!!! Sabe aquelas fotos de antigamente, da sua avó ou dos seus pais? Pois é... hoje, elas são SUPER NA MODA, pois são quadradas, amareladas e com bordas! Totalmente Instagram!
DICA DE FOTOGRAFIA # 33 - INSTAGRAM (pra participar coloque #docenovembrofoto)
A principal diferença dessas imagens pras fotos das câmeras "normais" é o formato. Aprenda a pensar quadrado! E lembre-se de que, nem sempre, a regra dos terços vai ser permitida aqui... Então, aprenda a "ver" a imagem final ANTES de clicar, para que você consiga o que quer (porque, para colocar no insta, você vai cortar sua foto retangular).
Bordas: além do recorte quadrado que você vai fazer na sua foto, a grande maioria delas, depois, vai ter borda. Então, evite deixar as coisas principais muito próximas da beirada ou lembre-se de RETIRAR a borda, em algumas imagens (pra ela não passar bem no meio do rosto de alguém, por exemplo).
É verdade, você tem mil efeitos pra usar, no Instagram. No modo básico! Isso se você não radicalizar (como eu) e se apaixonar por programas desenvolvidos só pro Insta, que permitem bordas diferentes, textos sobre as imagens, troca de cores, etc.
De qualquer maneira, as imagens que mais "pegam", no instagram, são aquelas do tipo minimalista (lembre dessa dica aqui), que trazem 1 ou poucas informações. E, geralmente, as mais claras! Então, atenção com a LUZ!
Agora, como em QUALQUER TIPO DE FOTOGRAFIA, PRA VOCÊ FICAR BOM VOCÊ TEM QUE PRATICAR! Vamos praticar??? Pra te ajudar, eu lanço um desafio: #docenovembrofoto. Porque uma imagem bonita, às vezes, é sorte. Mas uma imagem bonita que você PENSOU em fazer de determinada forma é arte, é fotografia, é você mandando bem pra caramba! Só por isso, eu coloquei um "tema" pra cada dia do mês - pra você TREINAR o seu olhar! Pra você PENSAR numa foto, com aquele tema, por 30 dias (porque tirar foto de gente é diferente de foto de prédios, que é diferente de foto de natureza. Você vai ver!). Só não se esqueça de colocar #docenovembrofoto nas suas imagens, para elas virem parar aqui!
Por que novembro??? Porque é o "meu mês"! E porque é lindo, né?
Vai, me dá um presente de aniversário e participa do desafio, vai????
Só que o programa criou um novo jeito de "pensar" a fotografia: de forma quadrada!!! Sabe aquelas fotos de antigamente, da sua avó ou dos seus pais? Pois é... hoje, elas são SUPER NA MODA, pois são quadradas, amareladas e com bordas! Totalmente Instagram!
DICA DE FOTOGRAFIA # 33 - INSTAGRAM (pra participar coloque #docenovembrofoto)
A principal diferença dessas imagens pras fotos das câmeras "normais" é o formato. Aprenda a pensar quadrado! E lembre-se de que, nem sempre, a regra dos terços vai ser permitida aqui... Então, aprenda a "ver" a imagem final ANTES de clicar, para que você consiga o que quer (porque, para colocar no insta, você vai cortar sua foto retangular).
Bordas: além do recorte quadrado que você vai fazer na sua foto, a grande maioria delas, depois, vai ter borda. Então, evite deixar as coisas principais muito próximas da beirada ou lembre-se de RETIRAR a borda, em algumas imagens (pra ela não passar bem no meio do rosto de alguém, por exemplo).
É verdade, você tem mil efeitos pra usar, no Instagram. No modo básico! Isso se você não radicalizar (como eu) e se apaixonar por programas desenvolvidos só pro Insta, que permitem bordas diferentes, textos sobre as imagens, troca de cores, etc.
De qualquer maneira, as imagens que mais "pegam", no instagram, são aquelas do tipo minimalista (lembre dessa dica aqui), que trazem 1 ou poucas informações. E, geralmente, as mais claras! Então, atenção com a LUZ!
Agora, como em QUALQUER TIPO DE FOTOGRAFIA, PRA VOCÊ FICAR BOM VOCÊ TEM QUE PRATICAR! Vamos praticar??? Pra te ajudar, eu lanço um desafio: #docenovembrofoto. Porque uma imagem bonita, às vezes, é sorte. Mas uma imagem bonita que você PENSOU em fazer de determinada forma é arte, é fotografia, é você mandando bem pra caramba! Só por isso, eu coloquei um "tema" pra cada dia do mês - pra você TREINAR o seu olhar! Pra você PENSAR numa foto, com aquele tema, por 30 dias (porque tirar foto de gente é diferente de foto de prédios, que é diferente de foto de natureza. Você vai ver!). Só não se esqueça de colocar #docenovembrofoto nas suas imagens, para elas virem parar aqui!
Por que novembro??? Porque é o "meu mês"! E porque é lindo, né?
Vai, me dá um presente de aniversário e participa do desafio, vai????
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quinta-feira, 31 de outubro de 2013
BC Musical - cena de filme
Eu sou mo-vi-da a filmes! Adoro, adoro, adoro! Eu + um pacote de pipocas + uma tela gigante somos um trio imbatível, capaz de passarmos hooooooras juntos, sem o menor problema (a não ser que o 2o elemento não vai resistir por hoooooooras). Pra ficar melhor, só a companhia incrível do H (ai, o amor...) ou das crianças!
Então, quando a BC Musical falou em "cena de filme", eu imediatamente pensei nessa: Dirty Dancing - The Time of My Life. Tem algo mais clássico? Não, não tem.
(video Dirty Dancing)
(letra e música)
Só que eu tenho certeza absoluta que um monte de gente vai ter a mesmíssima ideia pra BC. Por isso, decidi colocar uma segunda (mas não menos interessante e clássica) opção aqui: Encantada - E é assim que vai saber. O que???? Você ainda não assistiu Encantada???? Você ainda não riu do desespero do mocinho tentando mostrar pra princesa perdida que a vida real não é um conto de fadas??? Que ela não pode cantar no meio da rua, nem falar com animaizinhos? Você ainda não descobriu que era ela, na verdade, que estava certa (e a gente pode fazer da nossa vida um conto de fadas, se quiser)????? Boralá! Depois me conta!
(video Encantada)
(música e letra Encantada)
"Mostre que não está sozinha, Não ache que ela adivinha, Faça com que ela sinta e acredite que a ama"
PS: e, amanhã é sexta, people!!! Tem "DICA DE FOTOGRAFIA", aqui no Diário! Quer dar um up nas suas fotos? Quer trocar ideias??? Apareça! Vou estar te esperando.
Então, quando a BC Musical falou em "cena de filme", eu imediatamente pensei nessa: Dirty Dancing - The Time of My Life. Tem algo mais clássico? Não, não tem.
(video Dirty Dancing)
(letra e música)
Só que eu tenho certeza absoluta que um monte de gente vai ter a mesmíssima ideia pra BC. Por isso, decidi colocar uma segunda (mas não menos interessante e clássica) opção aqui: Encantada - E é assim que vai saber. O que???? Você ainda não assistiu Encantada???? Você ainda não riu do desespero do mocinho tentando mostrar pra princesa perdida que a vida real não é um conto de fadas??? Que ela não pode cantar no meio da rua, nem falar com animaizinhos? Você ainda não descobriu que era ela, na verdade, que estava certa (e a gente pode fazer da nossa vida um conto de fadas, se quiser)????? Boralá! Depois me conta!
(video Encantada)
(música e letra Encantada)
"Mostre que não está sozinha, Não ache que ela adivinha, Faça com que ela sinta e acredite que a ama"
PS: e, amanhã é sexta, people!!! Tem "DICA DE FOTOGRAFIA", aqui no Diário! Quer dar um up nas suas fotos? Quer trocar ideias??? Apareça! Vou estar te esperando.
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Desobediência...
Pois é... crianças tendem a imitar comportamentos umas das outras. Pra serem "legais". Pra entrarem "nos grupos". Pra socializar. Uma dose homeopática do que vai acontecer na adolescência, com zero revolta (ufa, ufa, ufa), mas tá lá. Alguém fez algo incomum, elas também fazem. Se o amigo do lado come ervilhas e palmitos, a tendência é que o seu filho, aquele mesmo que nuuuuuuuuuuunca come essas coisas em casa, vá acabar engolindo algumas bolinhas verdes, também, só pro amigo ver que ele também gosta. Que são "iguais". Que se identificam. Pelo mesmo motivo, você vai buscar aquela sua filha super ultra mega max tímida numa festinha "só pra crianças" e o pessoal do salão diz que nunca viu uma criança dançar tanto quanto ela!
Só que, se isso vale para o lado bom, aventureiro, desbravador da vida (ervilhas que o digam!), vale para o ruim, também. Você passa dias e dias tentando ensinar aquela letra linda, daquela música belíssima, que você ouvia desde criança, para a sua filha... e nada. Mas, em meia hora de terapia intensiva de funk, ops, digo meia hora na casa daquela coleguinha da escola sem a supervisão dos pais da pequena, sua filha já saberá cantar d-e-c-o-r o último hit da DJ (oi?) do momento. E vai saber a coreografia completa! Pre-pa-ra!
Pra minha sorte, as crianças daqui de casa sempre tiveram um espírito de liderança - mais fácil eles ensinarem coisas pros outros do que vice-versa. Pro azar deles, eles têm uma mãe "chata". Daquelas bem antiquadas, bem caretas (existe essa palavra, ainda?), que exige que seus filhos façam pedidos seguidos de "por favor", que impõe um "obrigado/a" depois de receberem uma gentileza, que não admite grosseria com os outros. Coisa bem antiga, eu sei. Quase ultrapassada. Mas, fazer o que? Foi a mãe que eles ganharam no sorteio do céu... Até imagino como foi essa definição no céu, quando as famílias eram montadas: "huuummm... onde temos uma mãe bem exigente para essas crianças?... huuummm... Há! Achei! Ali! Essas crianças vão pra Miriane!"
E, pra completar a minha versão mãe impossível, eu ainda espero obediência. Vejam quanta radicalidade e ousadia, da minha parte! Mas, aqui em casa, as coisas são assim: o "sim" significa "sim", o "não" significa "não". E eu não falo 1.453.697.402 vezes a mesma coisa. Ensino, explico, ensino, explico, ensino, explico. E, na hora do vamovê, eu ESPERO que eles se lembrem do que ensinei e expliquei.
Acontece que, quanto mais eles crescem, mais crescem seus vínculos com outras pessoas e o aprendizado sobre a vida começa a ter outros professores. E eu tive um probleminha com a Nina... Ela, que sempre foi uma menininha adorável, que já tinha deixado o chorôrô pra trás há tempos, que era bastante obediente e educada, deu pra imitar outros exemplos e "desaprendeu" o básico.
"Filha, já está na hora de dormir. Suba, coloque seu pijama, escove seus dentes, que eu já vou em 10 minutos te contar uma estória." E, quando 10 minutos depois eu subia a escada, lá estava ela, assistindo televisão, vestida da mesmíssima forma de antes, com as bactérias (ou seriam micróbios?) brincando de ciranda-cirandinha dentro da boca dela. "Helena!"
"Filha, agora é a hora de fazer sua tarefa. Pegue seu material, enquanto eu coloco a janta no forno, e venha pra mesa" era o mesmo que dizer "faça o que VOCÊ quiser, na hora em que VOCÊ quiser, porque a tarefa não é importante e ser obediente é coisa de gente boba que não tem o que fazer". E aí de mim se perguntasse "por que você ainda não pegou seu material, filha?", mesmo se fosse 50 minutos depois. Eu ouvia reclamações...
A coisa foi, foi, foi, até que não dava pra ir mais (pra frente, pelo menos, não) e eu a chamei pra uma conversa de mulher pra mulher ("maríiisaaaaaa"). "Filhota, isso não está legal. Você está se tornando uma menina desobediente e reclamona e eu não queria você assim. Cadê aquela minha filha antiga?" Falei da importância de obedecer para aprender e crescer. Falei da minha responsabilidade como mãe de criá-la (o que significa ser chata, algumas vezes). Falei da Bíblia, do que ela aprende na igreja, do meu exemplo com os avós dela (coisas que são válidas aqui em casa - talvez vocês tenham outras referências, nas suas). Falei de como nosso relacionamento era mais fácil e mais gostoso, quando ela me obedecia, a gente fazia o que tinha que fazer rapidinho e sobrava tempo pro que a gente QUERIA fazer. "Era mesmo..." Perguntei se ela gostava de ficar do lado de um amigo que só reclama e bufa pra vida. "Não. Claro que não. É chato, né mamãe?" É filha, é chato.
Conversamos na manhã do domingo, quando eu percebi que o caldo ia entornar.
E, no final do dia, quando eu estava lá fora de casa, pois tinha acabado de me despedir da avó das crianças, a Nina chegou. Abraçou a minha cintura, olhou pra cima e fez duas perguntas honestas: "E aí, mamãe, eu obedeci, hoje? Está orgulhosa de mim?" Sim e sim. Fácil, assim.
Duas semanas depois, eu ainda tenho minha filha na versão meiga, agradável e obediente por perto. Tomara que essa seja a versão 2014, 2015, 2000esempre dela. Ser mãe dá trabalho, cansa, exige paciência. Mas vale BEM a pena!!!
Só que, se isso vale para o lado bom, aventureiro, desbravador da vida (ervilhas que o digam!), vale para o ruim, também. Você passa dias e dias tentando ensinar aquela letra linda, daquela música belíssima, que você ouvia desde criança, para a sua filha... e nada. Mas, em meia hora de terapia intensiva de funk, ops, digo meia hora na casa daquela coleguinha da escola sem a supervisão dos pais da pequena, sua filha já saberá cantar d-e-c-o-r o último hit da DJ (oi?) do momento. E vai saber a coreografia completa! Pre-pa-ra!
Pra minha sorte, as crianças daqui de casa sempre tiveram um espírito de liderança - mais fácil eles ensinarem coisas pros outros do que vice-versa. Pro azar deles, eles têm uma mãe "chata". Daquelas bem antiquadas, bem caretas (existe essa palavra, ainda?), que exige que seus filhos façam pedidos seguidos de "por favor", que impõe um "obrigado/a" depois de receberem uma gentileza, que não admite grosseria com os outros. Coisa bem antiga, eu sei. Quase ultrapassada. Mas, fazer o que? Foi a mãe que eles ganharam no sorteio do céu... Até imagino como foi essa definição no céu, quando as famílias eram montadas: "huuummm... onde temos uma mãe bem exigente para essas crianças?... huuummm... Há! Achei! Ali! Essas crianças vão pra Miriane!"
E, pra completar a minha versão mãe impossível, eu ainda espero obediência. Vejam quanta radicalidade e ousadia, da minha parte! Mas, aqui em casa, as coisas são assim: o "sim" significa "sim", o "não" significa "não". E eu não falo 1.453.697.402 vezes a mesma coisa. Ensino, explico, ensino, explico, ensino, explico. E, na hora do vamovê, eu ESPERO que eles se lembrem do que ensinei e expliquei.
Acontece que, quanto mais eles crescem, mais crescem seus vínculos com outras pessoas e o aprendizado sobre a vida começa a ter outros professores. E eu tive um probleminha com a Nina... Ela, que sempre foi uma menininha adorável, que já tinha deixado o chorôrô pra trás há tempos, que era bastante obediente e educada, deu pra imitar outros exemplos e "desaprendeu" o básico.
"Filha, já está na hora de dormir. Suba, coloque seu pijama, escove seus dentes, que eu já vou em 10 minutos te contar uma estória." E, quando 10 minutos depois eu subia a escada, lá estava ela, assistindo televisão, vestida da mesmíssima forma de antes, com as bactérias (ou seriam micróbios?) brincando de ciranda-cirandinha dentro da boca dela. "Helena!"
"Filha, agora é a hora de fazer sua tarefa. Pegue seu material, enquanto eu coloco a janta no forno, e venha pra mesa" era o mesmo que dizer "faça o que VOCÊ quiser, na hora em que VOCÊ quiser, porque a tarefa não é importante e ser obediente é coisa de gente boba que não tem o que fazer". E aí de mim se perguntasse "por que você ainda não pegou seu material, filha?", mesmo se fosse 50 minutos depois. Eu ouvia reclamações...
A coisa foi, foi, foi, até que não dava pra ir mais (pra frente, pelo menos, não) e eu a chamei pra uma conversa de mulher pra mulher ("maríiisaaaaaa"). "Filhota, isso não está legal. Você está se tornando uma menina desobediente e reclamona e eu não queria você assim. Cadê aquela minha filha antiga?" Falei da importância de obedecer para aprender e crescer. Falei da minha responsabilidade como mãe de criá-la (o que significa ser chata, algumas vezes). Falei da Bíblia, do que ela aprende na igreja, do meu exemplo com os avós dela (coisas que são válidas aqui em casa - talvez vocês tenham outras referências, nas suas). Falei de como nosso relacionamento era mais fácil e mais gostoso, quando ela me obedecia, a gente fazia o que tinha que fazer rapidinho e sobrava tempo pro que a gente QUERIA fazer. "Era mesmo..." Perguntei se ela gostava de ficar do lado de um amigo que só reclama e bufa pra vida. "Não. Claro que não. É chato, né mamãe?" É filha, é chato.
Conversamos na manhã do domingo, quando eu percebi que o caldo ia entornar.
E, no final do dia, quando eu estava lá fora de casa, pois tinha acabado de me despedir da avó das crianças, a Nina chegou. Abraçou a minha cintura, olhou pra cima e fez duas perguntas honestas: "E aí, mamãe, eu obedeci, hoje? Está orgulhosa de mim?" Sim e sim. Fácil, assim.
Duas semanas depois, eu ainda tenho minha filha na versão meiga, agradável e obediente por perto. Tomara que essa seja a versão 2014, 2015, 2000esempre dela. Ser mãe dá trabalho, cansa, exige paciência. Mas vale BEM a pena!!!
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Dica de fotografia #32 - Minimalismo
Eu admiro muito quem consegue transmitir tanta estória, com tão pouco! É uma arte! Por isso, se você quer impressionar os amigos e fazer bonito nas fotos das próximas férias, pense seriamente em restringir-se ao mínimo necessário!!! Como assim?
DICA DE FOTOGRAFIA #32 - MINIMALISMO
Às vezes, basta UM tijolo pra contar a tradição de uma catedral... uma lágrima para transmitir toda a dor que se sente... uma cor reinando única para criar um impacto visual! Lembre-se, às vezes, menos É mais!!!
Eu só sei que, de vez em quando, é melhor não contar e-xa-ta-men-te as coisas e deixar algum lugar pra imaginação...
Eu gosto! E você?
DICA DE FOTOGRAFIA #32 - MINIMALISMO
Às vezes, basta UM tijolo pra contar a tradição de uma catedral... uma lágrima para transmitir toda a dor que se sente... uma cor reinando única para criar um impacto visual! Lembre-se, às vezes, menos É mais!!!
Eu só sei que, de vez em quando, é melhor não contar e-xa-ta-men-te as coisas e deixar algum lugar pra imaginação...
Eu gosto! E você?
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
É assustador...
Ontem, choveu por aqui. A chuva até que foi fraca. Mas o vento... Era impossível encostar a porta do escritório (tivemos que tranca-la) ou caminhar na rua normalmente. Durou 15 minutos. 20, no máximo. Como deu o horário de buscar as crianças na escola e o pior já tinha passado, eu peguei o carro e fui.
No caminho, uma loucura. Folhas de árvore cobriam TODO o asfalto, junto com alguns galhos secos que se espalhavam pela avenida. Galhos e árvores inteiros tinham sido derrubados. Outdoors estavam caídos, no meio da rua, transformando 3 pistas em uma só. O telhado de um posto, que ficava bem na esquina de duas avenidas, dobrou ao meio! E um pedaço dele voou e aterrizou sobre carros que estavam estacionados por ali.
5 minutinhos depois, eu já estava na porta da escola. Nem chovia mais (o vento foi tão forte que levou a chuva pra longe). As crianças entraram no carro normalmente, me contaram sobre o dia delas como se tivesse sido super normal e nós fomos pra nossa casa, do jeito de sempre. Chegando no prédio, percebemos que a parte comum tinha sido parcialmente destruída... telhados retirados, quebrados, torcidos, lâmpadas pendendo nos fios, "todas as folhas" do jardim se alojando na escada da garagem. É assustador perceber quantas mudanças podem acontecer em tão pouco tempo.
E foi inevitável pensar que algumas coisas nessa vida são assim, como esse vento: rápidas, passageiras, mas tão intensas que te deixam perguntando "o que foi que aconteceu?", até que consiga entender. Ou aceitar. Ás vezes, algumas decisões tomadas em minutos vão mostrar suas consequências por muito tempo. Às vezes, os fatos são tão intensos que você nunca mais será a mesma pessoa.
Porque os galhos e as folhas vão nascer nas árvores, de novo. Alguém vai levantar e consertar o outdoor e o telhado do posto. Os telhados das casas vão ser trocados. E a vida seguirá como se nada tivesse acontecido. Mas serão novos galhos, novas folhas, novos telhados. Talvez melhores, mais resistentes; talvez piores. Mas nunca iguais.
Por isso, quando um vendaval passa na sua vida você se torna outra pessoa - talvez mais assustada, talvez mais forte, talvez mais desconfiada, talvez mais desprendida. Mas, tomara que você perceba que, independentemente da sua vontade, você será outra pessoa - e queira ser uma pessoa MELHOR.
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sábado, 19 de outubro de 2013
Viaje pro Uruguai! - San Jose
A cidadezinha de San Jose fica no meio do caminho de Montevideo (a capital) e Colonia del Sacramento (a oeste). É pequena e é fácil percorre-la em pouco tempo. Mas vale a parada!!! Para comer um chocolate artesanal na lojinha embaixo do teatro, para admirar a catedral (tão antiga quanto não preservada), para andar nas praças charmosas, para conhecer o Parque Rodó e o Kartódromo onde Airton Senna ganhou sua primeira corrida internacional de kart!
Se eu consegui essas fotos num dia chuvoso e frio, quando estava (quase) tudo fechado... imagina o que você não consegue se der sorte e encontrar o sol por lá!
Se eu consegui essas fotos num dia chuvoso e frio, quando estava (quase) tudo fechado... imagina o que você não consegue se der sorte e encontrar o sol por lá!
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