domingo, 14 de março de 2010

Códigos familiares (Diário do Guigo)


Oi amigos!

Minha irmã já contou pra vocês alguns dos nossos códigos familiares, não é? A mãma ficou super feliz porque recebeu várias mensagens (ou vieram falar com ela, ao vivo) contando os códigos das famílias de vocês. Tem uns que já duram gerações... tem outros que acabaram de ser criados (né tia Maria Wanda?) para pessoinhas lindas que acabaram de começar a fazer parte das nossas vidas... Mas TODOS ELES são importantes na construção da nossa história!

Então, queria contar um meu. Um dia, quando eu tinha uns 2 ou 3 anos, e a mãma foi me buscar na escolinha (lááá em Jaú), nós fomos pra casa conversando no carro, e ela me contou que, à tarde, ela iria ao fórum e eu iria ficar com a vovó. Então, eu pedi pra ir junto e ela disse que não, que ir no fórum era chato, que ela voltaria rapidinho, etc. Mas eu insisti: “-você é minha mamãe. Eu sou seu filhinho. Mamães e filhinhos têm que ficar JUNTOS!”.

Desde então, sempre que alguém quer sair sozinho em casa e eu ou a Nina queremos ir junto, a gente apela e manda um “mamães e filhinhos têm que ficar juntos”. É irresistível!

Lembrei de outro!!! No ano passado, em outubro, eu andei de avião pela primeira vez! Yupi!!!!! Adorei a idéia!!! Acabei indo sem a mãma ou o pápa porque a nossa mãe tinha sido chamada para ir para São Paulo, escolher o lugar do Tribunal em que ela queria trabalhar. E um concurso desses não aparece toda hora, né? Então, eu e a Nina fomos viajar de avião, pela primeira vez, com o vovô Nono e a vovó Linda (e um milhão de tias, orgulhosíssimas, felicíssimas que estávamos com elas e não com a mamãe!).

Na hora de sair, a mãma não quis ficar falando muitos: “-filho, se comporta” “-filho, obedeça o vovô” “-filho, isso, filho, aquilo”. Ela tinha pensado em não falar NADA. Primeiro, porque só tenho 5 anos! Segundo, porque sou comportado mesmo (e modesto, claro!).

Mas, na hora H, ela não resistiu e mandou um: “-filhote, não se esqueça que você é um Segalla”. Aí, ela me explicou que o vovô costumava falar isso pra ela, desde sempre, porque essa frase resumia tudo. Nela estava incluído um “comporte-se”, um “tenha modos”, um “respeite as pessoas, principalmente as mais velhas”, um “não pegue o que não é seu”, enfim todos os princípios da família da mamãe. Tudo o que o vovô e a vovó tinham ensinado para ela (e para os meus tios) estava incluso nessa frase “não se esqueça que você é um Segalla”. E a mamãe falou essa frase pra mim.

Eu entendi direitinho (ou, pelo menos, fingi muito bem) porque todo mundo só teve elogios pra mim e pra minha irmã, quando nossos pais chegaram em Fortaleza.

Só que, agora, a mamãe dançou. Toda vez que ela vai sair sozinha, nem que seja pra ir ao supermercado, ela ouve um: “-tchau mãe. Eu te amo. E não se esqueça que você é uma Segalla”. Hoje, depois do almoço, na hora de voltar pro Tribunal, a Helena mandou um: “-tchau mãe. Volta logo. Olha lá, heim? Não se esqueça que você é uma Segalla!”. Gostou???

Bjos e bênçãos.

Guigo + Nina + mãma

PS: falando em aviões, eu e a Nina estávamos super felizes pois a tia “Beibinha” decidiu se casar com o tio Dário... na casa dele... na Itália!!! Não é frescura, não: o tio Dário é italiano. Já estávamos anunciando pro mundo inteiro que a gente ia pra Itália! No meio do nada, eu ou a Nina soltávamos um: “-yupi! Nós vamos viajar de avião de novo!!!”. Mas... a mãma não conseguiu muitos dias de liberação do trabalho e vai ter que fazer uma viagem muito corrida (ir na quinta, à noite, e voltar na segunda), encarando mais de 40 horas de carro+trem+avião+ônibus. Então, ela decidiu que nós não vamos pra Itália!!! Buáááááá!!!! Queria deixar registrado que estamos frustradíssimos (e falamos isso pra mãma o tempo todo!!! Mas a mãma não muda de opinião... droga!). Vovô Nono, fica pra próxima, tá?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Orações (Diario da Nina)


Ituverava, 22 de fevereiro de 2010.

Bom dia, galera! (depois do pápa e da mãma muito insistirem, agora, eu consigo falar “galera” certinho!)

Desde pequenininhos (claro, porque nós já somos grandes! Lembramos a mamãe disso a toda hora), nós fazemos orações. Pelo menos, três por dia: no almoço, na janta e na hora de dormir. No mínimo!!!

Geralmente, as minhas orações eram assim: “papai do céu, obrigada por esse dia, pela nossa família, pela comida. Em nome de Jesus, amém.”

As do Guigo são bem mais evoluídas: ele pede pelo “planeta” (será que ele sabe o que é?), pelas pessoas da Arábia, pelos insetos (depende do que ele estiver estudando na escola! Rsrsrs) , pelos amigos fulano e beltrano, pelos brinquedos. Só quando ele tá com preguiça que a nossa oração fica parecida.

Mas, faz um mês, mais ou menos, que eu mudei minha oração da hora de dormir. Depois que a mãma conta as histórias, ela apaga a luz e cada um faz uma oração. A minha tinha aumentado um pouquinho e ficado mais ou menos assim: “papai do céu, obrigada por esse dia, pela nossa família, pela comida. ‘Faz’ que a gente morra logo para ir morar aí no céu, com você e o papai. Em nome de Jesus, amém.”

A mãma nunca brigou comigo, nem questionou, até porque não faço oração triste: eu faço alegre, falo amém, dou um sorriso, um beijo na mamãe e me viro para dormir. Para mim não é problema nenhum eu querer que a gente fique todo mundo junto, de novo. E a mamãe acha importante a gente dizer o que sente (mesmo que ELA não goste).

Mas ontem, para a alegria da mãma, eu parei na porta do quarto e disse: “-mãma, eu não quero morrer, não. Quero ficar A-QUI” (e apontei para o chão). A mãma acha que é porque eu gosto muito (demais mesmo) da tia Lilla e ela disse que ela não quer morrer, que ela quer ficar aqui comigo, com o tio Jú, com o Guigo, com todo mundo. Que um dia, quando Deus decidir, a gente já vai morar no céu, mesmo, pra sempre (mais ou menos a mesma coisa que a mamãe fala), então, que ela queria ficar por aqui, agora, morando com tudo mundo. Então, eu decidi que também quero ficar aqui.

E deixei a mãma numa sinuca de bico: ela não quer vibrar para não parecer que era errado eu querer ir morar com o papai ou com Deus; ela não quer fingir que não escutou, porque adorou a minha mudança; ela não quer ficar brava ou triste, até porque ela sabe que querer ficar não é gostar menos do pápa. Então, ela teve uma boa idéia (minha mãma é bem boa, às vezes!).

O Guigo orou (pelo planeta, por todas as pessoas da família nominalmente, pelos bichos que ele conseguiu se lembrar...). Eu orei e disse que não queria mais morrer, não, que queria ficar aqui. E a mãma, para não deixar a gente “esquecer” do pápa (que, afinal, continua no céu, longe de nós), orou: “papai do céu, obrigada..... (por várias coisas). E, por favor, manda um beijo pro papai, que mora aí com você. Em nome de Jesus, amém”.

Agora, essa virou a oração da nossa família de 3: agradecemos por várias coisas, pedimos o que desejamos, e mandamos um beijo para o papai, pedindo para Deus entregar. Nós ficamos felizes e lembramos dele, todo dia. Ele fica feliz, porque mandamos nossos beijos. Questão resolvida!!!

Bjos e bençãos.

Nina + Guigo + mãma

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Códigos familiares (Diário da Nina)

São Paulo, 11 de fevereiro de 2010.


“Eu já te disse que eu te amo, hoje? Não? Mas, eu te amo!!!” Essa é uma das frases da nossa família, que falamos, frequentemente, uns para os outros. E, como essa, temos outras tantas. São nossos “códigos familiares”... frases, apelidos, atitudes, coisas que só fazem sentido completo dentro do nosso contexto... mas que a mamãe insiste em dividir com vocês! Quem sabe alguém não empolgue e nos conte um de seus códigos, também?

Alguns deles podem ser facilmente entendidos, mas outros não! Uns têm rima, outros são engraçados, mas todos fazem a nossa historinha.

A tia Lila, por exemplo, agora está com um novo código, dela + meu + do Guigo. Sempre que ela chega perto de nós, ela diz: “bom dia! Você já beijou a sua tia?” e traz a bochecha pra perto de nós, esperando pelos beijos.

Falando em beijos, temos na família o nosso famoso “ataque de beijos”. Quando eu, a mãma, o papa ou o Guigo estamos mal humorados ou tristes e aquele que está bem quer quebrar o clima ruim, ele diz: “ataque de beijos” e sai beijando o tristinho!!! Não tem como não melhorar, né?

Também temos nosso não menos famoso “abraço de família”. Uma vez por dia (pelo menos!), a mãma fala “abraço de famíííília” e todo mundo que estiver perto (tias, tios, primos, vovôs, ou só nós 4) se abraça e cai na gargalhada! Pelo menos, todo mundo sorri. Já é uma melhora no dia, certo?!

Só mais uma: toda vez que minha mama fala com o vovô Nono, no celular, só o chama de paizinho. Um dos dois liga; ela diz: “oi paizinho” e ele diz “bon giorno principesa!”. Toda vez é a mesma coisa!

Hoje, eu e o vovô Nono resolvemos enganar a mama. PS: eu a-do-ro isso!!! Nós ligamos pra ela e ela disse: “oi paizinho”. Então, EU berrei “bon giorno principesa!!!” Virei pro vovô e perguntei: “falei certo?”. A mama, que ouvia tudo do outro lado da linha, ganhou o dia dela!!! Foi pro curso feliz, feliz, feliz... Valeu vovô!

Bjos e bençãos

Nina + Guigo + mãma

PS: tio Dario (italiano legítimo), perdoe-me se não escrevi certo o "bom dia" do vovô... é que eu sou muito novinha para escrever em outra língua, né? Beijos g_______ (essa palavra é mais um código familiar... meu e do meu tio Dario. Ele vai saber...)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dez dias (Diário da Mirys)


(texto em português, abaixo)

São Paulo, February 2, 2010.

Dear Friends,

I did the math: 10 days. It has been 10 days since you gave me one of the greatest proofs of friendship I could ever experienced - you came, you called and sent me messages to share with me my pain. To each and every one of you, my most intense THANK YOU!

Since that Saturday night (that does not go out of my head ...) until now, many things have happened. Good stuff! Daily doses of love and caring and understanding, came from family, friends, people I did not know, God. And I decided it was worth writing, at least to leave my story to the children registered, so they can know the full story of our family one day. Our family, made our way, with our little rules, with our joys and sorrows. So, I ask you all permission to continue to send you the "Diary of Guigo" and "Diary of Nina," telling the adventures and misadventures of that child's world (in which I am wonderfully immersed in the past 5 years).

Some may wonder: why write to friends? Does someone need to read? My dear friends: to write was not enough, I had to share with you ... as I have been doing for years, when I use some time of my day to update you with the "diaries" of my children ...

First of all because, every day, God cares for us and has shown us His unconditional love, His kindness in preparing special days and very special people to put in our way. As unbelievable as it may seem. And that can not be kept just for me! It is not the kind of thing you write for no one to read, or the kind of thing you hide in the drawer! Even in the middle of all this turmoil, God has given me clear demonstrations of His protection and care, day after day. And I needed to share this with you to be sure that no matter how big is your suffering, or how your life may seem inconsistent at some point, He is there, every minute, loving and caring!

Second of all, I wanted to write our story because, in the texts, the moments are recorded forever, love exists for always, people do not die ...

Kisses and blessings!
Mirys


São Paulo, 02 de fevereiro de 2010.

Queridos Amigos,


Fiz as contas: 10 dias. Faz 10 dias que vocês me deram uma das maiores provas de amizade que eu poderia ter experimentado – vieram, ligaram e mandaram mensagens para dividir comigo minha dor. A todos e cada um de vocês, o meu muito, muito, muito obrigada!

Desde aquela noite de sábado (que não sai da minha cabeça...) até agora, aconteceram muitas coisas. Coisas boas! Doses diárias de amor e carinho, compreensão e cuidado, vindas da família, dos amigos, de pessoas que eu não conhecia, de Deus. E eu decidi que valia a pena escrever, até mesmo para deixar a minha história e as das crianças registradas, para que elas possam, um dia, conhecer toda a história da nossa família. A nossa família: feita do nosso jeito, com as nossas regrinhas, com as nossas alegrias e tristezas. Por isso, peço licença a todos vocês para continuar a lhes enviar os “Diário do Guigo” e “Diário da Nina”, contando as aventuras e desventuras desse mundo infantil (no qual estou maravilhosamente imersa, nos últimos 5 anos).

Alguns podem se perguntar: para que escrever para os amigos? Alguém precisa ler? Queridos, não bastaria escrever, eu tinha que dividir com vocês...como venho fazendo há anos, sempre que separo um tempinho para atualizá-los com os “diários” das crianças...

Primeiro porque, por mais inacreditável que possa parecer, a cada dia, Deus tem cuidado de nós e nos mostrado seu amor incondicional, seu carinho em nos preparar dias especiais, em colocar pessoas especialíssimas em nosso caminho. E isso não se guarda só para si! Não se escreve para ninguém ler, não se esconde na gaveta! No meio de toda essa turbulência, Deus tem me dado, claramente, demonstrações de sua proteção e cuidado, dia após dia. E eu precisava dividir isso com vocês para que tenham certeza de que, não importa quão grande seja o seu sofrimento ou quão inconsistente pareça sua vida em algum momento, Ele estará lá, em todos os minutos, amando e cuidando!

Em segundo lugar, eu queria muito escrever nossa história porque, nos textos, os momentos ficam registrados para sempre, o amor subsiste, as pessoas não morrem...

Bjos e bênçãos!
Mirys

domingo, 24 de janeiro de 2010

Como falar certas coisas para crianças... (Diário do Guigo)

(texto em português, abaixo)

Jau, 24 January 2010.

There are some things in life that are harder than others. At least for you adults. We (the children) worry you for being too simple... So, that said, I´d like to tell you a story (that Mom is trying to write for two months now) ...

Yesterday, (almost) our entire family went home for lunch because the Daddy invited them: grandmothers, Nono (grandfather), uncles, aunts, me, Nina, my little cousin John. Even those who want not to eatappeared just to "be together". It was so good, so good, that we stayed at "lunch time" until 8p.m., talking, playing, enjoying the company. Hence, Daddy kissed the people good bye and went to Bauru (take grandma and our uncle Gú home). We (me, Nina and Mommy) went to grandma Mirte's house to take a bath and play longer and have some dinner. We expected to be (our) home to sleep time. Daddy was supposed to pick us up later (after coming back from Bauru).

We just stayed there. Uncle Ju and aunt Lilla appeared to sleep with us. We watch some kids movies in the (closed) living room and slept all together, at grandma´s house.

The next day someone took us (me and Nina) to aunt Nê's house (she is a sister of Uncle Ju) and we were there playing video games and watching princesses movies. You already know exactly who did what, right (me=v.g., Nina=princesses movies)?

And ... around lunchtime Mommy appeared, with Nono (her father), aunt Lilla, uncle Math and aunt Ju (Mommy think we had more people in that room but she can not remember ...). Then, Mom said she needed to talk to us. Nina stopped the movie, I "stop" the video-game and we get together in the room.

Mama put us on the couch and sat on the floor (quickly Nina jumped to Mommy´s lap). I was straight on the couch. Mom had a sad face but "put" a smile on (as she like to say) and began:

"- Puppies, Mommy needs to talk to you. Yesterday, when Daddy went to Bauru, an accident happened on the road. Our car was not hitten but other cars did. And a boy´s car was on fire. Then Dad took the fire extinguisher from our car and pzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz extinguished the fire "(imagine my mother trying to make gestures and smiles at this point)

"- So, he saved the boy, Mommy?"

"- Yes, my son, he saved the boy. But then, God saw that Dad was very cool and it was better to him to live with God ... and Daddy's gone. "

"- Dad died, Mom?"

"- Yes, son, Dad died." (the smile just ran of Mommy´s face)

"- But ... He died for real, Mommy? "

"- Yes, son, he really died."

"- So, now, we just have a mommy?"

At that time, a little birdie told me that Mommy felt tiny, alone ... she realized that now, we only had it (mom) now! And that SHE only had it, too.

But (be prepared becaus who has God has ALWAYS a "but" and the story does not end just like that...), ½ seconds, without giving Mommy much time to answer my question, we THREE started hearing "and you have a grandpa Nono!" "and you have an aunt Lilla" "and you have an uncle Junior" "and you have an uncle Math", "and you have an aunt Ju", "and you have an aunt Maiya", "and have an aunt Titina", "and you have an uncle Thiagus", "and you have a grandma Mirtes", "and you have a grandma Dina", "and you have a grandpa Almanir", "and you have an aunt Jo", "and you have an uncle Juninho", "and you have an aunt Baby", "and you have an uncle Dario", "and you have an uncle Gú", "and you have an aunt Mayanne", "and you have an uncle Mu", "and you have an aunt Mel", "and ..........."

The three of us realized that we had so many people, yet. People to take care of us! To play! To make movies sessions! For a walk! To teach! To divide our life! To laugh and to cry! AND THAT WAS SO GOOD TO HEAR AND FEEL!

So, our whole family (everyone who was there, physically, and others who were with us in their heart) said a prayer, asking God to take care of Dad, who is now in heaven. I prayed first, then Nina (very quickly because she did not open his mouth, almost all the time) and then mom.

THE END


Jaú, 24 de janeiro de 2010.

Tem algumas coisas na vida que são mais difíceis que outras. Pelo menos para vocês, adultos. E nós, crianças, às vezes, por sermos muito simples, preocupamos vocês... Quero contar uma história (que a mamãe está ensaiando escrever, há dois meses)...

Ontem, (quase) toda a nossa família foi lá em casa almoçar porque o pápa convidou: avós, nono, tios, tias, eu, a Nina, meu priminho. Quem não foi comer, apareceu depois, só para “ficar junto”. Estava tão bom, tão bom, que ficamos “almoçando” até às 20hs, conversando, brincando. Daí, o pápa deu um beijo na gente e foi pra Bauru, levar a vovó Dina e o tio Gú. Nós (eu, a Nina e a mãma) fomos para a casa da vovó Mirtes, para tomar banho, brincar mais um pouco e jantar. Dormiríamos em casa.

Acabou de ficamos por lá! O tio Jú e a tia Lilla apareceram para dormir com a gente. Fizemos sessão cineminha na sala e dormimos, todos juntos, por lá mesmo.

No dia seguinte, nos levaram (eu e a Nina) para a casa da tia Nê (irmã do tio Jú) e nós ficamos lá brincando de video-game e assistindo filmes de princesas. Vocês já sabem, e-xa-ta-men-te, quem fez o quê, né?

E... na hora do almoço, mais ou menos, a mãma apareceu, com o Nôno, a tia Lilla, o tio Jú e o tio Math (a mãma acha que tinha mais gente, mas ela não consegue se lembrar...). Então, a mamãe disse que precisava conversar com a gente. A Nina parou o filme, eu “stopei” o vídeo-game e fomos conversar na sala.

A mãma nos colocou no sofá e sentou no chão; a Nina pulou pro colo dela e eu fiquei direitinho no sofá. A mãma estava com uma carinha triste, mas “vestiu” um sorriso (como ela fala) e começou:

“- Filhotes, a mãma precisa conversar com vocês. Ontem, quando o papai foi pra Bauru, aconteceu um acidente na estrada. O nosso carro não bateu, mas outros carros bateram. E tinha um carro de um moço, que começou a pegar fogo. Então o papai pegou o extintor, foi lá e pzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz apagou o fogo” (imaginem a minha mãe tentando fazer os gestos e sorrir, nessa hora)

“- Então, ele salvou o moço, mamãe?”

“- Sim, filho, ele salvou o moço. Mas, daí, Deus achou que o papai era muito legal e era melhor o papai ir morar com Ele. E o papai foi embora.”

“-O papai morreu, mãe?”

“-Sim, filho, o papai morreu.” (acabou o sorriso da mãma)

“-Mas... morreu de verdade, mãma?”

“-Sim, filho, ele morreu de verdade.”

“-Então, agora, a gente só têm mamãe?”


Nessa hora, um passarinho me contou que a mãma se sentiu pequenininha, sozinha... que ela percebeu que, agora, a gente só tinha ela mesmo! E que ELA só tinha ela, também.

MAS (preparem-se!!! Quem tem Deus, SEMPRE tem um “mas” e a história não termina assim...), em ½ segundo, sem dar muito tempo da mãma responder à minha pergunta, nós TRÊS começamos a ouvir: “-e têm vovô Nôno!” “e têm tia Lilla” “e têm tio Júnior” “e têm tio Math” “e têm tia Jú” “e têm tia Maiyara” “e têm Titina” "e têm tio Thiagus" “e têm vovó Linda” “e têm vovó Dina” “e têm vovô Almanir” “e têm tia Jô” “e têm tio Juninho” “e têm tia Baby” “e têm tio Dario” “e têm tio Gú” “e têm tia Mayanne” “e têm tio Mú” “e têm tia Mel” “e tem...........”

Percebemos (nós três) que nós tínhamos muuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiitttttttttttttttttaaaaaaaaaaaaaaaaa gente, ainda. Gente para cuidar de nós! Para brincar! Para fazer sessão cineminha! Para passear! Para ensinar! Para dividir a vida! Para rir e para chorar! E AQUILO FOI TÃO BOM DE OUVIR E DE SENTIR!

Então, toda a nossa família (todo mundo que estava por lá, fisicamente, e outros que estavam com a gente no coração) fez uma oração, pedindo para Deus cuidar bem do papai, que agora está no céu, morando com Ele. Eu orei primeiro, depois a Nina (bem rapidinho porque ela não abriu a boca, quase o tempo todo) e a mamãe.

FIM

domingo, 10 de janeiro de 2010

Já era!!! (Diário do Guigo)


Bauru, meio de janeiro de 2010.

Oi pessoal!

Que eu sou viciado em vídeo-game todo mundo já sabe, né? E pior, isso vem na genética: o pápa também é viciado! Então, sempre que dá (e que a mãma não reclama), levamos o video-game para cima e para baixo.


Nesses dias, fomos curtir a tarde na casa da vovó Dina e levamos o vídeo-game. Estávamos apostando uma “corridaça”, eu e o pápa. Depois de uma curva, eu bati e fiquei bem pra trás, com o meu carrinho. E o pápa falou:


“- ih, Gui, já era!”


MUITAS vezes, o pápa “apela” e reinicia o jogo, quando está perdendo. A mãma fica louca! Ela diz que ele está nos ensinando a desistir. Mas, ele diz que está ensinando a começar de novo, quando percebe que não vai ganhar mesmo. Mas, naquela tarde, a mãma estava por perto (e eu sou meio teimosinho mesmo...) e eu não reiniciei. Continuei. E o pápa repitiu:


“-ôh Gui, já era!”


Mas eu continuei correndo, correndo, fazendo altas curvas com a minha “máquina” (chamo os carros assim). E comecei a me recuperar, ganhar posições. Quando estava em segundo lugar, eu respondi pro pápa:


“-pápa, eu não tô “jáerado”, não!”


Eles rolaram de rir. E eu terminei a corrida... em segundo.


Tudo bem, na próxima eu consigo. Como diz a mãma, o importante é praticar!


Bjos e bençãos


Guigo + Nina + mãma + pápa

sábado, 19 de dezembro de 2009

Abraçando a imperfeição (Diário da Nina)


Oi pessoal:

O texto não é meu (nem da mamãe), mas recebemos da Tia Má.

De qualquer forma, é curto e passa uma ideia com a qual concordamos.

Então, um bom natal para vocês: que as imperfeições dessa vida sirvam para melhorar nossos relacionamentos, e não o contrário!

Bjos e bençãos

Nina + Guigo + mãma (agora, com a gente, em Bauru) + papa
___________________________________________________________________________________

Que este Natal e 2010 possamos abraçar toda a diferença deste nosso mundo!


Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" Baby, fica tranquila, eu adoro torrada queimada."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
"- Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas tambem não são perfeitas. Assim como eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Essa é a minha oração para você, hoje.
Mantenha a neutralidade e a conexão.
Que possa aprender a levar o bem, o mal, as partes feias de sua vida colocando-as aos pés do Criador.
Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar um relacionamento no qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor. "
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.


"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as acolheu e valorizou."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Matemática booooooa (Diário do Guigo)


Boa noite, todo mundo!

Como disse a tia aMIGa, agora que a mamãe está longe de nós, vocês vão ter mais notícias nossas!!! Por que será? kkk

Na última semana, a mãma e o papa foram para as reuniões de escola com as professoras. A minha professora (tia Letícia querida!) disse que eu me destaco na matemática. A mãma disse que estava, realmente, impressionada com a rapidez que eu estava somando "de cabeça". Tia Lelê disse que eu também subtraia muito rápido. E a mãma lembrou de uma história...

Um belo dia, lá em Bauru, quando eu tinha 4 anos (!!!), minha mãe ia no supermercado e eu pedi para ela trazer chocolate batom (meu preferido).

- Tá bom, filhote, trarei 2 chocolates: um para você e outro para a Nina.

- Mãe, traz 5! Um para a minha pitucha, um para mim, uma para a vovó Dina, um para o papai e outro para você.

- Filho, mas eu acho que a vovó Dina não quer chocolate.

- Então traz 4: um para a Nina, um para mim, um para o papai e outro para você.

- E se o papai não quiser?

- Ficam 3: um para a Nina, um para mim e um para você.

A mamãe estava tão empolgada com as contas matemáticas rapidinhas que eu estava fazendo, de cabeça, que resolveu continuar.

- E se eu não for comer chocolate, filhote?

- Mãe, daí você traz 3!

- Não filho, são 3 COM a mamãe. Mas, e se a mamãe não quiser chocolate?

- Não mãe, são três mesmo. Um para a Nina e dois para mim!

Depois de tanta conta... eu bem que merecia DOIS chocolates, não?

Beijos e bençãos

Guigo + Nina + mãma + papa

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Como desmontar uma mãe (Diário da Nina)

Oi queridos!

Como todos sabem, mamãe está longe! Desde segunda! E nós estamos por aqui, sobrevivendo muito bem sem ela, passeando na casa da tia Lilla, brincando na tia Andréia, jogando na vó Mirtes, etc. Mas, temos que manter o suspense, né?

Então, na segunda a mamãe ligou, na saída da escola. Papai deu o cel para o Guigo que logo soltou um

- Oi mamãe!

Segundo a mãma, só quem é MÃE pode entender a força que tem essa frase curtinha, sendo dita pelo seu filho, que passará a semana longe de você. O coração já apertou!... Depois de uns minutinhos, o Guigo passou o telefone pra mim. E eu caprichei bem!!! Já soltei logo:

- Mãe? É a Helena. Sabia que eu estou com milhões e milhões de saudades? É, estou. Com milhões e milhões de saudades de você!

Mamãe passou a terça toda feliz!!!

Mas hoje, na saída da escola, o papai resolveu ligar para a mãma, pra gente conversar mais um pouquinho. Dessa vez, eu que começava e o Guigo ia depois. Nem dei chance pro coitado! Peguei no telefone e quando ouvi o "alô, filhota?" dela, comecei a chorar e disse:


- Mãe, vem pra cá ficar "tomigo"!... Mãe, vem cuidar de mim, mãe! Por favor! Vem pra cá!... (prometo que foi assim mesmo que eu falei. Chorei e falei).

Durma com um barulho desses... (PS: agora dá para entender porque numa cidade graaande como Ituverava, às 2hs da manhã, a mamãe ainda está acordada...)

Bjos e bençãos!

Nina (com milhões e milhões de saudades) + Guigo ("eu tô bem, viu, mãe?") + mãma + papa

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O trabalho novo da mamãe (Diário do Guigo)


Oi tudo mundo!

Hoje a mãma começou o emprego novo dela, láááá em São Paulo. Pelo menos, ela achava que seria em São Paulo...

À 1h da manhã, mãma pegou um ônibus para sampa e acordou às 5:50hs, na rodoviária da Barra Funda. Uma hora depois, chegava, com o pão de queijo, cheia de planos para a semana paulistana dela, na casa da tia Baby. Conversaram um pouquinho e fizeram planos para a noite (cinema, visitas a amigos, etc). Mamãe queria muito aproveitar sua semana sozinha na capital para visitar a tia Piu, a tia Lulu, a tia Pat, a Sofia da tia Ci, a tia Pat grávida, a tia Dri e todas as outras tias da Price, etc...

Chegou no Tribunal e foi para lá e para cá, de reunião em reunião. Às 11hs e qualquer coisa, na última reunião da manhã, falaram para ela "tá tudo muito bem, tudo muito bom, mas realmente, realmente, eu queria que você estivesse... em Ituverava! Vai pra lá!". Amanhã ela tem que começar a trabalhar, EM ITUVERAVA, às 8hs da manhã!

Ela almoçou com a tia Baby (para compensar o resto da semana que vai "abandoná-la") num restaurante delicioso e foi buscar as malas. Começou a parte difícil... o ônibus andava a meio por hora... quando chegou no ponto, a mãma foi "correndo" por 4 quadras e ganhou uma bela bolha no dedo do pé... chegou no apê, trocou de roupa correndo, fechou a mala recém aberta e foi pegar um taxi. Ia dar tempo! O ônibus para Ituverava saia às 3hs (papa tinha confirmado).

Pegou o metro e, zum, rapidinho ele estava na estação armênia, uma antes da rodoviária do Tietê... e lá ficou! Até às 15:05hs!!!!!

Chegou no tietê e o ônibus para Ituverava tinha acabado de sair... então, ela comprou uma passagem para Ribeirão Preto e foi, tranquila, pois a informação é que tinha ônibus de Ribeirão para Ituverava "o tempo inteiro".


O onibus para Ribeirão atrasou na parada do posto e... "o tempo inteiro" de ônibus para Ituverava se transformou num ÚNICO ônibus, às 9hs (eram 8:10hs), que demorava quase três horas para fazer uma viagem de 40 minutos! Mãma pos um sorriso no rosto e falou "quero uma passagem para Ituverava". O homem respondeu "não aceitamos nenhum cartão, nem cheque. Só dinheiro. Custa R$ 22,00." Mãma tinha R$ 17,00... o resto tinha ficado nos metros/ônibus/taxis de sampa.

Era simples: só tirar dinheiro no caixa automático da rodoviária de Ribeirão. SE o caixa automático funcionasse!!! Então, mãma virou pedinte: foi de guiche em guiche que aceitava visa tentar trocar R$ 20,00 no visa electron por dinheiro. Três lugares toparam, mas nenhuma máquina funcionou!!!!

Bem nessa hora, liga a tia Camila (prima que mora em Ribeirão) e a mãma pediu socorro. A tia Cá achou alguém para ficar com a Maria Clara (de poucos meses), para sair correndo, passar em um caixa sacar dinheiro e levar para a mamãe, na rodoviária. Mas... nenhuma máquina naquela cidade funcionava!!!

Daí, mamãe se lembrou que o vovô sempre diz: "deixe um dinheirinho dobrado, escondido, na carteira, para emergências". Aquilo era uma emergência! O primeiro ônibus do dia seguinte não chegaria em Ituverava antes das 8hs, horário que mamãe deveria estar trabalhando! Procura daqui, procura de lá.... plim! R$ 10,00 dando sopa!!! Mamãe ia ficar sem dinheiro para o taxi em Ituverava, mas ela decidiu que pensaria nisso lá!

Comprou a passagem, avisou todo mundo que estava tudo bem, entrou no ônibus e... andou umas 10 quadras e o bus parou. Apos uma bateção de portas, o motorista avisa: "vamos mudar de ônibus. Todo mundo para o carro da frente!". Essa viagem estava começando a ficar realmente difícil...

Mas, tudo bem! E lá foi a mamãe para... o posto policial rodoviário! O onibus (o 2o) foi parado para vistoria, 3 guardas armados entraram no onibus e vistoriaram algumas pessoas. Meia hora depois, a viagem continuou. E ainda teve uma senhorinha muito "peculiar" falando que aquela era a viagem mais comprida da vida dela... E a mãma que tinha começado à 1h da manhã anterior???


Bom, meia noite, lá está ela, em Ituverava, no hotel (pediu para o motorista do ônibus deixá-la na rua próxima do hotel, para não precisar se justificar para qualquer taxista), ufa!!!!

Agora, é só começar a trabalhar, amanhã!

Bjos e bençãos

Guigo + Nina + mãma (exausta) + papa

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Filosofando (Diário da Nina)


Oi amigos!

Não sei porque adultos dão risadas de algumas lógicas das crianças... principalmente quando fazemos TODO O SENTIDO! Querem um exemplo?

Numa dessas quintas, estávamos passeando de carro: eu + mãma + Guigo, quando vimos uma galinha. Eu, com toda a tranquilidade, disse: "mãma, sabia que a galinha é bípede?". Ela ficou orgulhosérrimaaaaaaaaaaaaa! Quis evoluir e perguntou "você sabe por que, filhota?". "Porque ela anda com duas pernas!". "Muito bem, Helena! E quem anda com 4 patas, como se chama?" "Quadrúpede", logo respondi!

Mas, eu quis gastar todo meu conhecimento... "mãma, e quem nasce do ovo é ovíparo!". Mãma bateu palmas, feliz da vida! O Guigo ia repetindo tudo, falando "muito bem, Helena!". Então, a mãma quis evoluir, de novo. "E quem nasce da barriguinha da mamãe, como chama, filha?"

"BARRIGUIPERO!"

Bjos e bençãos. Nina + Guigo + mãma + papa

PS: depois, a mãma me explicou que aqueles que nascem da barriga das mamães eles MAMAM nas mamães, então eles se chamam... "-rima com mamar"... "-mamífero". Ufa! Lembrei!

sábado, 3 de outubro de 2009

Viagem de avião - uhuhuhuuuu!!!! (Diário do Guigo)

Queridos amigos:

Eu e a Nina temos algo sensacional para contar: vamos para Fortaleza de avião!!!! Não é o máximo?

Na verdade, o vovô tem um compromisso em Fortaleza (terra do Tio Gê e da Tia Ida, que a mamis fala que morre de saudades, mas que a gente ainda não sabe muito bem quem são), e nós decidimos ir de carona. O congresso é do dia 07 ao dia 10 (níver de casamento do papis e da mamis), e a mamis falou que iria no mesmo dia e horário em que o nono e a vovó linda fossem. Só que ela não sabia que tudo ficaria tão confuso...

O vovô nono e a vovó resolveram ir UNS dias antes... 5!!! Na sexta-feira, dia 02.10. E a mamis já tinha falado que iríamos junto (até para ela não ficar sozinha num avião com nós dois, pela primeira vez. Vai que a gente resolvesse chorar???). Então, compramos todas as passagens para o dia 02.

Mas... a mamis recebeu uma cartinha "mágica e importante" (deve ser mágica para fazer os outros felizes e muuuuuito importante, porque a família inteira, a igreja, os amigos, todo mundo só fala nela, agora!) e não pode viajar antes de 08.10!!!!

Foi a maior correria para tentar trocar todas as passagens (mamis + eu + Nina), e a tia Yaya para lá e para cá, pesquisando os preços mais acessíveis... só que a gente não conseguia trocar as 3 passagens!!! Drama total!!! Então, minha mãe recebeu um telefonema da tia Yaya, no meio de uma reunião, dizendo que a passagem da mamis só poderia ser trocada naquele instante (para o dia 08, à noite), por um preço razoável (leia-se pagável!!!) e não seria possível trocar as nossas!!! A mamis, no meio da reunião, para não descer do salto, disse que tudo bem. "Se não tem remédio..." Mas, assim que desligou o telefone teve uma vontade muito grande de chorar... e quase chorou, mesmo!!!

Imaginem vocês a minha mãe, que gosta de ter as coisas sob controle, que gosta de ser responsável por nós, que gosta de estar sempre presente em TUDO... imaginem essa pessoinha tendo que deixar os filhos, por 5 dias, sob os cuidados dos outros; delegando essa responsabilidade; longe da gente e PERDENDO NOSSA PRIMEIRA VIAGEM DE AVIÃO!!! Foi muuuuuuuuuuuuuuuuuuuitoooooooooooo difícil para ela! Mas, ela acha que segurou a onda e não deixou a gente perceber (sei, sei...).

Como estamos bem na escola (tenho vááááááários 10 nas minhas tarefas!!!), sem faltas, etc, papa e mamã deixaram a gente faltar uma semana inteira!!!! Que delícia!!! Não que a gente não goste de ir na escola... mas, quem não preferiria trocar
acordar cedo + tomar leite correndo + ficar a manhã toda longe da família + ficar quietinho prestando atenção na professora
por
acordar na hora que quiser + tomar café da manhã de hotel + ser paparicado por vô e vó o dia todo + ir para a praia, sem hora, com a Titina e do Tio Thiagus + almoçar bobagem e comer chocolate depois + voltar para a praia + tomar banho de banheira + curtir a casa do tio Gê e da tia Ida (que também são avós e têm uma casa "adaptada" para netos) ?????

Muito melhor, não??? Depois, temos o resto do ano para ir na escola. E teremos histórias para contar para os amigos (finalmente vou poder falar 1.000.000 vezes para o Heitor que eu também viajei de avião e fui para Fortaleza - ele foi para a Bahia e sempre fala disso!).

A mamis acha que a gente não sabe, mas passou a semana toda pensando nessa abençoada viagem. Na noite anterior, ela cedeu aos seus medos e, às 2hs da manhã, sem conseguir dormir, foi até a nossa cama, segurou no nosso pezinho, e fez uma oração para cada um. Engraçado... ela adora andar de avião!!! Nunca teve medo, nunca achou que ele poderia cair, nunca pensou duas vezes para voar pelos céus... mas, quando foi a nossa vez, sem ela por perto (ainda por cima!), ela ficou suuuuuuper preocupada...

Na manhã do dia 02.10, ela foi até o aeroporto, em Campinas, de van, com a gente. A vovó achava que a Helena fosse dar problemas, chorar... pois ela e a mãma andam muito ligadas. Mas, a Nina nem tchum! Botou aquele sorrisão na cara e estava elétrica por passear de avião. No aeroporto, ela puxava minha vó para lá e para cá, empolgadíssima!!! Na hora de embarcar, pulou no colo do tio Thiagus, pegou um squeeze de água para cada um, fez "tim-tim" com os squeeze e quase entra no "embarque" sem nem falar tchau para a mãma! Mamãe que foi lá, deu um beijinho, falou "eu te amo" e "se comporta", e pronto! Ela abraçou forte o tio Thiagus e foi embarque adentro, com aquele sorrisão no rosto.

Já eu... eu sou low profile! Estava de mãos dadas com o vovô e assim fiquei. Sem muita exaltação (por fora), mas feliz, feliz (por dentro). A mãma também me chamou, me deu um beijo looooongooo, falou "eu te amo" e "se comporta", e ganhou um abraço bem apertado.

Na verdade, a mãma ficou para trás, sem entrar na seção de embarque, com a sensação de que a gente nem estava lembrando dela!!!! E, segundo a vóvis e a Titina, a gente nem lembrou mesmo!!! Ficamos empolgadíssimos, olhando o avião subir, as nuvens, as cidades pequenininhas!!!

Quando chegamos, o vovô ligou para a mãma e deixou a gente falar: só daí ela ficou tranquila. Até porque, a Helena caprichou! Virou para a mamãe e disse: "mãma, eu te mandei um beijo e um 'tchau mamãe', láááá de cima da nuvem. Você ouviu???" PRONTO! MAMÃE SE SENTIU "LEMBRADA"!

Beijos para todos!

Guigo + Nina + mãma + pápa + Caramelo e Sãopaulino + Moranguinho e Barbies (muitas barbies)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Presente de aniversário! (Diário da Nina)


Oi amigos:


Faz um tempão que a gente não se fala por e-mail... que não mandamos notícias (nem eu, nem meu irmão...), mas tem algo que eu queria dividir com vocês.

Como todos sabem, minha festa de aniversário foi no último sábado (dia 12.09), e nós pedimos para todos (que quisessem) trazerem um pacotinho de bolachas para doarmos para um abrigo infantil de Jaú. Só que nós recebemos 48 PACOTES DE BOLACHAS (alguns duplos ou triplos!!!! ), por isso, a mamis decidiu entregar metade no abrigo infantil, metade no asilo pertinho de casa.

Enquanto eu tirava minha sonequinha vespertina, a mamis tentou organizar os pacotes... e foi espalhando tudo em cima da cama dela. Doces de um lado, salgadas de outro... recheadas para cá, sem recheio para lá... repetidas num cantinho... DEU PARA COBRIR TODA A CAMA DELA!!! Quando acordei, quis participar da "bagunça" e fui tomar meu suquinho num cantinho que sobrou da cama... É claro que a mamis aproveitou para registrar o momento!

Mas, o problema, na cabeça da mamis, estava para começar. Eu ainda sou pequenininha e não entendo muito bem essa coisa de dividir. O que é meu, é meu! Então, a mamis estava preocupada de eu não querer entregar as bolachas... e ela queria muito que eu participasse do processo (levasse as doações com ela): afinal, era meu aniversário e ela queria me ensinar essa lição de partilhar. Só que isso pode ser bem complicado quando se tem 3 anos!...

A mamis foi falando, explicando, e colocando as bolachas em duas caixas. Colocou tudo no carro. Entramos eu, o Guigo e a tia Mel. Até aí, nada de choro, nem de crise.

Quando chegamos no abrigo, eu desci com a mamis, fui até a recepção e ia completando as frases da mamis:

"Boa... tarde"
"Eu fiz... aniversário"
"E pedimos para nossos amigos trazerem um pacotinho de ... bolachas"
"Que a gente queria dividir meu... presente"
"Com... os velhinhos"
"Tó... tó" E entregamos!

Foi uma beleza! Entregamos a caixa e ainda me mostraram a casa dos vovôs e vovós. Eu adorei as flores!!! Eles têm canteiros cheios delas!!!

Depois, fomos no orfanato! A mamis estava toda empolgada e me deixou ir falando... só que eu fiquei tímida e ela precisou ir começando as frases, de novo. Até aí, tudo bem... Só que, na hora de entregar a sacola de doações do orfanato, eu reparei que tinha um pacote da moranguinho!!! Da "minha" moranguinho!!! Disse "mamis, esse é meu, né?", "é da moranguinho, da minha festa". Pronto!!! A mamis já se preparou para o chororô, etc, etc. Mas, ela resolveu tentar me explicar que doação era doação e aquele era o presente para as outras crianças e não para mim... E NÃO É QUE EU ENTENDI!!!??? DE PRIMEIRA!!!

Falei "ah, tá bom" (PS: a mamis a-do-ra quando eu falo "tá bom"), recoloquei o pacote na sacola e disse para a moça levar todas as bolachas para as "crianças que não tinham bolachas". A moça falou que eu tinha um coração muito bonito... como ela pode dizer isso se a gente não pode ver um coração? Vai entender esses adultos...

Só para terminar, quando estávamos voltando para o carro, a mamis toda feliz, de mãos dadas comigo, eu resolvi ter meu momento bebê e parei na frente dela, levantei as mãozinhas, dizendo claramente que queria colo. Ela me pegou no colo e eu a abracei "bem forte"... e disse: "mamãe, adorei esse presente. Podemos fazer de novo no meu outro aniversário?". E a mamis chorou... realmente, não dá para entender esses adultos...

Bjos para todos vocês!!!
Tenham uma ótima semana.
Volto em breve, com mais notícias!

Nina + Guigo + mamis + papis

PS: MUITO, MUITO, MUITO OBRIGADA a todos vocês que trouxeram (ou mandaram) os pacotes de bolachas para esse nosso presente dividido! Vocês também fizeram parte desse momento muito especial.

domingo, 13 de setembro de 2009

Quantos anos você tem? (Diário da Nina)

Olá amigos!

Minha mãe está se divertindo com uma história minha... então, resolvi contar para todos vocês. Afinal, vários dos meus tios e tias já têm filhotinhos... e é bom vocês ficarem preparados para as nossas "conclusões lógicas"!!!

Na semana passada, dia 13, fez três anos que eu cheguei na minha família. E, lá fomos, eu e o Guigo, entregar os convites do meu aniversário!!! Felizes da vida!!!! (PS: engraçado... o Guigo não quis entregar os convites dele, mas, na minha festa, ele ficou elétrico com os envelopes!).

Só que, todo mundo, ficou com a mania de me perguntar: "é seu aniversário? quantos anos você vai fazer?". POXA!!! Que pergunta "de bebê"!!! Até porque estava escrito no convite!!!

Mas, eu não tive nenhuma cerimônia. Respondia para todos: "5. Vou fazer 5 anos!".

Minha mamis logo me corrigia "não, filhinha, o Guigo fez 5. Você vai fazer 3."

Não tive dúvida para responder: "mãe, 3 é de bebê! Eu vou fazer 5 anos! 5 é de criança grande! E eu já sou grande. Olha!" (e pulava beeeem alto, para ela ver quão grande eu era)!

Bjos e bençãos para todos vocês.

Nina + Guigo + mamis + papis

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Festa surpresa do Guigo (5) e Papai (35)


Amigos, não estraguem a surpresa!!!
Aguardamos todos vocês!

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“Grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres!” (Salmos 126:3)



É FESTA!!! ENTRE NO CLIMA!!!
Amigos, nossa festa vai ser de futebol, então lá vamos aproveitar e entrar no clima do jogo? Algumas coisas que não podem faltar em uma boa partida e em um bom jogador:


O ELEMENTO SURPRESA!
Essa festa é dos 5 anos do Guigo, mas nós também vamos comemorar os 35 anos do Fernando: o papai do Guilherme! Afinal, marcar dois gols é seeeeempre melhor do que marcar um só, certo? Venha preparado para comemorar e comemorar!


VISTA A CAMISA DO SEU TIME!
Nós somos todos são-paulinos! Mas, entendemos que no futebol, e em todas as outras áreas da vida, é essencial saber compreender e aceitar o outro. Então, essa será uma festa democrática: entre no embalo e venha com as roupas do seu time (ou, pelo menos, das cores do seu time). Se você não torcer para time nenhum, não gostar de futebol, etc... pode homenagear os aniversariantes e vir de vermelho – preto – branco. O mais importante será todo mundo em clima de futebol, com aquela alegria típica dos dias de jogos!


TORCIDA ORGANIZADA! VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO!!!
Em dia de jogo, toda a família se reúne, em frente da TV ou no campo, e torce muuuuitooo! No mínimo, todo mundo que torce pelo mesmo time que você vira uma grande família! E é esse o clima que queremos: de família! Nós somos loucos pela nossa! E você? Por isso, os convites não são individuais, mas familiares! Traga a sua para conviver com a nossa!

CARACTERÍSTICA DE JOGADOR: SOLIDARIEDADE!
Estamos no comecinho do inverno e tem tanta gente precisando de tanta coisa! Nós, graças a Deus, temos muito! Que tal dividir? Alguns jogadores de futebol fazem isso e nós vamos seguir o exemplo. Não tem nada no seu guarda-roupas que não te sirva mais? Traga roupas, tênis e cobertores que você não usa mais para a nossa festa. Pelo menos, um! Teremos uma caixa especial para essas doações. Depois, elas serão levadas para o orfanato de nossa cidade e para as crianças (e adultos!) de Potunduva (um distrito de Jaú). Participe! Não deixe de ajudar!