quarta-feira, 24 de março de 2010

Música (Diário da Nina)

Ituverava, 24 de março de 2010.

Oi todo mundo!!

Vocês já pararam para perceber como certas coisas do nosso cotidiano, coisinhas simples que nós nem percebemos que estão lá, são muito importantes? São detalhes que vão fazendo o nosso dia-a-dia e que a gente acha que “sempre” vão estar lá... mas não é bem assim! As coisas boas não se fazem por mágica... alguém colocou esse “detalhe” na sua vida, alguém tomou uma atitude... Prestem atenção na vida de vocês e vejam quantas coisas boas os nossos queridos trazem para nós... e NÃO SE ESQUEÇAM DE AGRADECER!!! Ninguém faz para ganhar um “obrigada”, mas o reconhecimento é sempre muito bom. Para o outro e para nós mesmos!

Na nossa vida, ficamos sem música. O pápa foi embora e a música foi junto com ele... A gente nem prestava atenção, mas ele sempre ligava o MP4, sempre colocava música no carro, sempre pegava um violão quando chegava em casa, às vezes compunha músicas para nós. E eu e a mãma percebemos que nossa vida tinha ficado sem música... A mãma estava tristinha, mas eu não (ai, como é bom ser criança! Os adultos complicam tanto as coisas...).

Mas, ontem, tudo mudou!!!

A mãma acordou acompanhada (o Guigo acabou indo pra cama dela, umas 6hs da matina) e ela levantou decidida a ter um dia bom. O dia 23 do mês passado já tinha sido muito chatinho... Então, ela nos acordou brincando, cantando, fazendo cosquinhas. Fomos pra escola cantarolando.

Daí, ela passou numa padaria mineira (ai que delícia!!!!) e comprou pães de queijo (que ela AMAAAA!!!) e um chocotone/bolo que eles fazem, que o chocolate fica derretido. Levou pro Tribunal e chegou anunciando que queria companhia pro café da manhã.

Depois do serviço, ela resolveu ceder aos anseios do coração dela (de que a vida estava sem “música”... e estava mesmo! E isso era muito ruim). Ela também levou em conta que eu reclamei , na última viagem (“-música é muito bom, né mãe? A gente precisava ‘tocar’ mais”). Então, ela foi pra cidade, decidida a comprar um CD player, pequenininho, pra cada um de nós 2, para gente colocar nos quartos novos (pedi o meu rosa e o Guigo quer o dele vermelho, com uma faixa prateada, para combinar com o São Paulo E com a ferrari!).

Ela achou um da Lennox que era temático: preto com desenhos vermelhos do Hot Wheels e todo rosa da Barbie. Melhor: custavam só um pouquinho mais do que ela pensava em pagar. Na hora de fechar a compra... não tinha da Barbie! Nem no estoque! Ela resolveu levar só o do Hot Wheels mesmo e disse pra mim que o meu já estava encomendado (mentirinha... não dava pra encomendar... ela vai ter que encontrar em outro lugar, mesmo. Quem souber, AVISE!).

Então, ela nos explicou que era para usarmos juntos, mas que o Guigo seria responsável por aquele aparelho e eu seria pelo próximo. Resolvemos testar o dito cujo. ADORAMOS!!! Ligamos na mesma hora! Aumentamos o volume (“-para ver até onde vai, mãma!”) e dançamos pela sala! Foi ótimo! PS: na hora de dormir, o CD player foi pro nosso quarto (que ainda é junto), porque a gente quis dormir com música e a mãma deixou. Hoje, ela até ligou uma musiquinha pra gente acordar!

À noite, a tia Andréia (mulher do pastor Eduardo) nos convidou pra jantar na casa dela (de propósito pra mãma não ficar triste). Aceitamos na hora (aliás, estamos aceitando TODOS os convites para jantar, almoçar, lanchar, dormir, tomar café, papear... Como diz o tio Alencar, “se não quer que a gente vá, não convide. Se convidar, a gente vai”!!!) e lá fomos nós, pra “casa do Léo” (filho da tia Andréia que também a-do-ra vídeo-game), todos felizes. Comemos um macarrão maravilhoso e ficamos lá até umas 22:30hs.


Quando chegamos em casa, pedimos para pegar o CD da mãma que estava no carro e ela deixou. O Guigo colocou no aparelho (lá no quarto, lembram?), ligou o tal radinho no máximo e escovamos os dentes dançando “whisky a gogo”. Foi ótimo!!! A mãma disse que devia ter filmado (devia mesmo!!!).

Dormimos bem felizes!

Tenham todos um ÓTIMO dia!

Bjos e bênçãos

Nina + Guigo + mãma

segunda-feira, 15 de março de 2010

De quando em vez (Diário da Nina)


Ituverava, 16 de março de 2010.

Olá pessoal! Já estamos morando, há 3 semanas, na nossa nova “casitcha amarelitcha”, em Ituverava. Está sendo bem divertido “esgotar” a mãma, diariamente: é escola, é tarefinha, é natação, é comida, é banho, é cama, é tudo com a mãma!!! E ela tentando manter as nossas “tradições” de família: comprar um picolé para cada um antes de cada viagem (não interessa se é de 20 horas ou de ½), brincar de rimas na hora do banheiro (acreditem!!! Adoramos isso!!!), contar historinhas antes de dormir...

Ontem, era dia dela deitar comigo (cada noite, ela deita na cama de um de nós 2 – ou senta – até a gente dormir). Então, depois dela ler duas histórias (uma “de cada um”), fizemos orações e ela deitou. E eu pedi:

“-mãma, conta uma história da sua cabecinha?” (mania que pegamos, há muito tempo, com a vovó Dina, que não conta histórias lidas, mas das lembranças dela)

“- filha, já lemos duas histórias. Agora, é hora de você dormir.”

“- mas mãma, de quando em vez, você também pode contar uma história da sua cabecinha, né?”, respondi, toda séria

A mãma caiu na gargalhada e disse “-mas filha, nós JÁ contamos duas histórias hoje”

Eu fiquei bravinha (afinal, por que ela estava rindo?), sentei na cama e disse: “mas, DE QUANDO EM VEZ, você também pode contar uma história da sua cabeça!”

Me acalmei, deitei de costas para a mãma e disse: “-vai mãma, conta. Depois, se for boa, a gente conta lá pro Maurício.”

“- que Maurício?”

“-o Maurício de Souza, né mãe! Aquele da Mônica. Você não sabe que ele faz histórias da cabeça dele, também?”

domingo, 14 de março de 2010

Códigos familiares (Diário do Guigo)


Oi amigos!

Minha irmã já contou pra vocês alguns dos nossos códigos familiares, não é? A mãma ficou super feliz porque recebeu várias mensagens (ou vieram falar com ela, ao vivo) contando os códigos das famílias de vocês. Tem uns que já duram gerações... tem outros que acabaram de ser criados (né tia Maria Wanda?) para pessoinhas lindas que acabaram de começar a fazer parte das nossas vidas... Mas TODOS ELES são importantes na construção da nossa história!

Então, queria contar um meu. Um dia, quando eu tinha uns 2 ou 3 anos, e a mãma foi me buscar na escolinha (lááá em Jaú), nós fomos pra casa conversando no carro, e ela me contou que, à tarde, ela iria ao fórum e eu iria ficar com a vovó. Então, eu pedi pra ir junto e ela disse que não, que ir no fórum era chato, que ela voltaria rapidinho, etc. Mas eu insisti: “-você é minha mamãe. Eu sou seu filhinho. Mamães e filhinhos têm que ficar JUNTOS!”.

Desde então, sempre que alguém quer sair sozinho em casa e eu ou a Nina queremos ir junto, a gente apela e manda um “mamães e filhinhos têm que ficar juntos”. É irresistível!

Lembrei de outro!!! No ano passado, em outubro, eu andei de avião pela primeira vez! Yupi!!!!! Adorei a idéia!!! Acabei indo sem a mãma ou o pápa porque a nossa mãe tinha sido chamada para ir para São Paulo, escolher o lugar do Tribunal em que ela queria trabalhar. E um concurso desses não aparece toda hora, né? Então, eu e a Nina fomos viajar de avião, pela primeira vez, com o vovô Nono e a vovó Linda (e um milhão de tias, orgulhosíssimas, felicíssimas que estávamos com elas e não com a mamãe!).

Na hora de sair, a mãma não quis ficar falando muitos: “-filho, se comporta” “-filho, obedeça o vovô” “-filho, isso, filho, aquilo”. Ela tinha pensado em não falar NADA. Primeiro, porque só tenho 5 anos! Segundo, porque sou comportado mesmo (e modesto, claro!).

Mas, na hora H, ela não resistiu e mandou um: “-filhote, não se esqueça que você é um Segalla”. Aí, ela me explicou que o vovô costumava falar isso pra ela, desde sempre, porque essa frase resumia tudo. Nela estava incluído um “comporte-se”, um “tenha modos”, um “respeite as pessoas, principalmente as mais velhas”, um “não pegue o que não é seu”, enfim todos os princípios da família da mamãe. Tudo o que o vovô e a vovó tinham ensinado para ela (e para os meus tios) estava incluso nessa frase “não se esqueça que você é um Segalla”. E a mamãe falou essa frase pra mim.

Eu entendi direitinho (ou, pelo menos, fingi muito bem) porque todo mundo só teve elogios pra mim e pra minha irmã, quando nossos pais chegaram em Fortaleza.

Só que, agora, a mamãe dançou. Toda vez que ela vai sair sozinha, nem que seja pra ir ao supermercado, ela ouve um: “-tchau mãe. Eu te amo. E não se esqueça que você é uma Segalla”. Hoje, depois do almoço, na hora de voltar pro Tribunal, a Helena mandou um: “-tchau mãe. Volta logo. Olha lá, heim? Não se esqueça que você é uma Segalla!”. Gostou???

Bjos e bênçãos.

Guigo + Nina + mãma

PS: falando em aviões, eu e a Nina estávamos super felizes pois a tia “Beibinha” decidiu se casar com o tio Dário... na casa dele... na Itália!!! Não é frescura, não: o tio Dário é italiano. Já estávamos anunciando pro mundo inteiro que a gente ia pra Itália! No meio do nada, eu ou a Nina soltávamos um: “-yupi! Nós vamos viajar de avião de novo!!!”. Mas... a mãma não conseguiu muitos dias de liberação do trabalho e vai ter que fazer uma viagem muito corrida (ir na quinta, à noite, e voltar na segunda), encarando mais de 40 horas de carro+trem+avião+ônibus. Então, ela decidiu que nós não vamos pra Itália!!! Buáááááá!!!! Queria deixar registrado que estamos frustradíssimos (e falamos isso pra mãma o tempo todo!!! Mas a mãma não muda de opinião... droga!). Vovô Nono, fica pra próxima, tá?