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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não lavo mais o carro!!! (Diário da Mirys)

(leia correndo porque foi assim que aconteceu)

Estaciona o carro. Pega elevador. Todo mundo pro banho!!! Mamãe prepara as tarefas. Roupas separadas. Sai do banho, enxuga e veste. Arruma cabelos. Supervisiona tarefas. Vamos pessoal, ânimo!!! Traz água porque os "tarefeiros" tem sede. Embrulha presentes. Confere tarefas. Guarda material da escola. Pega elevador. Todo mundo pro carro!!!

E, no meio da correria, ela para no vidro de trás do automóvel:






E, agora, me diz: QUEM É QUE TEM CORAGEM DE LEVAR O CARRO PRA LAVAR, NO FINAL DE SEMANA???? QUEM?????


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Consumismo! (Diário da Nina)

"UM (PRODUTO) ENTRA, UM SAI!"

Nós temos essa regrinha lá em casa. Quer um vestido novo? Um brinquedo novo? Uma bolsa nova? Então tá, a mãmi compra. MAS... um (novo) entra e um (velho) sai!

Tudo começou quando a mãmi percebeu que o papai tinha cerca de 40 camisetas e 08 pares de tenis. E ele era advogado!!!! Ficava 5 dias por semana vestido de terno, gravata e sapato social! Nos 2 dias restantes, se ficava em casa, não usava camisetas e preferia um chinelo aos tênis. Ou seja: todas aquelas coisas que existiam no armário dele eram usadas umas 2 vezes por semana, no máximo!!! Se eles saíssem de sábado e de domingo. Talvez 3 vezes... se aparecesse algum amigo para fazer um churrasquinho em casa (o que era bem comum, verdade seja dita, mãmi!).

O pior é que todo mundo, todo mundo mesmo, que tem muitas coisas, escolhe suas 2 ou 3 preferidas e sempre usa as mesmas! Não é verdade??? Eu tenho vários vestidos, mas, se a mãmi não interferir, uso sempre sempre sempre um dos 4 vestidos rosas! Todos os dias! Se fizer frio, então, piorou: eu quero usar, todo dia, o mesmo vestido de frio. Rosa. Claro! No caso do papai, eram sempre as mesmas 2 camisetas e os 2 pares de tênis prediletos (deixando as outras 38 camisetas e os outros 6 pares de tênis tomando pó no armário!).

Então, quando o pápa cismava de comprar uma camiseta nova ou um lindo par de tênis, a mãmi logo perguntava: "e qual nós vamos dar embora???? Porque, Fer, seja razoável... ninguém pre-ci-sa de 08 pares de tênis para sobreviver!"

Ele fazia bico, implicava, insistia nas coisas preciosas dele! Muitas vezes, brigava com essa "teoria" da mamãe e não passava nada pra frente. Até que a gente chegou!!! E fez aniversário!!! E ganhou 1.430.596.592.386 brinquedos no primeiro aniversário! Sim, porque as roupas e sapatos nossos o papai aceitava doar, sem qualquer problema, porque as coisas paravam de servir. Mas, brinquedo não tem tamanho! E, de repente, a casa ficou infestada deles!!!! E, com 1 ano e meio, eu e o Guigo já falávamos. Muito! E começamos a pedir por brinquedos. E a mãmi E O PÁPA começaram a usar a técnica do "um entra, um sai" com a gente.

Só que, AINDA ASSIM, a gente continuava tendo muitas coisas! Muito mais do que a gente precisava para viver! Eram vovós, tios, amigos, padrinhos nos paparicando e nos abençoando o tempo todo!!!

Por isso, duas vezes por ano (dezembro e junho, geralmente), a mãmi faz "a limpa" nos nossos guarda-roupas e doa roupas, sapatos, presilhas, brinquedos, livros, etc e tal! O que estiver em excesso vai pra alguém que tenha menos do que nós.

Desde que eu tinha 1 ano e pouco, e o Guigo tinha 3 anos e pouco, a mãmi decidiu que a gente podia fazer parte deste processo. Pediu que nós separássemos um brinquedo para ser entregue a uma criança que não tivesse brinquedo. Eu não entendi. O Guigo chorou. Não queria doar UM brinquedo porque iria ficar "sem brinquedos"!!! Então, a mãmi deixou a gente ir dormir, pegou todos os nossos brinquedos e colocou na sala, separados por tipos: bichos de pelúcia, carrinhos, bonecas, quebra-cabeças, jogos de tabuleiro, brindes de restaurantes... No dia seguinte, ela nos levou pra ver a sala e nem dava para andar por ali!!!! Tinha brinquedo em cima do sofá, por todo o chão, sobre o aparador, no rack da TV. E nós entendemos, olhando tudo aquilo, que tínhamos, sim, muitos brinquedos e que poderíamos, sim, nos desfazer daqueles que menos usávamos. E escolhemos um cada um. A mãmi guardou tudo de volta no lugar e doou aqueles 2 brinquedos.

No semestre seguinte, quando chegou a hora da próxima doação, a gente já escolheu mais brinquedos para doar: 4 para o Guigo (com 4 anos) e 2 pra mim (com 2 anos). E assim fazemos, desde então!

E você, como faz aí na sua casa para passar um pouco de tudo o que você tem para quem tem menos do que você?

PS: essa regra só vale, lá em casa, para coisas materiais!!! Beijos, abraços, carinhos, amor, amigos, amigos, amigos são ILIMITADOS!!! Sempre cabe mais um!!!!

domingo, 27 de março de 2011

Era uma vez 11 - O acidente e a minha futura sogra (Diário da Mirys)

Então que nós dois éramos melhores amigos. Daqueles de dar carona, estudar pra prova, levar junto para a apresentação da banda (ainda não falei da turma de músicos do Fer, né?). De consolar quando briga com a namorada. De pedir ombro pra chorar, quando eu brigava com o meu namorado.

Eis que estávamos no final do segundo ano de faculdade e o Fer fazia tiro de guerra. Ôh época sombria para os meninos! Todos reclamam quando estão lá dentro. Todos sentem falta quando saem e classificam aqueles dias como "uns dos melhores da vida". E depois dizem que nós, mulheres, é que somos complicadas!!! Hã???

O Fer morava com a tia dele, fazia faculdade de manhã, estagiava à tarde, saía com seus primos quase toda noite e acordava todo dia seguinte às 5hs da madrugada, vestia farda e ia pro quartel.

Eu ia pra faculdade às 6:40hs, quando conseguia um carro, ou mais cedo, quando estava de carona. Podia ir pela avenida debaixo de casa (quase sempre porque lá passavam todos os ônibus circulares) ou pela de cima, que dava na mesma, pois as duas se encontravam lá na frente e acabavam na faculdade. Naquela manhã, eu estava de carro e fui pela avenida de cima.

Na esquina da minha rua com a avenida de cima, tinha ocorrido um acidente fortíssimo! Um carro tinha atravessado a avenida toda e batido numa árvore do outro lado, praticamente já no começo da minha rua. Era horrosoro! Tinha muita gente, ambulância, metal retorcido, etc. Não olhei muito para não ficar impressionada e segui para a faculdade.

Estávamos no meio de uma aula e alguém me mandou um bilhetinho: "o Fer sofreu um acidente de carro, agora de manhã, e está no hospital, não sei em que estado." Levantei e saí. Simples assim. Sem educação assim. Não pedi ordem, não avisei, não combinei. Levantei e fui. Quem quis, veio junto! Eu sabia, de algum jeito, que era aquele acidente horrível que eu tinha visto e, sinceramente, morria de medo do que pudesse ter acontecido.

Lembro de entrar no hospital com o Guilherme, um amigão nosso que estudava alguns anos à frente, mas que tinha entrado pra nossa turma. Eu corria pelos corredores e não achava o quarto ou alguém que desse informação! E o Guilherme me acalmando. Mas eu sabia o que tinha visto...

Achamos o quarto e a mãe do Fer estava lá. Foi assim que eu a conheci. Me apresentei e perguntei por ele. Não sei muito bem, mas ele não estava ali. Acho que ela falou que ele estava sendo suturado... Acho que era isso.

Ele tinha ido muito cedo para o tiro de guerra e não tinha comido. Descobrimos, meses depois, que aquele tinha sido o dia mais quente do ano. O Fer e um amigo do tiro (bjos, carinha! Saudades!) tinham ido cortar o cabelo antes da aula, pois teriam desfile de 15 de novembro dali uns dias e precisavam estar em ordem. Além disso, o sargento tinha mandado eles levarem mais algumas coisas em alguns lugares. Eles pegaram o fusca do Fer e foram. O Fer dirigia porque nosso amigo não sabia dirigir. Mas, o sol + a falta de comida + o esforço físico + o calor resultaram em um desmaio e o Fer "apagou" dentro do carro. Quando nosso amigo percebeu, o fusca ia em direção à traseira de um caminhão! Tudo o que nosso amigo conseguiu fazer foi puxar a direção para o outro lado, para desviar do caminhão! Então, o fusca atravessou toda a avenida (sorte que o semáforo estava fechado) e foi colidir com uma árvore do outro lado, no comecinho da minha rua!

Naquela época, o cinto não era obrigatório. Se era, o Fer não usava. Porque quando o fusca bateu na árvore, ele foi lançado para a frente (e só não saiu do carro porque nosso amigo estava com o corpo entre o Fer e o volante, puxando a direção). O vidro do carro quebrou e o limpador de para-brisas veio direto no pescoço do Fer. O bombeiro que o socorreu disse que ele tinha "dado muita sorte" porque o limpador tinha cortado o pescoço dele longe da jugular... por 2 ou 3 milímetros!!! OBS: pessoas que me lêem: please, usem o cinto de segurança! Ele existe para a sua própria segurança!!!

Enquanto o Fer não chegava no quarto, eu ficava pensando no que ia fazer, no que ia dizer, quando ele chegasse. Eu queria me preparar. Eu não queria ter um ataque de choro na frente do meu amigo! Ele já estava todo machucado, teria que se preocupar com um monte de coisas dele (as provas estavam chegando e ele perdeu um semestre da faculdade porque um dos professores não aceitou que ele fizesse prova em outro dia!), para se angustiar de uma amiga chorona.

Então... ele chegou! E eu fui na direção dele, serena, conforme combinado comigo mesma, para dar dois beijinhos e falar "oi. Tudo bem. Estamos aqui. Se precisar, é só falar. O que posso fazer para ajudar." Mas, quando olhei para baixo... não tinha onde beijar. O rosto dele era um monte de linhas pretas dos pontos que foram dados às pressas. Só que eu já ia em direção a ele e não podia voltar... Então, afastei os cabelos e dei um beijo na testa. Demorei, engoli em seco (para não chorar) e me levantei, de novo. O resto foi conforme o planejado: "oi. Tudo bem. Estamos aqui."

Me lembro que aquela foi a 1a (ou teria sido a 2a) vez que eu vi a namorada dele, também. Mas eu era só amiga, não estava fazendo nada demais, não sabia que ela tinha ciúme de mim. E tinham vários outros amigos e amigAs, lá no hospital, também.

Tempos depois, quando ficamos juntos, o Fer me disse que a mãe dele tinha me adorado, desde aquele dia. E que, a partir de então, começou a fazer uma torcidinha a meu favor. Uhuuuu! Só que ele não pensava em mim, assim... nem eu pensava nele, desse jeito... até...

terça-feira, 1 de março de 2011

Promoções! (Diário da Nina)

A mãmi nos levava pra escola e o Guigo ia tentando me ensinar como ler.

"- Veja essa placa, Nina. Está escrito pa-da-ri-a. Viu?"

"- Veja aquela..."

E, no meio do caminho, ele grita todo feliz

"- Mãmi!!!! Tem uma promoção da Kia!!! Você viu?????"

Depois da mãmi parar, pensar, repensar (ela não é menino, gente!!!!), ela lembrou que Kia é uma marca de carros.

"- Mas filhote, Kia é carro. Você quer trocar de carro? Não gosta desse daqui?"

"- Gosto mãmi."

E eu dei minha opinião "- Eu também gosto desse daqui. Cabe todo mundo."

A mãmi sentenciou "- Então, vamos ficar com esse mesmo."

O Guigo insistiu "- Mas, era PROMOÇÃO da Kia, mãmi."

"- Filhote, só eu dirijo lá em casa. Para que a gente iria comprar outro carro?"

Eu nem esperei o Guigo e respondi, na frente "- A gente compra pro seu novo marido, mãmi. Assim, fica um carro com cada um!"

Genial! Não é mesmo?